Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
38.81 KB | Adobe PDF |
Authors
Abstract(s)
No início do século XX, o Design de Interiores resultava do trabalho desenvolvido por
arquitectos, decoradores, pintores ou entalhadores. Acreditamos que já existia como
prática profissional regulada por uma rede coerente de princípios de concepção e pelo
entendimento do espaço interior como teia global de relações que se estabelece entre
planos, ornamento, iluminação e mobiliário. A Arte Nova contribuiu para a valorização
do Design de Interiores domésticos em Portugal, tendo sido particularmente difundida
por Ernesto Korrodi (1870-1944), professor contratado pelo governo português para
leccionar no ensino industrial. As suas obras decorrem de uma atitude paradoxalmente
ecléctica e moderna, apoiando-se por um lado, numa reinterpretação de soluções
referenciadas no período medieval ou na Renascença; por outro, em fórmulas sediadas
nos movimentos Arte Nova, Arts and Crafts e Secessão, disseminadas através da
imprensa e das Grandes Exposições. Nos seus projectos persistem determinadas
dependências e hierarquias, mas estas cruzam-se com as necessidades despertadas
pelas inovações técnicas, o que faz com que se preocupe também com a resposta à
eclosão de novas funções e mobiliário na casa, a par das exigências higienistas do
momento. Se a Arte Nova marca as fachadas, no interior deparamo-nos com espaços
mais depurados, marcados por apontamentos decorativos, incorporados na azulejaria e
nos tectos estucados ou em caixotões. O ornamento contribuía, deste modo, para a
dignificação dos planos das paredes, lambris e tectos, assumindo um papel
fundamental na composição espacial. Alguns dos seus projectos jamais abandonariam
o suporte de papel provando que também de utopia é feito o Design.
Description
Só estão disponíveis o resumo e o abstract.
Keywords
Arte Nova Design de interiores Eclectismo Funcionalidade Habitação Intimidade