Browsing by Author "Silva, Eliane Muriel Capinha da"
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- As tarefas de investigação e as aprendizagens matemáticas dos alunos do 1º ciclo do ensino básicoPublication . Silva, Eliane Muriel Capinha da; Afonso, Paulo José MartinsEste relatório de estágio visa, como o próprio nome indica, relatar os acontecimentos de uma prática supervisionada que neste caso ocorreu numa turma do 4º ano de escolaridade, na Escola Básica Boa Esperança em Castelo Branco. O presente trabalho divide-se em vários capítulos: introdução, Práticas de Ensino Supervisionadas, revisão da literatura, metodologia, análise e tratamento dos dados, conclusões/limitações/recomendações e bibliografia. Partindo do problema de investigação “Analisar o sucesso matemático de alunos considerados «bons» e «menos bons» em Matemática quando confrontados com tarefas de investigação” realizámos seis tarefas de teor investigativo com seis alunos – três considerados «bons» e três considerados «menos bons» – e analisámos os seus resultados através da aplicação da Escala Holística Focada. Definimos os seguintes objetivos de estudo: identificar dificuldades manifestadas, por alunos considerados «bons» e «menos bons» em Matemática, na resolução de tarefas de investigação; analisar o perfil de resolvedor de alunos considerados «bons» e «menos bons» em Matemática, na resolução de tarefas de investigação; avaliar o desempenho dos alunos na resolução de tarefas de investigação, antes e após o investigador assumir o papel de modelo de resolvedor deste tipo de tarefas. Esta investigação adotou uma metodologia maioritariamente qualitativa e a tipologia de estudo assentou numa investigação-ação. Sem grandes explicações, eram apresentadas as tarefas aos alunos da turma, levadas para casa de modo a serem corrigidas e analisadas/resolvidas na aula onde o professor assumia o papel de modelo para os alunos. Houve três conjuntos de tarefas (duas a duas) onde a primeira era sempre mais básica que a seguinte. Para a recolha dos dados utilizámos essencialmente os materiais dos alunos (folhas de registo das tarefas), a observação, as notas de campo, os registos fotográficos e o diálogo com os participantes e professora. As principais dificuldades manifestadas pelos alunos considerados «bons» foram, principalmente, conseguir dar resposta, evidenciando a estratégia utilizada, às tarefas de investigação; pelos alunos considerados «menos bons» foram a interpretação do que lhes era solicitado levando, de seguida, a que não conseguissem resolver algumas tarefas. O perfil dos alunos considerados «bons» é o de bons resolvedores de tarefas de investigação, conseguindo interpretar o que lhes é solicitado, resolver seguindo uma estratégia e dar resposta ao enunciado. Por outro lado, o perfil dos alunos considerados «menos bons» não se assemelha ao perfil dos alunos anteriores pois estes tiveram muitas dificuldades em interpretar os enunciados, na resolução das tarefas e, sobretudo, na explicitação das suas respostas. A média final dos alunos considerados «bons» foi de 3,9, numa escala de 0 a 4 pontos enquanto que a média final dos alunos considerados «menos bons» foi de 2,5. É importante realçar que, após a intervenção do modelo, da primeira para a segunda tarefa assim como da quinta para a sexta tarefa, todos os alunos ou mantiveram os seus pontos (mais baixos foram 3 pontos) ou subiram o que significa que, após o investigador assumir o papel de modelo de resolvedor deste tipo de tarefas, os alunos conseguiram progredir. Da terceira para a quarta tarefa, apenas uma aluna considerada «menos boa» baixou a sua pontuação enquanto que todos os outros, mais uma vez, ou mantiveram ou subiram.