Browsing by Author "Duarte, Sandra Marília Goulão"
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- Remoção de manganês numa captação subterrânea da serra de S. Mamede (Sistema Autónomo de Besteiros)Publication . Duarte, Sandra Marília Goulão; Galão, Laura Ivone Velez; Santos, Maria da Conceição Mesquita dosA presença de manganês nas águas de abastecimento público, dependendo das concentrações, pode propiciar uma coloração amarelada ou turva à água, originando ainda um sabor amargo e adstringente, podendo levar o consumidor a procurar fontes alternativas e não tão seguras do ponto vista da qualidade da água para consumo humano. A escolha da tecnologia de tratamento mais apropriada dependerá da forma como o manganês se apresenta na água. O limite superior de manganês em água de consumo humano na União Europeia é de 50 µg/L, apesar da Organização Mundial de Saúde (OMS) considerar como valor guia 500 µg/L. Esta diferença dos valores limite, deve-se ao facto da OMS considerar apenas os problemas do ponto de vista de saúde pública, o que no caso do manganês parecem ser relativamente limitados, uma vez que valores superiores a 100 µg/L poderão originar na rede de distribuição de água, um precipitado negro. A remoção do manganês presente numa água baseia-se geralmente na oxidação pela adição de agentes oxidantes na linha de tratamento, sendo necessário um tempo de contato de cerca de 20 minutos. Após este tempo de contato, os precipitados originados são removidos por uma etapa de separação sólido-líquido. Esta separação pode ser efetuada por filtração, sedimentação ou flotação. Também poderão ser utilizados sistemas de tratamento por troca iónica, microfiltração ou nanofiltração, porém, sendo esta tecnologia de elevado custo, é necessário uma análise de custo para avaliar a melhor alternativa. (Moruzzi, 2012). No Sistema Autónomo de abastecimento de Besteiros - Portalegre, a origem de água é uma captação subterrânea, localizada na Serra de São Mamede, em que um dos problemas de qualidade é a presença de uma concentração de manganês superior ao limite estabelecido. Embora a água tratada se apresente dentro do valor paramétrico (≤ 50 µg/L) estabelecido no decreto-lei 306/2007 de 27 de Agosto, a presença deste elemento metálico tem por vezes contribuído para alterações ao nível da turvação da água ao longo do sistema de distribuição. O sistema de tratamento de Besteiros remove o manganês após uma oxidação química com hipoclorito de sódio, através de um filtro de alta pressão, o qual contém no seu interior camadas de brita, areia, antracite e pirolusite. Assim, com o presente trabalho pretendeu-se avaliar a eficiência de remoção do manganês no sistema de tratamento existente, tendo para isso sido efetuado um controlo analítico comparativo entre a água captada e a água tratada ao longo de um período de 5 meses, compreendido entre Março e Julho de 2013. Deste estudo concluiu-se que o desempenho do sistema de tratamento existente no Sistema Autónomo de Besteiros foi conseguido, podendo afirmar-se que 100% das amostras recolhidas ao longo do período de amostragem, apresentam valores inferiores ao valor paramétrico estabelecido pela lei.