Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
15.78 MB | Adobe PDF |
Authors
Abstract(s)
A necessidade de gerir eficientemente e eficazmente os recursos, em conjunto com o Desenvolvimento Sustentável (DS), implica o envolvimento de todos os agentes, quer políticos, quer organizações civis e cidadãos, de uma forma ativa, que promova a transformação para sociedades mais sustentáveis. Atualmente começou a surgir o debate sobre como avaliar e monitorizar o DS em pequenas cidades e municípios rurais que apresentam caraterísticas distintas das grandes cidades. As comunidades intermunicipais, compostas por estes municípios, desempenham um papel fundamental na promoção de políticas enquanto fator chave para a coesão territorial europeia, onde os Sistemas de Indicadores (SI) representam uma peça chave como instrumento de apoio à tomada de decisão. Torna-se assim fundamental desenvolver SI, com base em processos colaborativos, que incorporem as preocupações da comunidade local e as especificidades de regiões rurais e que tenham especial enfoque nos grupos mais jovens, considerando o seu papel nas futuras gerações. Este trabalho tem como objetivo desenvolver um SI numa comunidade maioritariamente rural, baseado num processo participativo e de co-criação, constituído, na primeira fase, por um questionário aplicado a uma amostra representativa da população (adulta e jovem) com o objetivo de conhecer as suas perceções e as atitudes sobre o DS e quais as áreas onde é preciso atuar para a sua aplicação no município onde residiam. Na segunda fase, pela realização de grupos focais aos atores-chave e aos jovens, pretendeu-se aferir quais os indicadores que deviam integrar o SI para monitorizar o DS. O estudo de caso refere-se à Beira Baixa, que representa aproximadamente 0,8% da população residente em Portugal, integra os 3º e 4º maiores concelhos do país em termos de área, o que se traduz numa das mais baixas densidade populacional. Esta região tem ainda os mais baixos índices de dependência de jovens e dos mais elevados índices de envelhecimento a nível nacional. Os resultados permitem verificar que a grande maioria dos inquiridos já ouviu falar de DS e que a sua promoção compete, em primeiro lugar, a cada um de nós. Quando questionados sobre SI, menos de metade dos inquiridos ouviu falar em SI, no entanto, referem que a escolha dos indicadores deveria ter em conta a sua opinião. De 40 temas apresentados à população, 22 obtiveram uma média igual ou superior a 4 (numa escala de 1 a 5), os quais estão relacionados com as dimensões social e ambiental e com uma componente “imaterial” das questões da sustentabilidade. Posteriormente, foram apresentados 123 indicadores aos atores-chave e jovens, para debaterem e avaliarem os indicadores associados aos temas, dos quais 56 constituíram o SI para esta comunidade. A abordagem inovadora de envolvimento da população na conceção de um SI de âmbito local, incorporando os jovens neste processo, enquanto agentes de mudança e promotores do DS, principalmente no mundo rural, pode agora permitir o desenvolvimento de metas e objetivos específicos em zonas com elevada desertificação humana, mas com elevados valores naturais. Desta forma pode permitir exercer pressão junto do governo e das autarquias no combate às desigualdades sociais e nas suas responsabilidades pelos compromissos face à sociedade, em concreto, no que se refere à sustentabilidade local, podendo esta abordagem ser replicada e validada em outras localidades tanto em termos nacionais ou internacionais.
Abstract: The need to manage resources efficiently and effectively, together with Sustainable Development (SD), implies the involvement of all agents, whether politicians or civil organizations and citizens, in an active way that promotes the transformation to more sustainable societies. Currently, the debate on how to assess and monitor SD in small towns and rural municipalities that have different characteristics from large cities has begun to emerge. The inter-municipal communities, made up of these municipalities, play an essential role in promoting policies as a key factor for European territorial cohesion, where the Indicator Systems (IS) represent a key part as an instrument to support decision-making. It is therefore essential to develop IS, based in collaborative processes, which incorporate the concerns of the local community and the specificities of rural regions and have a special focus in the younger groups, having in mind its role in the future generations. This work aims to develop an IS in a mostly rural community, based on a participatory and co-creation process, consisting, in the first phase of a questionnaire applied to a representative sample of the population (adult and young) to know their perceptions and attitudes about SD and which areas need to be acted upon for them to be put in practice in the municipality where they lived. In the second phase, by conducting focus groups with key actors and young people, it was intended to assess which indicators should be included in the IS to monitor the SD. The case study refers to Beira Baixa, which represents approximately 0.8% of the resident population in Portugal, integrates the 3rd and 4th largest municipalities in the country in terms of area, which translates into one of the lowest population densities. This region also has the lowest rates of youth dependency and the highest rates of aging nationwide. The results show that most respondents have heard of DS and that its promotion is primarily up to each one of us. When asked about IS, less than half of the respondents have heard of IS, however they state that the choice of indicators should have their opinion in mind. Out of 40 themes presented to the population, 22 had an average equal to or greater than 4 (on a scale of 1 to 5), which are related to the social and environmental dimensions and with an “immaterial” component of the sustainability issues. Subsequently, 123 indicators were presented to key actors and young people, to debate and assess the indicators associated with the themes, of which 56 made up the IS for this community. The ground-breaking approach of involving the population in the design of a local based IS, incorporating the young people in this process, as agents for change and promoters of SD, especially in the rural world, is now able to allow the development of targets and specific goals in areas with high human desertification, but with elevated natural value. In this way, it can make it possible to exert pressure on the government and local authorities to fight social inequalities and their responsibility for commitment to society, specifically, regarding local sustainability, with the possibility for the approach to be repeated and validated in other localities whether nationally or internationally.
Resumen: La necesidad de gestionar eficiente y eficazmente los recursos, en conjunto con el Desarrollo Sostenible (DS), conlleva la implicación de todos los agentes, tanto los políticos como las organizaciones civiles y los ciudadanos, de una forma activa, que promueva la transformación hacia sociedades más sostenibles. Recientemente, comenzó a surgir el debate sobre pequeñas ciudades y municipios rurales que presentan características distintas a las de las grandes ciudades. Las comunidades intermunicipales, compuestas por estos municipios, desempeñan un papel fundamental en la promoción de políticas como factor clave para la cohesión territorial europea, donde los Sistemas de Indicadores (SI) representan una pieza clave para la toma de decisiones. Por lo que es fundamental desarrollar un SI, con base en un proceso colaborativo, que incorpore las preocupaciones de la comunidad local y las especificidades de las regiones rurales y que tengan especial enfoque en los grupos más jóvenes, considerando su papel en las futuras generaciones. Este trabajo tiene como objetivo desarrollar un SI en una comunidad mayoritariamente rural, basado en un proceso participativo y colaborativo, compuesto, en una primera fase, por un cuestionario aplicado a la población (adulta y joven) con el objetivo de conocer sus percepciones y actitudes sobre el DS y en qué áreas es preciso actuar para su aplicación en el municipio donde residían. En la segunda fase, por la realización de grupos focales a los actores clave y a los jóvenes, para estimar qué indicadores deberían integrar o SI para monitorizar el DS. El estudio de caso se refiere a Beira Baixa: esta región representa aproximadamente el 0,8% de la población residente en Portugal e integra el tercer y cuarto mayor municipio del país, lo que se traduce en una de las más bajas densidades demográficas. Además, tiene los más bajos índices de dependencia de jóvenes y de los más elevados índices de envejecimiento a nivel nacional. Los resultados permiten verificar que la gran mayoría de los encuestados ya ha oído hablar de DS y que su promoción compete, en primer lugar, a cada uno de nosotros. Al ser preguntados sobre los SI, menos de la mitad de los encuestados ha oído hablar al respecto, mientras expresan que en la elección de los indicadores se debería de tener en cuenta su opinión. De los 40 temas presentados a la población, 22 obtuvieron una media igual o superior a 4 (en una escala de 1 a 5), los cuales están relacionados con la dimensión social y ambiental y con una componente “inmaterial” de las cuestiones de la sostenibilidad. Posteriormente, fueron presentados 123 indicadores a los actores clave y jóvenes, para que debatieran y evaluaran los indicadores asociados a los temas, de los que 56 constituyeron el SI para esta comunidad. El abordaje innovador de implicación de la población en la concepción de un SI de ámbito local, incorporando a los jóvenes en este proceso, en cuanto agentes de cambio y promotores del DS, principalmente en el mundo rural, puede ahora permitir el desarrollo de metas y objetivos específicos en zonas con elevado despoblamiento, pero con elevados valores naturales. De esta forma puede permitir ejercer presión junto al gobierno y los ayuntamientos en la lucha contra las desigualdades sociales y sus responsabilidades por los compromisos frente a la sociedad, en concreto, en lo que se refiere a la sostenibilidad local, pudiendo este abordaje ser replicado y validado en otras localidades tanto nacionales como internacionales.
Abstract: The need to manage resources efficiently and effectively, together with Sustainable Development (SD), implies the involvement of all agents, whether politicians or civil organizations and citizens, in an active way that promotes the transformation to more sustainable societies. Currently, the debate on how to assess and monitor SD in small towns and rural municipalities that have different characteristics from large cities has begun to emerge. The inter-municipal communities, made up of these municipalities, play an essential role in promoting policies as a key factor for European territorial cohesion, where the Indicator Systems (IS) represent a key part as an instrument to support decision-making. It is therefore essential to develop IS, based in collaborative processes, which incorporate the concerns of the local community and the specificities of rural regions and have a special focus in the younger groups, having in mind its role in the future generations. This work aims to develop an IS in a mostly rural community, based on a participatory and co-creation process, consisting, in the first phase of a questionnaire applied to a representative sample of the population (adult and young) to know their perceptions and attitudes about SD and which areas need to be acted upon for them to be put in practice in the municipality where they lived. In the second phase, by conducting focus groups with key actors and young people, it was intended to assess which indicators should be included in the IS to monitor the SD. The case study refers to Beira Baixa, which represents approximately 0.8% of the resident population in Portugal, integrates the 3rd and 4th largest municipalities in the country in terms of area, which translates into one of the lowest population densities. This region also has the lowest rates of youth dependency and the highest rates of aging nationwide. The results show that most respondents have heard of DS and that its promotion is primarily up to each one of us. When asked about IS, less than half of the respondents have heard of IS, however they state that the choice of indicators should have their opinion in mind. Out of 40 themes presented to the population, 22 had an average equal to or greater than 4 (on a scale of 1 to 5), which are related to the social and environmental dimensions and with an “immaterial” component of the sustainability issues. Subsequently, 123 indicators were presented to key actors and young people, to debate and assess the indicators associated with the themes, of which 56 made up the IS for this community. The ground-breaking approach of involving the population in the design of a local based IS, incorporating the young people in this process, as agents for change and promoters of SD, especially in the rural world, is now able to allow the development of targets and specific goals in areas with high human desertification, but with elevated natural value. In this way, it can make it possible to exert pressure on the government and local authorities to fight social inequalities and their responsibility for commitment to society, specifically, regarding local sustainability, with the possibility for the approach to be repeated and validated in other localities whether nationally or internationally.
Resumen: La necesidad de gestionar eficiente y eficazmente los recursos, en conjunto con el Desarrollo Sostenible (DS), conlleva la implicación de todos los agentes, tanto los políticos como las organizaciones civiles y los ciudadanos, de una forma activa, que promueva la transformación hacia sociedades más sostenibles. Recientemente, comenzó a surgir el debate sobre pequeñas ciudades y municipios rurales que presentan características distintas a las de las grandes ciudades. Las comunidades intermunicipales, compuestas por estos municipios, desempeñan un papel fundamental en la promoción de políticas como factor clave para la cohesión territorial europea, donde los Sistemas de Indicadores (SI) representan una pieza clave para la toma de decisiones. Por lo que es fundamental desarrollar un SI, con base en un proceso colaborativo, que incorpore las preocupaciones de la comunidad local y las especificidades de las regiones rurales y que tengan especial enfoque en los grupos más jóvenes, considerando su papel en las futuras generaciones. Este trabajo tiene como objetivo desarrollar un SI en una comunidad mayoritariamente rural, basado en un proceso participativo y colaborativo, compuesto, en una primera fase, por un cuestionario aplicado a la población (adulta y joven) con el objetivo de conocer sus percepciones y actitudes sobre el DS y en qué áreas es preciso actuar para su aplicación en el municipio donde residían. En la segunda fase, por la realización de grupos focales a los actores clave y a los jóvenes, para estimar qué indicadores deberían integrar o SI para monitorizar el DS. El estudio de caso se refiere a Beira Baixa: esta región representa aproximadamente el 0,8% de la población residente en Portugal e integra el tercer y cuarto mayor municipio del país, lo que se traduce en una de las más bajas densidades demográficas. Además, tiene los más bajos índices de dependencia de jóvenes y de los más elevados índices de envejecimiento a nivel nacional. Los resultados permiten verificar que la gran mayoría de los encuestados ya ha oído hablar de DS y que su promoción compete, en primer lugar, a cada uno de nosotros. Al ser preguntados sobre los SI, menos de la mitad de los encuestados ha oído hablar al respecto, mientras expresan que en la elección de los indicadores se debería de tener en cuenta su opinión. De los 40 temas presentados a la población, 22 obtuvieron una media igual o superior a 4 (en una escala de 1 a 5), los cuales están relacionados con la dimensión social y ambiental y con una componente “inmaterial” de las cuestiones de la sostenibilidad. Posteriormente, fueron presentados 123 indicadores a los actores clave y jóvenes, para que debatieran y evaluaran los indicadores asociados a los temas, de los que 56 constituyeron el SI para esta comunidad. El abordaje innovador de implicación de la población en la concepción de un SI de ámbito local, incorporando a los jóvenes en este proceso, en cuanto agentes de cambio y promotores del DS, principalmente en el mundo rural, puede ahora permitir el desarrollo de metas y objetivos específicos en zonas con elevado despoblamiento, pero con elevados valores naturales. De esta forma puede permitir ejercer presión junto al gobierno y los ayuntamientos en la lucha contra las desigualdades sociales y sus responsabilidades por los compromisos frente a la sociedad, en concreto, en lo que se refiere a la sostenibilidad local, pudiendo este abordaje ser replicado y validado en otras localidades tanto nacionales como internacionales.
Description
Keywords
Sistema de indicadores Sustentabilidade local Processos colaborativos Municípios rurais Beira Baixa Indicators system Local sustainability Collaboration processes Rural municipality Beira Baixa Sistema de indicadores Sostenibilidad local Procesos de colaboración Municipios rurales Beira Baixa
Citation
MANSO, Sandra Sofia Azinheira Morais Lourenço (2022) - Desenvolvimento de um sistema colaborativo de indicadores de sustentabilidade em comunidades rurais: o estudo de caso da Beira Baixa. Lisboa : Univesidade Aberta. Tese de Doutoramento.