ESACB - Dissertações de Mestrado
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Browsing ESACB - Dissertações de Mestrado by advisor "Albuquerque, Maria Teresa Durães"
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- Caracterização ambiental e análise de riscos na bacia hidrográfica do rio ÁguedaPublication . Seco, Maria de Fátima Magro; Antunes, Isabel Margarida Horta Ribeiro; Albuquerque, Maria Teresa DurãesA água tem uma importância fundamental para a vida, pelo que o seu controlo, independentemente do fim a que se destina, é de extrema importância. O objetivo do presente trabalho centra-se na identificação dos principais poluentes associados a fontes de contaminação (e.g., vestígios mineiros; atividades humanas, atividades agrícolas e pecuárias) e sua distribuição na bacia transfronteiriça do rio Águeda. O Rio Águeda nasce em Navasfrías (Espanha) e desagua em Barca D’Alva (Portugal). É um curso de água internacional com cerca de 144 Km de extensão, sendo que 44 dos mesmos constitui a fronteira natural entre Portugal e Espanha, inserindo-se na bacia hidrográfica do rio Douro. A recolha e análise química de amostras de água subterrânea em pontos previamente selecionados, permitiu a construção de mapas representativos da distribuição espacial dos teores e de valores estimados para os elementos potencialmente contaminantes na bacia hidrográfica do rio Águeda, recorrendo a metodologias de estatística multivariada e espacial/geoestatística, em ambiente SIG (ArcMap 10). Para a realização deste estudo, utilizou-se uma malha de amostragem regular na bacia hidrográfica do rio Águeda, tendo-se selecionado e recolhido 75 pontos (poços), durante o mês de maio de 2012. Para cada um dos pontos de amostragem foram realizadas análises “in situ” com a determinação dos parâmetros físico-químicos: condutividade elétrica (CE); oxigénio dissolvido (DO); pH; potencial de oxidação-redução (ORP) e temperatura. Posteriormente, procedeu-se à determinação dos teores de alguns elementos químicos relacionados com atividades desenvolvidas na bacia hidrográfica do rio Águeda como sejam: arsénio (As), boro (B), bário (Ba), cálcio (Ca), cloretos (Cl), ferro (Fe), fosfatos inorgânicos (PO43-) magnésio (Mg), manganês (Mn), sódio (Na) cloreto de sódio (NaCl), nitratos (NO3-), potássio (K), sulfatos (SO42-), estrôncio (Sr), urânio (U) e sólidos totais dissolvidos (TDS). Estas determinações foram realizadas, no laboratório do Instituto de Recursos Naturais e Agro-biológicos de Salamanca – Consejo Superior de Investigaciones Científicas (IRNASA-CSIC, Salamanca; Espanha). A avaliação estatística dos resultados obtidos, para as diferentes variáveis analisadas nas águas subterrâneas, permitiu a caraterização das distribuições ulteriormente o ajusto da metodologia geoestatística adequada para a construção de mapas estimados, da bacia hidrográfica do rio Águeda. As metodologias utilizadas incluíram a krigagem, utilizando a ferramenta informática Geostatiscal Analyst do software ArcMap10. Com esta metodologia é possível a identificação das zonas com concentrações mais elevadas, nomeadamente para alguns elementos potencialmente perigosos para a saúde humana, como o arsénio e o urânio. Estas zonas corresponderão a áreas, de maior vulnerabilidade e perigo, através das quais será possível definir uma rede de monitorização mais adequada. Os resultados obtidos permitem concluir que é na zona central da bacia hidrográfica do rio Águeda (Ciudad Rodrigo), que ocorrem os teores mais elevados para a maioria dos elementos analisados. Esta zona poderá ser considerada como a mais vulnerável, pela presença de atividades agrícolas, industriais e humanas, e coincidindo com a área de maior densidade populacional. Na zona norte, pode ser identificada alguma vulnerabilidade com possível origem das atividades mineiras desenvolvidas no passado.
- Modelação espacial da produção de pinheiro bravo (Pinus pinaster Aiton) na freguesia de Sarnadas de São SimãoPublication . Mestre, Susana Candeias; Alegria, Cristina Maria Martins; Albuquerque, Maria Teresa DurãesO presente trabalho teve como objectivo entender se a produtividade dos povoamentos de pinheiro bravo pode ser explicada e modelada espacialmente através das correlações existentes entre as variáveis que expressam a produtividade e os parâmetros fisiográficos. Realizou-se a recolha dos dados biométricos por amostragem sistemática segundo uma grelha de pontos com uma equidistância de 500 m e efectuou-se a avaliação das variáveis dendrométricas caracterizadoras da produção dos povoamentos. Com recurso ao ArcGIS Desktop.v9.3 procedeu-se ao estudo fisiográfico, foram obtidos os mapas de declives e exposição solar, utilizados para testar a correlação com a produtividade do local. Na avaliação da produtividade florestal utilizou-se uma abordagem geocêntrica, incorporando variáveis fisiográficas que através de técnicas geoestatísticas combinadas com ferramentas SIG permitiram cartografar a produtividade florestal e a produção média de povoamentos adultos de pinheiro bravo e de áreas recentemente queimadas com povoamentos jovens, ambos provenientes de regeneração natural localizados na região Centro de Portugal. Com recurso à análise factorial de correspondências (AFC), aplicada ao índice de qualidade de estação (Sh25), declives e exposição solar, construi-se um índice de qualidade florestal (IQF) que interpolado por krigagem ordinária exprime a produtividade potencial dos povoamentos. A estimação geoestatística da produção média realizou-se por krigagem com deriva externa utilizando como variável principal o volume de lenha e como variáveis auxiliares os declives e a exposição solar conhecidas em toda a área de estudo. Construiu-se um mapa de isoprobabilidades para Sh25, para um valor de corte de 16.73, através da krigagem da indicatriz, que permitiu definir zonas de maior apetência para a produção florestal. De acordo com os resultados obtidos constatou-se que as zonas que apresentam IQF mais elevado são zonas com declives suaves e boa exposição solar e que efectivamente apresentam as maiores árvores do povoamento, contrariamente às zonas de baixo IQF que apresentam árvores menores. Relativamente à produção média, constatou-se que áreas compostas por elevadas densidades e árvores de menores diâmetros apresentam maiores volumes de lenha, consequentemente produções médias superiores e vice-versa. As metodologias geoestatísticas aplicadas, permitiram realizar uma estimativa da produtividade de pinheiro bravo na área em estudo e ainda representar espacialmente a incerteza local associada à previsão efectuada. Desta forma, a cartografia obtida constitui uma importante ferramenta de apoio à gestão florestal e apresenta um baixo custo associado comparativamente à mais-valia que constitui.
- Seleção e segregação de macro-habitat em aves de rapina diurnas numa área do Norte AlentejanoPublication . Sillero Moreno, António Manuel; Ribeiro, Maria Margarida Chagas de Ataíde; Albuquerque, Maria Teresa Durães; Onofre, Nuno Xavier Roncon SoaresNas aves, a área vital de uma espécie compreende, entre outras, as zonas de nidificação e de alimentação, as quais, em muitos casos, são constituídas por biótopos distintos, em particular durante o período reprodutor. O estudo da área vital pode dar indicações sobre as zonas importantes a proteger, tendo em conta que as áreas ocupadas por estas espécies são normalmente muito abrangentes. O Alto-Alentejo apresenta paisagens e habitats que têm grande impacto e importância para a conservação das aves de rapina ibéricas, apesar de estarem largamente transformados pela atividade humana. Os montados são áreas onde estas aves nidificam e, inclusive, procuram alimento, enquanto as zonas abertas de pastagens e de culturas tradicionais de cereal de sequeiro são zonas essencialmente de caça, na maioria dos casos. A zona de estudo localiza-se nos concelhos de Mora e Avis e tem grande interesse para a conservação da biodiversidade, estando, nomeadamente, compreendida no sítio da Rede Natura 2000 "Cabeção" - PTCON0029. O objetivo deste trabalho é conhecer os usos de solo que parecem influenciar a seleção e a separação ao nível do macro-habitat de várias espécies de aves de rapina simpátricas no norte alentejano: águia-de-asa-redonda (Buteo buteo (Linnaeus, 1758)), águia-calçada (Hieraaetus pennatus (Gmelin, 1788)), águia-cobreira (Circaetus gallicus (Gmelin, 1788)), bútio-vespeiro (Pernis apivorus (Linnaeus, 1758)), milhafre-preto (Milvus migrans (Boddaert, 1783)), peneireiro-comum (Falco tinnunculus (Linnaeus, 1758)) e peneireirocinzento (Elanus caeruleus (Desfontaines, 1789)). Para o efeito, analisou-se a influência dos diferentes tipos de uso do solo e da densidade de cobertura do solo dos usos florestais. Para a caracterização das ocupações de solo intervenientes na seleção ao nível do macro-habitat de aves de rapinas no norte alentejano, foram realizadas duas aproximações diferentes: efetuou-se primeiro uma análise exploratória recorrendo à Análise em Componentes Principais (ACP) e à Regressão Logística. Ulteriormente, para a modelação da continuidade espacial dos atributos utilizaram-se metodologias geostatísticas e de estatística espacial, nomeadamente a Krigagem da Indicatriz, que possibilitou a construção de mapas de iso-probabilidade para a distribuição espacial, dos atributos em análise. Os resultados obtidos permitem concluir que uma seleção ativa das áreas de montado de sobro, densamente arborizadas, é essencialmente feita pelas águia-cobreira e águia-calçada, que tendem a excluir as áreas mais abertas, até distâncias consideráveis em torno da área de nidificação. No caso da águia-d’asa-redonda e do peneireiro cinzento, observou-se uma seleção ativa de áreas abertas, no entanto a águia-d’asa-redonda apresenta maior afinidade com áreas abertas. O peneireiro-cinzento, por sua vez, mostra uma preferência por áreas abertas, com azinheira (Quercus rotundifolia Lam.) dispersa ou montados de azinho pouco arborizados