Browsing by Author "Sanches, Miguel"
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- Laboratory practices applied to the developement of an independent editorial projectPublication . Sanches, MiguelOs avanços tecnológicos e a presença esmagadora de ferramentas digitais no nosso dia-a-dia, têm necessariamente um impacto na prática do design, onde podemos encontrar cada vez mais preferência pelos canais de comunicação instantâneos e efémeros, em detrimento das técnicas de reprodução manual ou convencional. No que diz respeito às práticas pedagógicas, e particularmente nas áreas do design, há uma fome crescente de formação baseada em ferramentas digitais, onde o aluno se vê confrontado com a necessidade de apresentar uma resposta a um determinado problema, utilizando quase exclusivamente software gráfico conhecido. Este artigo visa demonstrar, através de um exemplo prático, como os estudantes podem ser encorajados a procurar soluções gráficas através de práticas laboratoriais, utilizando ferramentas analógicas, onde os resultados apresentados foram muitas vezes moldados por esta prática e não apenas uma solução padrão proposta por um software. O exemplo apresentado neste artigo baseia-se no projeto editorial extracurricular, i.E. Magazine, que os estudantes da Licenciatura em Design e Tecnologia Gráfica (DGAT) do Instituto Politécnico de Tomar (PIT) desenvolveram nos últimos anos, com o objetivo de contribuir para a aprendizagem fora da sala de aula, incentivando a utilização de equipamento e materiais fornecidos pelos laboratórios de impressão desta instituição. Esta revista é propriedade dos estudantes da DGAT e tem servido como plataforma para explorar os laboratórios de impressão do PIT, mas também como uma forma de os estudantes se expressarem, sem o compromisso de responder a um exercício, programa ou problema colocado na sala de aula. Os estudantes que abraçam este projeto são responsáveis pela escolha de todo o conteúdo escrito, pelo pedido externo de artigos, pela recolha ou produção de imagens e ilustrações, pelo design e layout, pela escolha de materiais e meios de produção, pela impressão e acabamento e pela distribuição. Na primeira parte deste artigo, pretendemos abordar principalmente questões relacionadas com a publicação independente - o termo é aqui utilizado, não como uma caracterização fechada e definitiva, mas apenas para distinguir uma área de edição, para além dos meios tradicionais de criação, produção, divulgação e distribuição - a fim de compreender o seu contexto e reconhecer como este tipo de edição leve, sem recursos e, quase sempre, sem um objetivo comercial pode influenciar a escolha de ferramentas, materiais e recursos, como meio de produzir um objeto gráfico. Numa segunda parte, tentaremos explorar como a experimentação e exploração de técnicas de produção tradicionais num contexto de oficina pode levar o estudante a resultados inesperados, muitas vezes impostos por limitações técnicas, laboratoriais ou temporais relacionadas com a utilização de técnicas de produção quase artesanal. Para uma terceira parte deste trabalho, apresentaremos as abordagens adotadas na produção da sexta edição da revista i.E., que normalmente começa com um conjunto de limitações apresentadas pelo editor e que os estudantes pretendem resolver à medida que exploram as diferentes soluções que as práticas laboratoriais permitem. Para cada uma das edições desta revista é essencial utilizar os espaços laboratoriais oferecidos pela PIT, tornando o aluno consciente de uma realidade muito mais ampla que aqueles que pode encontrar no computador, em ferramentas digitais, ou mesmo dentro de uma sala de aula tradicional. Com este artigo esperamos conseguir que o acesso a outros métodos de aprendizagem mais experimentais permita amplificar a visão criativa do aluno e torne possível melhorar os processos de aprendizagem. As metodologias colaborativas utilizadas no contexto de um workshop são relevantes nas práticas de design gráfico e editorial, colocando o designer também como autor, colaborador e produtor, capaz de ditar conteúdos de alto valor e soluções práticas. A revisão dos processos e ferramentas criativas utilizadas, transforma o designer enquanto autor, num profissional mais informado e consciente, permitindo a abordagem às tecnologias tradicionais e contribuindo para o seu reconhecimento e aplicabilidade num contexto profissional.
- O papel do designer gráfico na crescente standardização da indústria gráficaPublication . Sanches, MiguelNeste artigo abordamos os fatores que levaram à renovação do oficio do designer gráfico, essencialmente no que diz respeito ao desenvolvimento tecnológico das ferramentas que este profissional tem ao seu dispor. Todo o sector da indústria gráfica – pré-impressão, impressão e pós-impressão – sofreu grandes transformações principalmente ao nível tecnológico, organizacional e metodológico que levam a que o designer gráfico tenha de se adaptar e desenvolver novas valências que antes estavam entregues exclusivamente aos produtores gráficos. Estas evoluções tecnológicas levaram a que o sector das artes gráficas se transformasse progressivamente numa indústria gráfica, não havendo espaço à experimentação, ao artesanal ou às metodologias tentativa/erro anteriormente praticadas. Esta indústria acaba assim por se regular através de normas internacionais que ditam quais os parâmetros de qualidade a observar e de que forma estes podem ser alcançados. Neste artigo serão assinaladas as novas relações entre os diferentes atores do sector e qual o "novo" papel do designer gráfico numa indústria cada vez mais standardizada
