HIGEIA - Revista Científica da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias
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Browsing HIGEIA - Revista Científica da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias by Author "Brandão, Helena"
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- Anuloplastia no contexto de regurgitação tricúspide associada a fistula arteriovenosaPublication . Stoyneva, Mihaela; Brandão, Helena; Rosa, AnaA regurgitação tricúspide (RT) é uma patologia valvular caraterizada pelo refluxo de sangue do ventrículo direito para a aurícula direita. O tratamento da regurgitação tricúspide depende do estádio presente. Em situações de RT ligeira/ moderada, o tratamento farmacológico poderá ser a melhor solução, porém em casos de RT grave, a cirurgia cardíaca é recomendada afim de prevenir a disfunção ventricular direita, evitando o agravamento da sintomatologia. O presente artigo refere-se a um doente de 28 anos, do sexo feminino em lista de espera para transplante renal, em terapia de hemodiálise, recorre a cirúrgica cardíaca para anuloplastia da válvula tricúspide, por regurgitação tricúspide grave, originada por fístula arteriovenosa (FAV) para acesso arterial e venoso. De acordo com a literatura, a regurgitação tricúspide após a criação cirúrgica de uma fístula arteriovenosa para acesso vascular é comum. A existência de alterações na função cardíaca pode excluir o candidato da lista para transplante renal, pelo que é necessário corrigir a FAV ou proceder à reparação da válvula.
- Cirurgia de correção de transposição dos grandes vasos : caso clínicoPublication . Nunes, Ana Isabel; Brandão, Helena; Coelho, Patrícia; Rosa, Ana RafaelaA Transposição dos Grandes Vasos (TGV) é uma anomalia cardíaca que representa 5 a 10% das cardiopatias congénitas. Pertence ao grupo das patologias cianóticas e consiste numa dextrotransposição das grandes artérias do coração, a aorta e a pulmonar. Esta anomalia é incompatível com a vida, exceto na presença de uma comunicação interventricular ou interauricular (CIA) ou ducto arterioso que permite a mistura do sangue venoso com o arterial, possibilitando assim a vida ao doente. Relata-se o caso de uma criança com 13 dias de vida, a quem foi aferido o diagnostico pré-natal de TGV através de ultrassonografia fetal às 21 semanas de gestação. Aquando do seu nascimento, foram realizados exames de diagnóstico que confirmaram o diagnóstico pré-natal sendo a criança encaminhada para intervenção de correção total de TGV. A cirurgia teve uma duração aproximada de 7 horas, sendo que 188 minutos foram em Circulação Extracorporal (CEC). Imediatamente após o nascimento, foi efetuada a técnica de Septostomia de Rashkind, possibilitando a sobrevida da criança até á correção total da TGV, pois neste recém-nascido não apresentava CIA.
- Correção cirúrgica de uma comunicação interauricular ostium secundum na idade adultaPublication . Pessoa, Alexandre Carvalho; Brandão, Helena; Coelho, Patrícia; Rosa, Ana RafaelaA comunicação interauricular (CIA) representa 15- 35% das cardiopatias congénitas. Esta patologia pode provocar sintomas a nível pulmonar como dispneia, infeção pulmonar e intolerância ao esforço, e ainda problemas a nível cardíaco como arritmias cardíacas, nomeadamente, flutter e fibrilhação auricular. A não correção deste tipo de patologia pode piorar a qualidade de vida do doente, podendo mesmo causar a morte do indivíduo. O caso clínico apresentado de seguida, é de uma paciente do género feminino com 50 anos de idade com o diagnóstico de comunicação interauricular desde a idade pediátrica. É seguida, há vários anos pela equipa de cardiologia pediátrica, que chega à conclusão de que a intervenção cirúrgica é inevitável e inadiável. Nestes casos, o ecocardiograma transesofágico, é o principal exame para o diagnóstico e controlo desta patologia, o que foi realizado ao longo de todos os anos precedentes. Este exame revelou ainda uma insuficiência aórtica ligeira e uma dilatação das cavidades direitas. A doente foi então submetida a uma intervenção cirúrgica para correção da CIA, de modo a melhorar a capacidade funcional e a função cardíaca e evitar complicações e deterioração da sua qualidade de vida.
- ECMO como terapia em choque cardiogénico Pós-EAMPublication . Justino, Vanessa; Brandão, Helena; Coelho, Patrícia; Rosa, AnaA oxigenação por membrana extracorporal é um dispositivo de assistência circulatória mecânica de curta duração utilizado em doentes com disfunção cardíaca e/ou pulmonar grave refratários à terapêutica convencional. O seu funcionamento implica a canulação de dois grandes vasos (inflow e outflow), uma bomba centrífuga e um oxigenador. Existem duas modalidades de oxigenação por membrana extracorporal, no ECMO VenoVenoso o sangue é drenado e entregue apenas por veias, permitindo apenas o suporte pulmonar, enquanto no ECMO VenoArterial a drenagem sanguínea é efetuada através de uma veia e entregue numa artéria, garantindo assim o suporte cardiopulmonar. O presente estudo apresenta o relato de um caso clínico de um paciente do sexo masculino com 56 anos que foi transportado para uma unidade hospitalar por um episódio de dor torácica intensa há 24h e sensação de dispneia súbita. O doente foi transferido para uma Unidade de Cuidados Intensivos de Cardiotorácica, afim da colocação de ECMO VenoArterial por choque cardiogénico pós enfarte agudo do miocárdio como ponte para decisão terapêutica. A oxigenação por membrana extracorporal pode ser utilizada em vários contextos clínicos desde a estabilização e recuperação do órgão alvo, até como ponte de decisão para transplante cardíaco ou colocação de um dispositivo de assistência circulatória mecânica de longa duração.
- Fatores preditivos intraoperatórios para o desenvolvimento de fibrilhação auricular após cirurgia cardíacaPublication . Santos, Alícia; Brandão, Helena; Rodrigues, Francisco; Coelho, Patrícia; Pires, JoanaIntrodução A fibrilhação auricular (FA) é uma complicação frequente no pós-operatório, estando associada a um maior risco de morbilidade, mortalidade e dificuldade de recuperação. Algumas técnicas cirúrgicas estão associadas ao desenvolvimento desta arritmia, sendo o alvo de estudo deste artigo de revisão. Objetivos Determinar quais os fatores intraoperatórios preditivos para o desenvolvimento de FA após cirurgia cardíaca, de que modo as diferentes técnicas cirúrgicas influenciam a ocorrência de FA e analisar entre os fatores de risco intraoperatórios qual(is) apresentam maior correlação com o desenvolvimento de FA e a razão do mesmo. Métodos de pesquisa Foram pesquisados artigos científicos nos motores de pesquisa Google Académico, PubMed®, SciELO® e Mendeley®, com a utilização de diversas palavraschave, sendo incluídos artigos entre os anos 2010 e 2020, dos quais três escolhidos para exposição de dados. Dados Hashemzadeh et al. avaliaram 1254 doentes, sendo a incidência de FA 13.6%. O tipo de cirurgia mais realizado foi CABG, as variáveis intraoperatórias associadas a FA foram cirurgia valvular, cirurgia de correção de defeito septal auricular (ASD), canulação bicava, ventilação na raiz da artéria aorta e veia pulmonar, tempo de clampagem da artéria aorta e tempo de bypass . Shen et al. avaliaram 10390 doentes, sendo a incidência de FA 30%. Os procedimentos cirúrgicos associados a FA foram procedimentos da válvula mitral/aórtica, CABG e reparação de aneurisma ventrículo esquerdo. Rostagno et al. avaliaram 725 doentes, sendo a incidência de FA 29.7% (39 doentes apresentaram episódios de FA no período pré-operatório), tendo sido frequente em doentes que foram submetidos a CABG conjuntamente com procedimentos valvulares. Discussão Foi determinado pelos autores que a realização de procedimentos combinados, nomeadamente, CABG e cirurgia valvular, estão associados a um alto risco de desenvolvimento de FA, de acordo com os autores Helgadottir et al. e Dave et al., podendo dever-se às alterações estruturais inerentes, entre outras. O tempo de clampagem da aorta e bypass, utilização de cardioplegia e balão intra-aórtico, estão também associados à FA, possivelmente devido à resposta inflamatória que causa. A longa estadia hospitalar e o desenvolvimento de comorbilidades é comum aos três artigos e a similares. Conclusão Conclui-se que as variáveis intraoperatórias CABG combinado com cirurgia valvular, uso de bypass e clampagem da artéria aorta estão fortemente associadas ao desenvolvimento de FA. É por isso, imperativo o estudo das mesmas, pois apesar da evolução das técnicas cirúrgicas a incidência arrítmica mantém-se.
- Reoperação na tetralogia de FallotPublication . Costa, Rafaela Almeida da; Brandão, Helena; Coelho, Patrícia; Rosa, Ana RafaelaA Tetralogia de Fallot é uma doença congénita que carece de correção cirúrgica nos primeiros meses de vida e, em alguns casos, de reoperação. É descrito o caso clínico de uma doente de 8 anos que foi reoperada devido ao aparecimento de sintomatologia consequente do agravamento da obstrução do trato de saída do ventrículo direito. Destacou-se, nesta reoperação, o recurso imprescindível à circulação extracorporal e o sucesso de todos os procedimentos cirúrgicos que proporcionaram um pós-operatório sem complicações subsequentes o que, pelo contrário, não se verificou na primeira cirurgia eletiva da TOF devido à hemiparesia manifesta após a operação.
- Tetralogia de Fallot e comorbidades associadas : deteção e abordagem terapêuticaPublication . Constâncio, Ana; Brandão, Helena; Coelho, Patrícia; Rosa, Ana RafaelaA Tetralogia de Fallot é uma doença congénita cuja reparação dos seus defeitos deve ser realizada o mais cedo possível. Os exames complementares de diagnóstico apresentam-se fundamentais na caracterização desta. A cirurgia corretiva deve ser executada no timing recomendado e utilizar a técnica de circulação extracorporal a fim de manter o doente estável e garantir as condições ideais ao cirurgião. No presente caso clínico apresenta-se um doente com Tetralogia de Fallot à qual estavam associadas outras comorbidades não esperadas e evidenciadas durante a cirurgia, com destaque para a rara persistência da veia cava superior esquerda e ausência da veia cava superior direita. Estas comorbidades são normalmente detetadas em exames e cirurgias, referidas em casos clínicos pontuais com mais exemplos na população adulta, têm impacto no outcome e na execução da técnica de circulação extracorporal. O doente estudado revela-se um caso a abordar, considerando os achados e relevância científica, por se tratar de um doente em idade pediátrica.
- O transplante cardíaco como terapia na miocardiopatia hipertróficaPublication . Catanho, Mónica; Brandão, Helena; Coelho, Patrícia; Rosa, Ana RafaelaA perda da função ventricular, causada pela Miocardopatia Hipertrófica, surge neste caso, como uma patologia com indicação para transplantação cardíaca. Apresenta-se o caso clínico de um paciente com 59 anos, do género masculino, com diagnóstico de Miocardiopatia Hipertrófica não obstrutiva, insuficiência cardíaca congestiva e síndrome cardiorrenal tipo 2, que foi submetido a transplante cardíaco. O doente era portador de um dispositivo de ressincronização cardíaca com desfibrilhador implantado, por episódios de Taquicardias Ventriculares sintomáticas em 2005. No decurso da doença, estão documentados vários internamentos por insuficiência cardíaca descompensada e progressão da Miocardiopatia Hipertrófica não obstrutiva, tendo sido todos os episódios devidamente corrigidos. Realizou vários exames complementares de diagnóstico. No Ecocardiograma, verificou-se uma Miocardiopatia Hipertrófica não-obstrutiva em repouso, com Fração Ejeção do ventrículo esquerdo preservada e Hipertensão Pulmonar grave (PSAP >67mmHg), dilatação biauricular grave e regurgitação mitral e tricúspide grave. O cateterismo cardíaco direito, revela similarmente, uma hipertensão pulmonar moderada a severa. A Angiografia por Tomografia Computadorizada conclui, uma hipertrofia assimétrica do Ventrículo Esquerdo e uma grave dilatação biauricular. Electrocardiograficamente, o doente apresentava, um quadro de Bloqueio Completo de Ramo Esquerdo e Fibrilhação Auricular. A transplantação cardíaca, surgiu como opção terapêutica neste doente, tendo este procedimento sido realizado com sucesso.
- Valvulopatia aórtica congénita e a sua relação com o aneurisma da aortaPublication . Santos, Adriana Jesus dos; Brandão, Helena; Coelho, Patrícia; Rosa, Ana RafaelaA estenose aórtica por válvula bicúspide, é caracterizada pelo comprometimento da abertura da válvula aórtica, estreitando-a, o que por sua vez dificulta a ejeção sanguínea ventricular, tendo como consequência direta um aumento do esforço do músculo cardíaco e uma ectasia/aneurisma da aorta. Tanto a estenose como o aneurisma da aorta, apresentam sintomatologia, nomeadamente dor torácica, fadiga, sincope. No que diz respeito ao aneurisma da aorta, este pode tornar-se fatal em caso de rutura. Paciente do género masculino, 54 anos, com diagnóstico de estenose aórtica, (bicuspidía valvular de origem congénita), aneurisma da aorta ascendente e doença arterial coronária de um vaso. Deu entrada num hospital central, onde foi submetido a uma cirurgia de substituição da válvula aórtica por prótese mecânica, excisão do aneurisma da aorta ascendente com implantação de conduto e cirurgia de revascularização coronária da artéria mamária interna esquerda pediculada para a artéria coronária Descendente Anterior, apresentado um bom prognóstico à saída do bloco operatório