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Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
Objectivos: Analisar: parâmetros de força, dos músculos flexores e extensores das
articulações do joelho e tíbio-társica; diferenças nos parâmetros electromiográficos do
recto anterior, bicípete femural, médio glúteo, solear, gémeo interno e tibial anterior
durante a marcha no membro inferior dominante e em que fases da marcha se
encontravam mais activos; existência de variação do valor do MFC (Minimum Foot
Clearance) e verificar qual a articulação do membro inferior responsável por essa
variação. Verificar se existia relação entre o risco de queda, obtido através do Timed
Up and Go Test (TUG) e a variação do MFC e alterações que ocorrem no equilíbrio,
medo de queda e parâmetros cinemático, como o comprimento da passada, velocidade
e tempo de apoio. Todos estes parâmetros foram avaliados entre sujeitos com e sem
história de quedas.
Materiais e Métodos: Estudo transversal, não experimental e comparativo. Amostra
não probabilística, de conveniência com um total de 30 idosos (15 com história de
quedas (CHQ) e 15 sem história de quedas (SHQ), que se enquadraram nos critérios de
inclusão e exclusão. Os dados recolhidos por um questionário de caracterização. A
avaliação isocinética, consistiu na recolha do Peak Torque por unidade de massa
(N.m/kg) e razão FlexoresCon/ExtensoresCon (%) dos músculos flexores e extensores das
articulações do joelho e tíbio-társica, em 5 repetições, à velocidade angular de 60º/s
através do Dinamómetro Isocinético Biodex System. Esta recolha foi efectuada em
ambos os membros inferiores.
Na electromiografia foi utilizado o aparelho BIOPAC Systems seguindo as orientações
SENIAM (Surface ElectroMyoGraphy for the Non-Invasive Assessment of Muscles).
Os dados cinemáticos para a identificação das fases da marcha, o MFC, amplitudes
articulares da anca, joelho e tibiotársica, comprimento da passada, velocidade e tempo
de apoio foram recolhidos com o programa Kinovea®. A avaliação cinemática foi
realizada no membro inferior dominante, que nesta amostra era o direito. Na avaliação
do equilíbrio e do medo de queda utilizaram-se a Escala de Equilíbrio de Berg e a Falls
Efficacy Scale e para o risco de queda o TUG e a POMA.
A análise estatística foi realizada no software SPSS versão 20.
Resultados: A amostra com idade média de (69,17±4,77) anos. Os parâmetros de força
muscular não foram significativamente diferentes entre os grupos (p <0,05) mas com o
grupo CHQ a apresentar menores valores no Peak Torque.
Os indivíduos CHQ apresentam percentagens de actividade muscular relativamente à
contracção voluntária máxima (CVM) superiores no membro inferior dominante (direito)
comparativamente com os indivíduos SHQ, no entanto essas diferenças não são
estatisticamente significativas (p>0,05). Existe uma enorme variabilidade entre a
amostra estudada relativamente às fases da marcha em que os músculos se encontram
mais activos.
O grupo CHQ apresenta valores inferiores ao grupo SHQ na pontuação obtida na POMA,
sendo a diferença significativa (p=0,001). A relação entre a percentagem de activação
muscular e os valores obtidos na POMA não se revelou estatisticamente significativa
(p>0,05).
Não foram verificadas diferenças estatisticamente significativas nos valores do MFC e
do TUG entre os grupos da amostra. No entanto verifica-se uma diminuição do valor do
MFC para o grupo CHQ, sendo que a articulação que mais contribuiu para a variação do
MFC foi a tibiotársica para o grupo SHQ e o joelho para o grupo CHQ. Não foram
verificadas diferenças significativas nos parâmetros analisados, à excepção da
pontuação obtida na Escala de Equilíbrio de Berg (p=0,000), entre os grupos com e sem
história de quedas. Verifica-se a diminuição do comprimento da passada e do tempo de
apoio unipodal esquerdo e o aumento do tempo de apoio unipodal direito, da
velocidade e do medo de queda.
Conclusão: Provavelmente, o melhor método para avaliação do risco de quedas será
através do TUG, POMA e da Escala de Equilíbrio de Berg e não através de
instrumentação dinamométrica, electromiográfica e cinemática e que a abordagem da
fisioterapia ao idoso deverá contemplar exercícios de fortalecimento para os músculos
flexores e extensores do joelho e tíbio-társica.
Description
Provas públicas apresentadas à Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do Título de Especialista em Fisioterapia.
Keywords
Dinamómetro Isocinético Electromiografia Cinemática Idosos Quedas Risco de Queda Equilíbrio
Citation
COUTINHO, António Júlio Apóstolo Pereira (2015) - Avaliação dos parâmetros de força, electromiografia e cinemática do membro inferior dominante em idosos com e sem história de quedas. Castelo Branco: IPCB-ESALD. [23] p.