Browsing by Author "Pereira, Daniela Filipa Castelo Esteves"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Ageing in Place: Estratégias para viver em casa e na comunidade numa cidade do RibatejoPublication . Pereira, Daniela Filipa Castelo Esteves; Moreira, Maria João da Silva GuardadoA OMS prevê que, entre 2022 e 2025, a proporção de idosos no mundo poderá subir de 10% para 16%, aproximadamente. Adicionalmente, projeta que, até 2050, uma em cada quatro pessoas na Europa poderá ser idosa, evidenciando uma tendência crescente no envelhecimento demográfico. A maioria dos idosos prefere envelhecer em casa e na comunidade. Neste contexto, a consciencialização e preparação revestem-se de importância, especialmente ao nível da adaptação do ambiente e do desenvolvimento de estratégias individuais. Assim, surge o Ageing in Place, configurando-se como meta primordial nas políticas sociais dirigidas ao envelhecimento acarretando, na generalidade das vezes, benefícios de inclusão social e bem-estar emocional. Este Trabalho de Projeto tem como principal objetivo perceber as estratégias que as pessoas idosas têm ao seu dispor para envelhecerem na sua habitação e na comunidade onde estão inseridas. Trata-se de um estudo misto, transversal, descritivo e exploratório. Os dados foram recolhidos através de um inquérito por questionário redigido para o efeito, aplicado a pessoas que estejam a experienciar o processo de Ageing in Place (n= 55), na Freguesia de Almeirim. A partir da análise dos resultados, destaca-se: o padrão de feminização; a prevalência do estado civil “casado ou em união de facto”; e uma amostra pouco escolarizada. Na generalidade, os inquiridos expressam o desejo por envelhecerem em casa e na comunidade. A maioria dos participantes tem habitação própria, sentem-se seguros e revelam consciência face às alterações necessárias para que possam permanecer na sua residência. A casa de banho é a divisão mais intervencionada. Foram apontadas estratégias ao nível da: adaptação, acessibilidade e manutenção, assegurando o conforto, autonomia e segurança na habitação. Averigua-se uma maior utilização do SAD entre inquiridos com 75 e mais anos. A contratação de serviços ajustados às necessidades diversificadas, que auxiliem os idosos nas tarefas diárias/cuidados, quando necessário, é uma das respostas identificadas. Constatou-se uma baixa adesão aos transportes públicos. Neste sentido, apontam-se aspetos que devem ser tidos em conta, por forma a garantir uma rede de transportes que satisfaça as expetativas dos indivíduos: disponibilidade de informações sobre horários/percursos em locais de fácil acesso; acessibilidade; frequência; cobertura; e conservação destes veículos. Entende-se primordial discutir as características e funcionamento desta rede. Evidencia-se a insatisfação com a acessibilidade na comunidade devido, principalmente, às características e condições inadequadas de algumas superfícies, passeios e ruas. Também a baixa participação social é um fator relevante. Foram identificadas estratégias ao nível das intervenções ambientais e de uma maior sinergia entre entidades, com impacto direto na mobilidade, independência, saúde, integração social, bem-estar emocional e qualidade de vida dos sujeitos. Embora tenham sido apontados elementos negativos, uma parte significativa dos inquiridos perceciona Almeirim como uma Cidade Amiga das Pessoas Idosas, reconhecendo a crescente preocupação da Autarquia em atender às necessidades e exigências da sua população idosa. Mediante os resultados, elaborou-se a Proposta de Projeto de Intervenção “MuralIdades” visando promover a participação social das pessoas com 65 e mais anos residentes em Almeirim, configurando-se numa iniciativa que se alicerça na arte, na mobilização comunitária e na consolidação dos laços sociais.