ESART - Livros ou capítulos de livros
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Browsing ESART - Livros ou capítulos de livros by contributor "DiaS, Rui"
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- O retrato de Rosa ‘Ramalho’ (1888-1977). De S. Martinho de Galegos, Barcelos: a bonecreira de imagens de músicaPublication . Duarte, Sónia; Raposo, Daniel; Neves, João Vasco; Silva, R.; Castilho, M.L.C.; DiaS, RuiEmbora seja conhecido o nome, o corpus de trabalho, a disseminação e o interesse pela sua obra entre coleccionadores nacionais e estrangeiros, públicos e privados, os estudos sobre Rosa ‘Ramalha’ [ou Rosa ‘Ramalho’] (1888-1977) [RR], a barrista oriunda de S. Martinho de Galegos, Barcelos, não abundam. Destarte, apresentamos, nesta nótula de investigação, contributos novos para o estudo da sua biografia e obra, com especial incidência na iconografia musical. Conhecíamos já o figurado de iconografia minhota, povoado de gentes da terra laborando no seu quotidiano, incluindo pegureiros e pastoras; de cabeçudos de corpo inteiro ou pé de galo repetentes nas festividades locais; bandas de música; de cristos, alminhas e hagiografias variegadas e de devotos calcorreando procissões; de reis e cavaleiros; ou de criaturas híbridas e fantásticas que lhe saíam das mãos e da imaginação – disseminação que se deve, inicialmente, à acção do pintor António Quadros (1933-94) –, mas faltava elencar e compreender melhor o significado das dezenas de bonecos – ou bonicrecos (Villas-Bôas, 1951) – tangedores de rudes cordofones que apresentam similitude com toscas viola de mão. Partimos, assim, da análise de um retrato inédito pintado uma década antes de RR falecer, visto in situ, da autoria de um pintor local de nome Luís de Campos (1913-82), datado de 1967, e que integra, hoje, a colecção do Museu dos Biscainhos, a nossa fonte primária, e apoiamo-nos em fontes secundárias, como os bonecos de colecções públicas e privadas, fotografias, ou estudos para um melhor entendimento do objecto artístico. Centramos a metodologia, ou modus operandi, na dissecação de documentação de arquivo, no trabalho de campo e na análise iconográfica-iconológica dos bonecos moldados e do retrato pintado em apreço, bem como de fotografias que documen tam o seu metier. Esta investigação vem no seguimento lógico e natural dos estudos que temos vindo a dar à estampa sobre a pintura em Portugal, dos sécuLos XV ao XXI, com incidência nas imagens de música, de dança e do teatro, na mulher artista, na micro-história da arte e na cripto-história da arte. Que dados temos sobre o quoti diano de RR? O que nos revela este retrato inédito? Que elementos musicais estão representados? Qual a relação desses elementos com a bonecreira? Vejamos melhor.