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- Faria de Vasconcelos na esteira de Georges Rouma na (re) organização da educação pública boliviana: Das ideias da escola nova à formação de professoresPublication . Martins, Ernesto CandeiasEm 1915, por recomendação de Ferrière e Clapaprède, Faria de Vasconcelos é convidado a ir para Cuba e, depois, em 1917 para a Bo¬lívia, integrando a “Missão belga” de pedagogos. O número de psicólogos europeus, mais bem pedagogos, nessa missão foi reduzido na Bolívia nos princípios do séc. XX, destacando-se a contratação (1904) pelo Governo de Ismael Montes de Georges Rouma para ser responsável da reforma edu¬cativa liberal desenvolvida no âmbito aquelas missões pedagógicas belgas (1904-09 e 1909-17), onde se integrou Faria de Vasconcelos. O Governo liberal boliviano (1899-1920) pôs em prática a modernização/ regenera¬ção da educação pública, proveniente de décadas anteriores, associada aos acontecimentos económicos e sociais (Guerra Federal de 1898/9). Os mo¬delos pedagógicos europeus foram uma atração dos governos liberais dos países andinos, especialmente os da Bélgica, centro ativo a nível mundial na investigação de pedotecnia, paidologia e pedagogia científica e, ainda educação especial crianças irregulares e, daí a sua projeção em toda a Amé-rica Latina. A finalidade desses pedagogos europeus era a de organizar o sistema educativo (primário, secundário), num contexto cultural comple¬xo, e criar escolas normais (urbanas, rurais) de formação de professores ca¬pazes de educar o povo. Neste texto recorremos a várias fontes educativas e pedagógicas Bolívianas (Bardina, Finot, Martínez, etc) e periódicos (La Escuela Nueva, Estudios Bolívianos, Revista Pedagógica de la Escuela Normal de Sucre, Anuários de Administração e legislação Bolíviana, Biblioteca G. Rouma, etc.), que nos permitiram analisar pedagogicamente este período de ação de G. Rouma e Faria de Vasconcelos na Bolívia. Assim, a nos¬sa análise cinge-se ao período de Faria de Vasconcelos na Bolívia (1917-1920), aquando da reforma liberal da educação nesse país da América do Sul.
- IntroduçãoPublication . Martins, Ernesto CandeiasA (História) Pedagogia e da Psicologia em Portugal, na Europa e na América Latina tem em António Faria de Vasconcelos (1880-1939) um dos mais fervorosos cultores da pedagogia nova e Castelo Branco um dos mais ilustres pensadores, um dos mais devotos e valiosos analistas das questões da educação, da psicotecnia e do ensino. Esta figura escolanovista teve a designação de “Pioneiro”, atribuída por A. Ferriérie, no Prefácio do seu livro L’ École Nouvelle en Belgique (1915). Na verdade, Faria de Vasconcelos integra esse objetivo referido de ser um Pioneiro da Educação Nova, ao cumprir a função de inovador, renovador e promotor pedagógico do ideário do Movimento da Escola Nova, na Eu¬ropa e América Latina, estabelecendo relações entre educadores/pedagogos, associações científicas e instituições de outros países, no intuito da moder¬nização educativa na época (critica à pedagogia tradicional), à pedagogia científica e às novas tendências. Claro está que tiveram muita relevância nesse processo inovador da educação e do sistema escolar, a ida de muitos pedagogos (bolseiros) com estâncias científicas e/ou em visitas de estudo. Neste sentido, convém referir a leva de portugueses que estiveram na Fran¬ça, Bélgica, Suíça, Alemanha, Inglaterra, Áustria, Suécia, Espanha e Itália. Em 2019 celebramos 139 anos do nascimento e 80 anos do seu faleci¬mento. A análise e reflexão ao pensamento vasconceliano não se esgotou na¬quele Ciclo de Colóquios, nem nas homenagens cívicas e públicas (de 1980 e agora em 2019). Pelo contrário, outras abordagens e interpretações devem surgir para o futuro sobre este insigne pedagogo albicastrense. A presente publicação sobre o nosso escolanovista desafia-nos e relança-nos, desde o pas¬sado até hoje, a refletir o futuro do ensino, da escola, do ambiente dentro delas perante a inclusão, a multi e interculturalidade, os problemas escolares do abandono e do insucesso escolar, do papel e ação dos professores, cada vez mais exigente nos contextos formais e não formais da aprendizagem, da flexi¬bilidade do currículo e dos seus conteúdos formativos, etc. Ou seja, a escola deste milénio deve ser uma incubadora pedagógica, um centro de criação para o desenvolvimento de projetos e intervenções pedagógicas, de modo a educar todos os alunos como futuros cidadãos, para uma sociedade para todas as idades, raças e gerações. É nesse espaço escolar onde deve emergir a criatividade e a inovação, o desenvolvimento de competências e as forma¬ções, como êmbolos fundamentais para uma sociedade mais solidária inter¬geracional e mais qualificada ética e profissionalmente.
- Influxos do naturalismo pedagógico, do pragmatismo e do social na Escola Nova e em Faria de VasconcelosPublication . Martins, Ernesto CandeiasFaria de Vasconcelos foi um cientista do social e um psicopedagogo dos problemas escolares e preocupado com a formação dos professores, reconhecendo a importância da relação da criança com o meio envolvimento e o sentido prático do aprender a aprender, de modo científico. Trataremos de analisar os influxos no pensamento e obra de Faria de Vasconcelos e com os ideais educativos da Escola Nova do naturalismo pedagógico e do pragmatismo, na base dos seguintes pontos: o conceito de natureza e a sua relação com o homem originando a evolução de um naturalismo (holismo naturalista), de índole filosófico-pedagógico e no seio da EN; os influxos do pragmatismo no âmbito da educação; os elementos da sua pedagogia da ação; a educação popular e social na pedagogia vasconceliana.
- Faria de Vasconcelos ‘por Terras D’Além-mar’ latino americano: da pluralidade à defesa e promoção das culturas locais bolivianas numa interculturalidade emancipatória e participantePublication . Martins, Ernesto CandeiasAbordaremos hermenêuticamente neste texto quatro pontos essenciais em Faria de Vasoncelos sob a temática da multi e interculturalidade, tendo como marco referencial a sua obra Por Terras d’Além-Mar, com especial atenção: à defesa dos direitos do povo boliviano no contexto do direito internacional da Sociedade das Nações (Conflito da Guerra do Pacífico em 1879); a distinção entre a multiculturalidade e a interculturalidade no contexto dos países latino-americano, apostando Faria de Vasconcelos por uma interculturalidade emancipatória e participativa na sociedade boliviana; uma análise aprofundada à narração da obra Por Terras d’Além-Mar, no âmbito patrimonial, sociocultural e educativo; a educação intercultural da criança boliviana na diversidade de culturas naquela época de princípios do séc. XX e no contexto da (re) organização da reforma da educação pública (liberal) em Bolívia.
- A perspetiva da pedagogia contemporânea em Faria de Vasconcelos e as tendências educativas geradas pela Escola NovaPublication . Martins, Ernesto CandeiasNorteamo-nos por uma perspetiva pedagógica e hermenêutica de argumentação, ao abordar o escolanovista Faria de Vasconcelos, tendo como alicerce a sua obra e clarificando algumas das suas ideias no contexto da EN e no seio da Pedagogia Contemporânea, da pedagogia científica (psicologia experimental e/ou aplicada), da pedagogia como Ciência Educativa, no movimento da pedologia portuguesa. Por fim analisaremos o impacto da EN na História da Educação e nas tendências, teorias e/ou modelos educativos que se produziram ao longo do século passado, com especial atenção a alguns aspetos relevantes e mudanças na educação/ pedagogia.