Martins, Ernesto Candeias2020-01-202020-01-202019-03-03Martins, Ernesto Candeias (2019) -Introdução. In: Martins, E.C., António Faria de Vasconcelos nos meandros do Movimento da Escola Nova: Pioneiro da Educação do Futuro. Castelo Branco: Edição Câmara Municipal de Castelo Branco /Várzea da Rainha Impressores/Editora. p. 11-39.978-989-691-808-8http://hdl.handle.net/10400.11/6874O nosso intuito de analisar a vida, a obra, a ação e o pensamento de António Sena Faria de Vasconcelos foi o de trazê-lo até aos nossos dias para analisar e refletir esta grande figura do campo da Pedagogia e da Psicologia. O nosso pedagogo escolanovista promoveu ao longo de todo o seu percurso de vida pelo assentamento da organização social e pela organização da educação (reforma do ensino), pela orientação profisisonal, ensino dos 'anormais', pela formaçãod e professores de forma científica, praxiológica e reflexiva, ou seja nas suas ações manifestou uma atitude científico-pedagógica e psicopedagógica, incluindo a ação de práticas científicas (pedagogia de ação).A (História) Pedagogia e da Psicologia em Portugal, na Europa e na América Latina tem em António Faria de Vasconcelos (1880-1939) um dos mais fervorosos cultores da pedagogia nova e Castelo Branco um dos mais ilustres pensadores, um dos mais devotos e valiosos analistas das questões da educação, da psicotecnia e do ensino. Esta figura escolanovista teve a designação de “Pioneiro”, atribuída por A. Ferriérie, no Prefácio do seu livro L’ École Nouvelle en Belgique (1915). Na verdade, Faria de Vasconcelos integra esse objetivo referido de ser um Pioneiro da Educação Nova, ao cumprir a função de inovador, renovador e promotor pedagógico do ideário do Movimento da Escola Nova, na Eu¬ropa e América Latina, estabelecendo relações entre educadores/pedagogos, associações científicas e instituições de outros países, no intuito da moder¬nização educativa na época (critica à pedagogia tradicional), à pedagogia científica e às novas tendências. Claro está que tiveram muita relevância nesse processo inovador da educação e do sistema escolar, a ida de muitos pedagogos (bolseiros) com estâncias científicas e/ou em visitas de estudo. Neste sentido, convém referir a leva de portugueses que estiveram na Fran¬ça, Bélgica, Suíça, Alemanha, Inglaterra, Áustria, Suécia, Espanha e Itália. Em 2019 celebramos 139 anos do nascimento e 80 anos do seu faleci¬mento. A análise e reflexão ao pensamento vasconceliano não se esgotou na¬quele Ciclo de Colóquios, nem nas homenagens cívicas e públicas (de 1980 e agora em 2019). Pelo contrário, outras abordagens e interpretações devem surgir para o futuro sobre este insigne pedagogo albicastrense. A presente publicação sobre o nosso escolanovista desafia-nos e relança-nos, desde o pas¬sado até hoje, a refletir o futuro do ensino, da escola, do ambiente dentro delas perante a inclusão, a multi e interculturalidade, os problemas escolares do abandono e do insucesso escolar, do papel e ação dos professores, cada vez mais exigente nos contextos formais e não formais da aprendizagem, da flexi¬bilidade do currículo e dos seus conteúdos formativos, etc. Ou seja, a escola deste milénio deve ser uma incubadora pedagógica, um centro de criação para o desenvolvimento de projetos e intervenções pedagógicas, de modo a educar todos os alunos como futuros cidadãos, para uma sociedade para todas as idades, raças e gerações. É nesse espaço escolar onde deve emergir a criatividade e a inovação, o desenvolvimento de competências e as forma¬ções, como êmbolos fundamentais para uma sociedade mais solidária inter¬geracional e mais qualificada ética e profissionalmente.porAntónio Faria de VasconcelosEscolanovistaMovimento da Escola NovaPioneiro da Educação do FuturoEscola de Biérges-les-WavreÉcole Nouvelle en BelgiqueIntroduçãobook part