Browsing by Author "Rogado, B.M."
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- Épocas de floração de cultivares de oliveira em Castelo Branco, Elvas e SantarémPublication . Cordeiro, A.M.; Martins, P.C.S.; Matias, H.; Rogado, B.M.; Silva, Manuel; Ramos, António SantosA época de floração da oliveira está determinada pelas características genéticas inerentes a cada cultivar e é influenciada por factores climatéricos, variáveis de ano para ano. Esta influência do clima pode provocar importantes modificações anuais nas épocas de floração, aspecto fundamental para a calendarização das técnicas culturais do olival. Para além desta influência, a caracterização das épocas de floração é, também, importante para o estudo e conhecimento da adaptação de diferentes cultivares a uma região e para os programas de melhoramento genético, entre outros. Neste trabalho caracteriza-se a época de floração de cinco cultivares de oliveira, nas regiões de Castelo Branco, Elvas e Santarém, durante os anos de 2000, 2001 e 2002. Os resultados obtidos revelaram a existência de diferenças nas datas de floração e na duração de floração, entre cultivares e regiões, mantendo-se constante a ordem de entrada das cultivares em floração. As condições climatéricas prevalecentes no período de Janeiro a Maio, nomeadamente as temperaturas, condicionaram o calendário da floração, exercendo uma marcada influência no momento de início da floração e na duração do período de floração.
- Estudo preliminar dos efeitos do aquecimento global sobre a floração da oliveira em PortugalPublication . Abreu, J.P. Melo; Cordeiro, A.M.; Rogado, B.M.; Cabrinha, V.; Ramos, António SantosO desenvolvimento fenológico da oliveira é importante para estudar a sua adaptabilidade, para a gestão e para a modelação do crescimento e produção do olival. No entanto, muitos estudos que prevêem a data de floração da oliveira não consideram as necessidades de frio, que são baixas, mas que podem não ser satisfeitas, em alguns anos, em climas mais amenos ou quando o aquecimento global se faz sentir. Em estudo anterior De Melo-Abreu et al. (2004) desenvolveu-se um modelo que permite prever a data de floração de algumas cultivares. Trata-se de um modelo em duas fases. Na primeira, acumulam-se unidades de frio segundo um modelo que tem quatro parâmetros. A segunda, simula a forçagem dos gomos florais, utilizando a soma de temperaturas acima da temperatura base. Verificou-se também que os parâmetros do modelo de acumulação de frio, excepto a soma das unidades de frio, são conservativos para todas as cultivares estudadas. Utilizou-se um algoritmo especialmente desenvolvido para determinar a soma de unidades de frio necessárias para a quebra da dormência dos gomos florais e a soma de temperatura correspondente à fase de forçagem. O modelo assim calibrado é utilizado para prever o impacto do aquecimento global nas datas de floração das oliveiras ‘Arbequina’, ‘Gordal’, ‘Hojiblanca’, ‘Manzanilla’, ‘Moraiolo’, ‘Picual’ e ‘Verdial’ para quatro localizações representativas das principais regiões olivícolas portuguesas. O tempo presente foi representado por séries de 19 a 30 anos de temperaturas máximas e mínimas diárias (Cen0). Criaram-se três cenários de alteração climática consubstanciados por aumentos da temperatura em 1°C (Cen1), 2°C (Cen2) e 3°C (Cen3), tanto nas máximas como nas mínimas. Em Vila Real, as projecções indicam avanços crescentes da data de floração, de 11 a 12 dias no Cen1 até 33 a 37 dias no Cen3. Em Castelo Branco, as projecções indicam avanços crescentes da data de floração, indo de 11 a 13 dias no Cenl até 23 a 36 dias no Cen3. Em ambas as localizações, não se prevêem florações anormais ou inexistentes devido à falta de frio. Em Beja, as projecções indicam que os avanços entre os Cen1 e Cen2 são modestos, que a ‘Moraiolo’ não tem uma floração normal no Cen2 e que todas as cultivares estudadas têm anos com florações anormais ou inexistentes no Cen3. Em Faro, existem atrasos muito grandes na floração em todos os cenários, não havendo floração normal em muitos anos. No Cen3, as projecções indicam que as florações seriam anormais ou inexistentes em quase todos os anos. Os resultados obtidos permitem assistir o olivicultor na decisão de incluir ou não algumas cultivares em novos olivais.