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- Identificação de Erwinia amylovora por técnicas de ácidos nucleicos e bioquímicasPublication . Silva, M.C.A.; Luz, João Pedro Martins da; Reis, Carlos Manuel Gaspar dosA bactéria Erwinia amylovora (Burrill) Winslow et al. é o agente responsável pela doença vulgarmente designada por fogo bacteriano. A doença foi detetada pela primeira vez na Europa, em 1957, no sul de Inglaterra e desde então tem-se difundido por todo o continente europeu. Atualmente está presente em 49 países, distribuídos por todos os continentes, afetando fundamentalmente espécies da subfamília Maloideae, onde se incluem as pomoideas e ainda diversas espécies ornamentais ou silvestres. Face à existência, no nosso país, de dois focos de fogo bacteriano assinalados, em 2006 e entretanto erradicados, e ao aparecimento de novos focos em 2010 e 2011, o combate e erradicação da doença é premente para que Portugal continue a gozar do estatuto de “zona protegida”. Para o efeito, considera-se fundamental a identificação e caraterização dos isolados bacterianos que estão a infetar os pomares portugueses. Neste trabalho, foram avaliados 44 isolados obtidos, entre 2006 e 2011, de plantas sintomáticas de macieira e pereira. A identificação de E. amylovora foi realizada através de testes fisiológicos e bioquímicos, de PCR e de patogenicidade, de acordo com os procedimentos indicados pela EPPO e os definidos por outros autores. Apenas 25% dos isolados evidenciaram paragem de crescimento a 36ºC. Este número aumentou para 68% quando as colónias foram sujeitas a uma temperatura de 39ºC. Esta constatação pode evidenciar uma adaptação da bactéria às nossas condições climáticas. A utilização do citrato de sódio, da L-ramnose e da amigdalina, verificada em alguns isolados, aponta para o facto de alguns isolados portugueses pertencerem ao grupo minoritário de estirpes que utilizam aqueles compostos. Os isolados suspeitos de pertencerem à espécie E. amylovora mostraram-se pouco homogéneos no que respeita à caraterização bioquímica efetuada no sistema API 20E, dado que resultaram 21 perfis. Destes isolados, 65% mostraram ser positivos na identificação por ácidos nucleicos, com a técnica descrita por Bereswill et al. (1992) e 74% revelaram-se patogénicos em frutos imaturos de pera e nêspera. Somente metade dos isolados apresentou resultados coincidentes com o expectável para a bactéria E. amylovora. Dos isolados estudados, 26% mostraram-se negativos para E. amylovora, uma vez que se revelaram, simultaneamente, negativos no teste de patogenicidade e na amplificação com os primers de Bereswill et al. (1992). Os isolados obtidos em 2010 e 2011, inoculados em pera e nêspera, produziram, de um modo geral, infeções mais rapidamente que os isolados obtidos entre 2006 e 2009, o que leva a presumir tratarem-se de isolados mais virulentos. Considera-se de interesse continuar os estudos de caraterização fisiológica, bioquímica e molecular dos isolados portugueses, pois o conhecimento da bactéria E. amylovora, nas nossas condições, contribuirá para um melhor controlo e erradicação.
- O fogo bacteriano das pomoideas em PortugalPublication . Luz, J.P.; Silva, M.C.A.O fogo bacteriano das pomoideas em Portugal.
- O fogo bacterianoPublication . Silva, M.C.A.; Luz, J.P.O Fogo Bacteriano é uma doença altamente contagiosa e de rápida disseminação. Uma vez que não existem meios de luta totalmente eficazes para o seu combate, o controlo deve ser efetuado com base numa estratégia integrada que assenta em medidas que visam a redução do inóculo, evitam o estabelecimento da bactéria no hospedeiro e diminuem a suscetibilidade deste à infeção. O recurso a meios de diagnóstico para evitar a entrada do organismo em zonas isentas da doença ou a sua deteção precoce, são fundamentais para o seu combate e erradicação.