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O Movimento da Escola Nova apresenta-se como um modelo didático e educativo (estratégias e métodos) diferentes dos utilizados pela educação tradicional, pretendendo situar a criança/aluno no centro do processo ensino-aprendizagem, de modo ativo e interessado pelos conteúdos, deixando o professor de ser o ponto de referência. Este movimento surge na Europa, (figuras de A. Férriére, Claparède, Decroly, Montessori, etc.), num contexto histórico propício proveniente das mudanças e progresso na sociedade da época, onde a preocupação científica pelo desenvolvimento da criança e da sua infância, atrai várias ciências e áreas científicas e a criação de vários movimentos em prol da criança procedente de âmbitos sociais, culturais e económicos distintos, a partir de meados do séc. XIX. A. Férriére, um dos mentores da divulgação deste Movimento estabelece no prefácio do livro de Faria de Vasconcelos, ‘L’École Nouvelle de Biérges’ (1915) os 30 princípios orientadores na prática dos ideais da escola nova. Nos EUA encontramos um movimento semelhante ao da Escola Nova, designado por Escola Progressista, de teor pragmático e experimental, destacando-se a figura de J. Dewey, na crítica aos princípios educativos da escola tradicional. Este movimento difunde-se ao nível universitário e é adotado pelos professores das escolas públicas e associações de profissionais com o intuito de transformar a sociedade através da educação. O termo central deste movimento europeu e americano é a atividade, o aprender a fazer no ambiente natural e educativo, em que a aula se transformava em vida social, com uma cultura material de educação própria (mobiliário flexível, os livros são pautas de trabalho e atividade, programação prévia, construção mútua dos conteúdos, adaptação do ensino às situações didáticas, etc.), partindo tudo dos interesses e motivações dos alunos. Este Movimento desdobra-se em quatro etapas: etapa de ensaios e experiências (1889-1900); formulação de novas ideias educativas e o pragmatismo de Dewey e escola do trabalho de Kerschensteiner (1900-1907); renovação metodológica, com aplicação de métodos ativos (individualização, socialização, mistos, globalização e autoeducativos/atividade) (1907-1918); consolidação e difusão das ideias e métodos da escola nova (1918--). A Escola Nova foi criticada injustamente nos seus princípios fundamentais, desde o setor da educação católica pela coeducação, por movimentos políticos e educativos pela memorização e controlo da inteligência e vontade e, ainda abuso dos sentidos e das atividades.
Description
Keywords
Movimento da Escola Nova Tendências educativas Estratégias pedagógicas Educação comparada Ideário pedagógico
Citation
MARTINS, Ernesto (2016) - O movimento da Escola Nova e as ‘tendências educativas’ geradas ao longo do séc. XX, numa encruzilhada de teorias e práticas. Conferência In Congresso Internacional de Educação Comparada 'Para Além dos Números', CeiED-ULHT e SEC da SPCE, 25, Lisboa, 25-27 de janeiro na ULHT. Lisboa: CeiED- SEC-SPCE. p. 1-20.
Publisher
CeiED - Centro de Estudos Interdisciplinares de Educação e Desenvolvimento e SPCE-Sociedade portuguesa de Ciências da Educação