Browsing by Author "Fernandes, Sara Oliveira"
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- Yoga e as perturbações do espectro do autismoPublication . Fernandes, Sara Oliveira; Mesquita, Maria Helena Ferreira de Pedro; Batista, Marco Alexandre da SilvaA perturbação do espetro de autismo, é uma patologia do neurodesenvolvimento com uma prevalência cada vez maior, por todo o mundo e em particular em Portugal e nas suas escolas. Esta perturbação caracteriza-se, de acordo com a American Psychiatric Association (2013) no DSM-5, por dificuldades persistentes na comunicação social recíproca e na interação social e por padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, sendo que se pode manifestar apenas através de um destes dois sintomas e em idade precoce. Assim, este estudo desenvolve-se em torno de um estudo de caso, com uma criança de 10 anos, com o intuito de verificar se a prática regular de yoga, pode potencializar o desenvolvimento de uma criança diagnosticada com esta perturbação, amenizando os sintomas associados à mesma. A prática do yoga, resulta da união perfeita entre as posturas (ãsanas), a respiração (pranayamas) e a meditação. No entanto, como descreve Goldberg (2013, p. 2), “yoga is more than a series of exercises. Its teachings offer a code of living in harmony among others and within oneself, tools to improve and maintain one’s health, and a system to quiet and focus the mind”. Começam a surgir variados estudos, desenvolvidos com crianças que apresentam necessidades específicas, como as crianças com perturbação do espetro do autismo, que envolvem a prática de yoga e esses têm mostrado a sua eficácia, bem como a aceitação por parte dessas crianças e os cuidados tidos na inclusão de todas as crianças, com ou sem necessidades específicas, nessa prática. Para avaliar os efeitos da prática de yoga na criança em estudo, foram aplicadas duas escalas, a escala CARS, utilizada para identificar casos de perturbação do espetro do autismo e a sua intensidade e a escala SDQ, usada para detetar dificuldades associadas à saúde mental infanto-juvenil, relacionadas com problemas de comportamento, hiperatividade, alterações emocionais e dificuldades nas relações com os seus pares. Ambas foram preenchidas pela mãe e um professor do sujeito de estudo, na fase inicial da investigação e na fase final, após nove meses de prática regular, de forma a comparar resultados antes e após a prática de yoga. Foram também realizadas duas entrevistas, uma anamnese com a mãe, na etapa inicial do estudo, de forma a conhecer a criança e a sua história e com a criança, na etapa final, de forma a dar-lhe oportunidade de manifestar o seu parecer. Apesar da avaliação positiva por parte da mãe e da criança, embora pouco significativa, o professor deu um parecer negativo quanto às alterações sentidas na criança, em relação aos sintomas identificados pelo mesmo, no início do estudo.