Browsing by Author "Nunes, Gil"
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- A atividade do cardiopneumologista na neurossonologiaPublication . Nunes, GilO Cardiopneumologista é um elemento fundamental no estudo das doenças cerebrovasculares nomeadamente no Laboratório de Neurossonologia. As doenças cérebro-cardiovasculares continuam a ser a primeira causa de mortalidade e morbilidade em Portugal, pelo que a sensibilização, o diagnóstico e o follow-up da doença vascular traduzem especial relevância no papel do Cardiopneumologista na prática clínica. Com este trabalho pretende-se caracterizar a atividade do Cardiopneumologista no ano de 2019, no Laboratório de Neurossonologia do Serviço de Neurologia da Unidade do Acidente Vascular Cerebral do Hospital Vila Franca de Xira. No ano em estudo estiveram internados 495 doentes com acidente vascular cerebral sendo 286 isquémicos e 42 hemorrágicos, e também 80 doentes com acidente isquémico transitório, tendo sido realizadas 39 fibrinólises endovenosas e 1026 ecoDopplers em contexto de internamento e urgência. Para além do seguimento em contexto de internamento, é também determinante a prevenção e seguimento de doentes com patologia vascular de forma seriada em ambulatório, de modo a evitar recorrências e consequentemente reinternamentos. Neste sentido foram realizadas 842 consultas de doenças cerebrovasculares, 915 exames ultrassonográficos e estudados 416 doentes. A par da realização de exames, a existência de uma equipa dedicada à investigação, ao ensino e à sensibilização da comunidade representa um dos pilares de um Laboratório de Neurossonologia, sendo o papel do Cardiopneumologista fundamental na prevenção e diagnóstico do acidente vascular cerebral.
- Efeito da cafeína e testes cognitivos na avaliação hemodinâmica cerebral em jovens estudantes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes DiasPublication . Pires, Marizete; Nunes, Gil; Coelho, Patrícia; Rodrigues, Francisco; Pires, JoanaIntrodução – A cafeína induz alterações fisiológicas, como o aumento da pressão arterial, que se refletem na hemodinâmica cerebral. Objetivos – Avaliar o efeito da cafeína nas velocidades de fluxo das artérias cerebrais, bem como relacionar o seu efeito com testes cognitivos. Método – Estudo observacional, prospetivo, em 35 estudantes, dos 18 aos 25 anos, da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias. Os voluntários foram distribuídos em dois grupos, sendo que o grupo 1 consumiu um café normal e o grupo 2 um descafeinado de marca branca, sem adição de açúcar. Os dados foram recolhidos através da realização do exame triplex scan transcraniano e do teste cognitivo MoCa, após realizado consentimento livre e esclarecido. O procedimento foi dividido em duas fases, pré e pós-estimulante. No decorrer do estudo foram assegurados os princípios da declaração de Helsínquia. Na correlação das variáveis foram utilizados os testes não paramétricos Wilcoxon, Spearman e Mann-Whitney. Resultados – Comparativamente ao basal, na condição de cafeína houve um aumento nas velocidades de fluxo das artérias cerebrais médias (p=0,0001), o mesmo sucedeu com a pontuação do MoCa Teste (p=0,0001). Discussão – Na análise das velocidades de fluxo das principais artérias cerebrais e aquando da realização de testes cognitivos constata-se um aumento significativo das velocidades de fluxo sob efeito da cafeína, apesar de esta ser mais notória na artéria cerebral média. Conclusão – A artéria cerebral média é a artéria mais suscetível a alterações; no entanto, estas não diferem entre o café normal e descafeinado; o mesmo acontece aquando da realização do MoCa Teste.
- O grau de literacia em AVC : impacto na ativação do serviço de emergênciaPublication . Costa, Rafaela Almeida da; Nunes, Gil; Rodrigues, Francisco; Pires, JoanaO acidente vascular cerebral é uma das patologias que apresenta maior parcela de óbitos em Portugal, embora possa ser prevenível. É um evento neurológico súbito, originado pelo défice de aporte sanguíneo ao cérebro que tem como característicos 3 sinais de alerta: a falta de força num membro, a boca ao lado e a dificuldade em falar. Pode apresentar outras manifestações clínicas de acordo com o território afetado e estar associado a inúmeros fatores de risco vasculares. O conhecimento da população sobre esta doença cerebrovascular é essencial, pois culmina na ativação eficaz do serviço de emergência e consequente tratamento. Este artigo de revisão foi efetuado com o intuito de analisar a importância do grau de literacia em saúde no acionamento do serviço de emergência/via verde do acidente vascular cerebral, correlacionando com o grau de instrução da população sobre esta doença cerebrovascular. Foram analisados 14 artigos, sendo apresentados os seus principais resultados. Estes demonstraram que o grau de literacia da população acerca do acidente vascular cerebral é reduzido e que é um dos principais fatores que fomenta o baixo contacto do serviço de emergência, traduzindo-se em tempos pré e intra hospitalares superiores às janelas de tempo terapêuticas recomendadas. É referido ainda o défice de organização e ineficiência dos diversos profissionais de saúde perante este tipo de doentes. Apesar disto, é visível que quando ocorrem campanhas de exposição a informação sobre esta patologia, existe um aumento do conhecimento geral. É fundamental apostar em estratégias de promoção educacionais sobre esta temática, de modo a existir uma população instruída e capaz de agir rapidamente perante um evento destes, sendo igualmente necessário formar constantemente os respetivos profissionais de saúde. E, desta forma, agilizar os processos e promover um maior sucesso na administração terapêutica.
- Relação entre fatores de risco vasculares, caraterísticas no triplex scan cervical e transcraneano e o estado funcional pós-AVC em idososPublication . Lopes, Adriana; Nunes, Gil; Coelho, Patrícia; Rodrigues, Francisco; Pires, JoanaIntrodução – O acidente vascular cerebral (AVC) é caracterizado por uma diminuição focal e repentina do fluxo sanguíneo cerebral, causando défices neurológicos ou a morte. Os fatores de risco são importantes condicionantes na ocorrência de acidente vascular cerebral, levando a uma diminuição do estado funcional dos indivíduos. Objetivos – Relacionar o estado funcional após acidente vascular cerebral em idosos com o número de fatores de risco associados, bem como as características do triplex scan cervical (TSC) e transcraneano (TST). Método – Realizou-se um estudo observacional longitudinal retrospetivo, composto por uma amostra não probabilística por conveniência de 93 indivíduos com idade superior a 65 anos com diagnóstico de AVC isquémico internados no Serviço de Neurologia do Hospital de Vila Franca de Xira. Resultados – Na relação entre fatores de risco e a escala de Rankin modificada (mRS) na alta constatou-se que apenas no grau 1-2 da escala havia uma prevalência superior de indivíduos com mais de três fatores de risco associados. Nos graus 0 e 4 da escala observou-se uma maior prevalência de indivíduos com menos de dois fatores de risco associados. Comparando a relação entre as alterações cervicais e cerebrais e a mRS constatou-se que em todos os graus da escala se registou uma maior prevalência de indivíduos com menos de duas alterações associadas. A hipertensão arterial foi o fator de risco mais importante para a ocorrência de AVC, estando presente em 84,8% dos indivíduos. Discussão – Apesar de não terem sido encontrados estudos que avaliassem o estado funcional com o agrupamento de fatores de risco e alterações a nível cervical e cerebral de igual forma ao que foi realizado neste estudo, na presente amostra observou-se que a presença de um maior ou menor número de fatores de risco e alterações não conduziu significativamente a um pior estado funcional. Conclusão – Não foi encontrada uma relação direta entre o número de fatores de risco e alterações no TSC e TST presentes em cada indivíduo com o seu estado funcional no momento da alta, após o AVC. A hipertensão arterial foi o fator de risco mais prevalente na amostra e, no que diz respeito às alterações cervicais, a mais prevalente foi a presença de placas de ateroma.