ESECB - Escola Superior de Educação
Permanent URI for this community
Browse
Browsing ESECB - Escola Superior de Educação by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Sociais::Sociologia"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- A dinâmica demográfica na região do INTERREG Ibérico, no final do século XXPublication . Moreira, Maria João Guardado; Nazareth, J. ManuelAs regiões da fronteira que separa Portugal de Espanha não foram, até praticamente aos anos oitenta, objecto de grandes estudos ou sínteses de conjunto. Foi com a adesão dos dois países à Comunidade Económica Europeia que renasce o interesse pela fronteira, não só nos meios académicos, como também junto dos políticos e dos responsáveis pelo desenvolvimento regional. É assim que os Colóquios Ibéricos de Geografia, que se realizam desde 1979, têm uma secção sobre a fronteira como factor geográfico. E, a necessidade em conhecer os impactos regionais da adesão à Comunidade tem levado à constituição de equipas pluridisciplinares ligadas à planificação regional. Ainda que com desigual intensidade, a raia luso-espanhola associa assim um conjunto de características que a tornaram num exemplo de região que foi gerando bloqueios ao seu próprio crescimento e que se enquadram, portanto, nos objectivos da iniciativa comunitária do INTERREG. Propusemo-nos, pois, desenvolver um estudo cuja unidade territorial de análise são as Nomenclaturas das Unidades Territoriais Estatísticas (NUTS), de nível III, dos dois lados da fronteira, e que tem como principal objectivo conhecer a dinâmica populacional da raia luso-espanhola, neste final do século XX. A escolha deste espaço prende-se, precisamente, com o facto de estas regiões serem consideradas, pela Comunidade, como um conjunto que partilha problemas comuns e cuja resolução deve ser encontrada em comum. Torna-se, portanto, pertinente um estudo que considere as regiões portuguesas e espanholas, pois só assim é possível percepcionar a existência de um espaço demográfico raiano que compartilha características. Para além do estudo da dinâmica demográfica das NUTS III de fronteira, procurámos fazer o seu enquadramento nos respectivos países, conscientes de que as tendências regionais só têm sentido quando inseridas num espaço mais amplo. Nesta óptica utilizámos o resto dos espaços peninsulares como contraponto, não incluindo os territórios situados fora da Península Ibérica devido às particularidades que a sua localização lhes confere. Estamo-nos a referir aos arquipélagos dos Açores, Baleares, Canárias, Madeira e às cidades de Ceuta e Melilla.