ESACB - Dissertações de Mestrado
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Browsing ESACB - Dissertações de Mestrado by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Agrárias::Agricultura, Silvicultura e Pescas"
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- Aplicação de composto orgânico produzido pela empresa VALNOR na redução de perdas de solo por erosão nos solos do norte alentejanoPublication . Carita, Filipe José da Silva; Duarte, António Francisco CanatárioO solo sendo um elemento fundamental para a sobrevivência dos ecossistemas terrestres, e um recurso finito, limitado e não renovável a curto e médio prazo, torna-se urgente a sua protecção das várias formas de degradação. Um dos aspectos degradativos mais importantes do solo no ambiente mediterrânico é, pela fragilidade de alguns dos seus ecossistemas, a erosão provocada pela chuva. A realização deste trabalho teve como principal objectivo a modelação das perdas de solo por erosão hídrica com recurso à Equação Universal de Perda de Solo (USLE) em ambiente SIG, nos concelhos do norte alentejano (Alter do Chão, Castelo de Vide, Crato, Gavião, Marvão, Nisa, Ponte de Sôr e Portalegre), integrantes da área de influência da empresa VALNOR (Valorização de Tratamentos Resíduos Sólidos do Norte Alentejano S.A). De acordo com as classes de erosão definidas. Apuramos que existe alguma variabilidade em termos de quantidades de solo perdida anualmente, sendo de destacar que na classe mais elevada (Classe V – 29,91-91,78 ton/ha.ano) apenas 0,12% da área de estudo é incluída nesta classe. Por outro lado, a percentagem da área de estudo que se inclui nas classes de erosão I e II (taxas de erosão até 6,05 ton/ha.ano) são respectivamente 81 e 14%, o que totaliza 95%. Conclui-se também que 23% da área sujeita a estudo apresenta situações em que as perdas médias de solo por erosão hídrica, supera a tolerância à perda daquele recurso. Caso não sejam prevenidas estas situações, não fica garantida a sustentabilidade do ecossistema, e assistiremos a uma redução progressiva da capacidade produtiva do solo e a situações mais extremas como desertificação do espaço rural. De entre o conjunto de medidas mitigadoras para o processo de erosão hídrica do solo, a adição de matéria orgânica obtida por processo de compostagem é uma medida que se apresenta como interessante e promissora para a manutenção e conservação da fertilidade dos solos, bem como para o aumento da resistência sob aquele processo de degradação.
- Desenvolvimento e avaliação da capacidade de adsorção em agregados geopoliméricos artificiais para o tratamento de efluentesPublication . Silva, Bruno Miguel Paixão Ferreira; Albuquerque, António João Carvalho; Silva, Isabel Cristina Castanheira eO desenvolvimento de novos agregados geopolimericos artificiais (AGA) para utilização em processos de tratamento de águas residuais é uma área de investigação recente, cujos resultados preliminares, alguns obtidos nesta tese, permitem antever uma solução vantajosa. Realizaram-se vários ensaios com um tipo de AGA desenvolvido a partir de lamas residuais das minas da Panasqueira, curado à temperatura ambiente, para utilização em tecnologias de tratamento de águas residuais. Os resultados permitiram observar que as amostras curadas até 28 dias em seco, não apresentavam consistência após imersão em água. O pH inicial da água baixou com o aumento do tempo de cura. As amostras curadas a 91 dias apresentaram, após imersão, o dobro da resistência mecânica à compressão das curadas a 35 dias. A porosidade intersticial manteve-se constante ao longo do tempo de imersão em água, mas a superfície específica e o diâmetro médio dos poros variaram ao longo do tempo de imersão, o que deverá estar associado à continuidade do processo de cura em água, sendo variações vantajosas para o objectivo deste trabalho. Os resultados dos ensaios de adsorção mostram que o AGA utilizado apresenta capacidade de remoção significativa de fósforo e baixa capacidade de remoção de acetato e azoto amoniacal. Este estudo evidencia que este AGA pode ser utilizado para a remoção de nutrientes em processos de tratamento de águas residuais, apesar de ser necessário prosseguir com os ensaios de tratabilidade.
- Expressão do potencial produtivo e qualitativo da pêra "Rocha" sujeito a diferentes regimes hídricosPublication . Fernandes, Bruno Miguel da Silva; Ramos, António Maria dos Santos; Duarte, António Francisco CanatárioCom a realização deste trabalho pretendeu-se contribuir para o estudo da melhor estratégia de rega para a pêra ‘Rocha’ num pomar localizado na região do “Oeste”, avaliando a expressão do potencial de crescimento e qualidade do fruto e relacionando-a com a disponibilidade hídrica do solo e com o estado hídrico da planta, de forma a realizar uma agricultura ambiental e economicamente sustentada. Foram testados 3 tratamentos: Mod I – rega habitual do agricultor (95-100 % Capacidade de Campo – CC); Mod II – rega com início retardado até cerca de 60 % CC; Mod III – sem rega. As quantidades totais (precipitação + rega) de água aplicadas em cada modalidade foram, respectivamente de 976, 396 e 140 mm. O teor de água armazenada no solo (até 1 m de profundidade) foi monitorizado semanalmente com a sonda DIVINER 2000, tendo-se determinado a CC em 300 mm. O estado hídrico da planta foi monitorizado pela medição semanal do potencial hídrico foliar (mínimo e máximo) com uma câmara de pressão. Os resultados produtivos e qualitativos foram analisados através do ajustamento não linear do crescimento do fruto em função do tempo (curvas de crescimento) e pelo ajustamento do peso médio do fruto, da produção, do teor em açúcares e da dureza da polpa em função do número de frutos por árvore (curvas do potencial produtivo). Pelos resultados obtidos, foi possível concluir que o crescimento do fruto e a expressão do potencial produtivo e qualitativo da pêra ‘Rocha’ foram influenciados pela disponibilidade de água, mas não foram afectados pelo retardamento do início da rega até cerca de 60 % CC (Mod II). A redução do crescimento do fruto e da produção com o stress hídrico (Mod III) ocorreu para valores de potencial hídrico foliar máximo e mínimo inferiores a cerca de -0,45 e -1,50 MPa, respectivamente. As curvas do potencial produtivo (ajustadas em função da carga) mostram que não há interacção entre a rega e a carga e que a rega pode aumentar a expressão do potencial produtivo (carga óptima para o mesmo peso médio do fruto) em cerca de 10 t/ha, mas com uma redução de quase 2,0 ºBrix.