Browsing by Author "Vicente, Sandra Raquel Cabrito"
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- A influência da idade e da composição corporal nos valores espirométricos na população adultaPublication . Vicente, Sandra Raquel Cabrito; Mendes, Pedro Alexandre Duarte; Serrano, João Júlio de MatosEste estudo teve como objetivo geral verificar a influência da idade e da composição corporal nos valores espirométricos numa amostra de adultos pertencentes ao distrito de Castelo Branco. Mais especificamente, pretendeu-se a) analisar a associação entre as variáveis de composição corporal e os valores espirométricos (CVF; VEF1; VEF1%; PEF; PEF%) e, b) verificar as diferenças entre os grupos das faixas etárias compreendidas entre os 20-59 anos nos diferentes parâmetros espirométricos (CVF; CVF%, VEF1; VEF1%; PEF; PEF%). Participaram 136 indivíduos com idades compreendidas entre os 20 e os 59 anos. Para avaliar a composição corporal, os indivíduos realizaram avaliações de bioimpedância, de acordo com o protocolo proposto por Miller et al. (2016). A avaliação da função pulmonar foi realizada através do teste de espirometria de acordo com as diretrizes da American Thoracic Society (ATS) e European Respiratory Society (ERS) (Miller et al., 2005). A presente dissertação de mestrado contempla dois estudos, estruturados de forma independente, mas interligados e com os procedimentos científicos adequados a cada um deles. No estudo 1, os resultados indicam que o peso está positivamente associado à CVF, VEF1 e PFE, sugerindo que quanto maior o peso, mais altos são os valores de CVF e VEF1. A massa gorda (kg) apresentou uma correlação pequena negativa com a CVF e com VEF1, ou seja, quanto maior a massa gorda menor são os valores espirométricos na CVF e VEF1. Verificou-se ainda uma correlação pequena positiva entre a massa muscular (MM) e CVF, VEF1 e PFE%, o que sugere que altos níveis de massa muscular estão associados a melhores valores espirométricos na CVF, VEF1 e PFE%, verificando-se o mesmo para o peso no PFE. Foi verificado também uma correlação pequena positiva entre a altura e PFE%, demonstrando que indivíduos mais altos apresentavam melhores valores de PFE%, sendo verificado também na variável altura uma correlação moderada positiva com a CVF, o que sugere que quanto mais altos são os indivíduos testados maior é o valor da CVF. Por último, também se verificou uma correlação moderada positiva entre a altura e o VEF1 e PFE. No estudo 2, os resultados demonstram que os participantes da faixa etária dos 20-29 anos, são os que apresentam um valor médio mais elevado em todos os parâmetros espirométricos analisados. Já na faixa etária dos 50-59 anos verificaram-se valores médios mais baixos em todos os parâmetros espirométricos à excepção do PFE% que se verificou na idade 40-49. Desta forma, os dados sugerem que quanto mais idade têm os indivíduos, menor são os seus valores espirométricos. Foram verificadas diferenças nos seguintes grupos: na variável CVF no grupo dos 50-59/30-39; 50-59/20-39; 40-49/20-29 e na variável VEF1 no grupo dos 50-59/30-29; 50-59/20-29 e 40-49/20-29. Os nossos resultados reforçam a importância de manter baixos níveis de massa gorda e níveis ótimos de massa muscular, para que se obtenham melhores índices espirométricos, nomeadamente, melhor CVF, VEF1 e PFE. Para além disso, os nossos resultados sugerem que os indivíduos com idades mais altas têm menores valores espirométricos, quando comparados com indivíduos de idades mais baixas. Estes resultados seriam os esperados uma vez evidências científicas mostraram que a CVF e o VEF1 sofrem uma diminuição contínua entre os 25 e os 30 mL anuais, particularmente a partir da terceira década de vida. Estratégias como a prática de atividade física regular podem ajudar a manter uma boa composição corporal, assim como reduzir o declínio da função pulmonar associada à idade.