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- A fiabilidade da relação e/a no estudo da função diastólica do ventrículo esquerdoPublication . Madureira, Renato; Alcafache, Carlos; Mota, MauroIntrodução A disfunção diastólica define-se como sendo uma perturbação do padrão do enchimento ventricular normal, sendo consequência do relaxamento anormal do miocárdio. Historicamente e ainda com alguma repercussão no presente, a relação E/A é um parâmetro muito valorizado aquando da tomada de decisão diagnóstica no que diz respeito à qualidade da função diastólica. As mais recentes guidelines acerca do tema contrariam esta ideia, principalmente na presença de fração de ejeção normal. Objetivo Avaliar a validade e fiabilidade da relação E/A no diagnóstico de disfunção diastólica do ventrículo esquerdo. Materiais e Métodos Estudo observacional, transversal e de abordagem quantitativa, realizado com indivíduos admitidos, consecutivamente, no serviço de Cardiopneumologia de um hospital da região centro de Portugal, no período compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2017. Todos os indivíduos foram submetidos a um estudo ecocardiográfico e foram registados parâmetros de Doppler contínuo, pulsado e tecidular relacionados com a avaliação da função diastólica, bem como o tamanho e função das cavidades cardíacas esquerdas. Resultados Foram incluídos 72 indivíduos, 58 com disfunção diastólica do ventrículo esquerdo (DDVE) e os restantes 14 sem DDVE. Entre os 58 indivíduos com disfunção diastólica, 47 apresentam Grau I, 11 Grau II e nenhum indivíduo foi diagnosticado com Grau III. Observou- -se que 11 indivíduos não apresentaram alterações na relação E/A, contudo, segundo as novas guidelines, evidenciam DDVE. Por outro lado, observa-se em 61 indivíduos alterações na relação E/A, sendo que 14, não padecem da patologia em questão. Conclusão A avaliação da função diastólica do ventrículo esquerdo, com recurso à relação E/A leva a diversos falsos positivos e diversos falsos negativos. Para um diagnóstico mais assertivo é necessário recorrer a diferentes parâmetros, o que vem dar suporte ao mais recente algoritmo desenvolvido para a avaliação da função diastólica do ventrículo esquerdo.
- Avaliação da função ventricular direita na hipertensão pulmonarPublication . Lopes, Ângela; Alcafache, Carlos; Mota, MauroIntrodução A função do ventrículo direito é o principal determinante do prognóstico na hipertensão pulmonar. Esta enfermidade, definida pelo aumento da pressão nas artérias pulmonares, tem como consequências o remodelamento e disfunção do ventrículo direito. Objetivo Avaliar as características morfológicas e fisiológicas do coração direito em doentes com hipertensão pulmonar. Materiais e Métodos Estudo observacional, transversal, de abordagem quantitativa, com recurso a uma amostragem não probabilística por conveniência, realizado entre 1 de agosto e 31 de dezembro de 2018 no serviço de Cardiopneumologia de um Hospital da região centro de Portugal. Todos os sujeitos foram submetidos à realização de um ecoDoppler cardíaco. Foram registados parâmetros ecocardiográficos como a excursão sistólica do plano anular tricúspide, pressão sistólica da artéria pulmonar, bem como o tamanho e função das cavidades cardíacas. Resultados A amostra do estudo foi composta por 100 indivíduos, divididos em dois grupos: 50 saudáveis e 50 doentes portadores de hipertensão pulmonar, com idades superiores a 40 anos e ausência de outra patologia cardíaca conhecida ou hipertensão arterial severa. No que diz respeito à função sistólica do ventrículo direito, esta apresenta-se mais elevada nos indivíduos saudáveis, sendo essa diferença estatisticamente significativa (p<0,001) embora, em média, apresente valores normais nos doentes com patologia. As cavidades cardíacas apresentamse significativamente dilatadas na presença da doença (p<0,001), à exceção do ventrículo esquerdo (p-value=1). Relativamente à função diastólica esta apresenta uma relação inversa com a pressão sistólica da artéria pulmonar, ou seja, esta é tanto menor quanto melhor se apresentar a função de ambos os ventrículos (p<0,001). Conclusão: Foi encontrada evidência de que, com base nos parâmetros ecocardiográficos nesta amostra de doentes, a hipertensão pulmonar provoca disfunção ventricular direita e dilatação das câmaras direitas. Isto reforça a necessidade de prevenção, identificação e intervenção precoces nestes indivíduos.
- Alterações estruturais e funcionais do coração em indivíduos fumadoresPublication . Silva, Ana Sofia; Alcafache, Carlos; Mota, MauroIntrodução O tabagismo é um fator de risco modificável que provoca diversas lesões no organismo. Os fumadores apresentam, comparativamente aos não fumadores, risco acrescido de doença cardiovascular. A evidência científica demonstra que, o consumo de apenas um cigarro por dia é suficiente para aumentar o risco de desenvolvimento de doença coronária e acidente vascular cerebral, que aumenta com os anos de tabagismo e com o número de cigarros por dia. Objetivo Este estudo pretende descrever o impacto do tabagismo a nível funcional e estrutural no coração. Métodos O presente estudo é do tipo analítico, observacional e transversal. Todos os sujeitos foram submetidos à realização de um ecocardiograma transtorácico. Foram registados parâmetros ecocardiográficos como o volume da aurícula esquerda (AE), a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE), a Relação E/e´, grau de disfunção diastólica, pressão sistólica da artéria pulmonar (PSAP), excursão sistólica do plano anular tricúspide (TAPSE), área da aurícula direita, massa do ventrículo esquerdo (VE) e diâmetro telediastólico do VE. Resultados A amostra do estudo foi composta por 100 indivíduos, divididos em dois grupos: 50 fumadores e 50 não fumadores. Verificou-se uma diminuição estatisticamente significativa da FEVE no grupo de fumadores (p=0,012). Do grupo de fumadores, 12% apresentou alterações na contratilidade segmentar do VE (p=0,02). O grupo de fumadores apresentou valores médios mais altos para o volume da AE, massa e diâmetro telediastólico do VE, área da aurícula direita, PSAP e relação E/e´, não sendo, no entanto, as diferenças, para com o grupo de não fumadores, estatisticamente significativas. Observou-se uma correlação moderada entre as alterações nos parâmetros ecocardiográficos e a carga tabágica e anos de fumador (p≤0,01), com exceção da correlação entre TAPSE e anos de fumador, que não foi significativa (p=0,508). Conclusão A diminuição da FEVE e as alterações na contratilidade do VE estão associadas ao consumo de tabaco. A carga tabágica e os anos de consumo têm impacto negativo na função e estrutura cardíaca. Os parâmetros ecocardiográficos relativos à função sistólica e diastólica apresentam valores ligeiramente divergentes da normalidade, o que poderá ser um indicador precoce de possíveis repercussões com a continuação do hábito de fumar. A quantidade, a duração e a frequência do consumo de tabaco indiciam, por isso, efeitos prejudiciais no sistema cardiovascular.
- Avaliação ecocardiográfica em doentes com disfunção diastólica e hipertensão arterialPublication . Ventura, Guilherme; Alcafache, Carlos; Mota, MauroObjetivo Avaliar as características estruturais, hemodinâmicas e funcionais do coração em doentes com disfunção diastólica e hipertensão arterial, com e sem sintomatologia associada. Materiais e Métodos Estudo observacional prospetivo, de abordagem quantitativa. Foram incluídos todos os sujeitos com mais de 18 anos, com disfunção diastólica e hipertensão arterial, no período entre 15 de julho e 31 de dezembro de 2017. Todos os sujeitos foram submetidos à realização de um ecocardiograma, de onde resultou o registo de parâmetros relacionados com a avaliação estrutural, hemodinâmica e funcional, tais como, a fração de ejeção do ventrículo esquerdo, o volume da aurícula esquerda, o diâmetro do ventrículo esquerdo, a relação E/e´, a pressão sistólica da artéria pulmonar ou a velocidade do jato de regurgitação tricúspide. Resultados Principais A amostra do estudo foi composta por 58 indivíduos, de ambos os géneros, com idades entre os 35 e os 65 anos. Verificou-se existir relação do grau de disfunção diastólica com o volume da aurícula esquerda e com a pressão sistólica arterial pulmonar (p=0,001). Todos indivíduos com grau II de disfunção diastólica apresentam sinais e sintomas associados, sendo esta relação estatisticamente significativa (p=0,001). Apenas 19,15% dos indivíduos com grau I de disfunção diastólica apresentaram sintomatologia. A sintomatologia demonstrou ser sobreponível com diversos parâmetros ecocardiográficos, tais como, volume da aurícula esquerda, pressão sistólica arterial pulmonar, relação E/e´, velocidade do jato de regurgitação tricúspide (p=0,001). Conclusão A manifestação clínica dos doentes com disfunção diastólica de grau II mostrou-se consideravelmente mais prevalente do que nos doentes com disfunção diastólica de grau I. Os parâmetros ecocardiográficos avaliados estão significativamente relacionados com a evolução da patologia, pelo que o diagnóstico precoce se assume como fundamental.