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Authors
Abstract(s)
O atual estudo apresenta-se como uma reflexão sobre os vetores de construção da Identidade Feminina na ficção portuguesa do século XIX e sobre os seus modos de representação. Desde modo, são nossos objetivos: definir o conceito de identidade feminina quer do ponto de vista teórico quer segundo o legado de Ana Augusta Plácido (1831-1895), Maria Amália Vaz de Carvalho (1847-1921) e Ana de Castro Osório (1872-1935); demonstrar, que a mulher do século XIX não é apenas e só objeto do olhar masculino, aqui simbolicamente representado pelo de Gustave Flaubert e Eça de Queirós, mas também do seu próprio olhar, passando de consumidora a produtora de literatura, isto é, de “leitora de representações” a real e legítima “produtora de imagens” de si; concluir da importância que teve, no panorama cultural de meados do século XIX, o papel precursor das escritoras objeto do nosso estudo, pela abertura de um caminho para uma incontestável linha de escrita feminina em Portugal.
O tema que nos propomos abordar implica, por conseguinte, um triplo percurso interpretativo: de cariz genelógico, por um lado, sobre a estrutura e funcionalidade da narrativa ficcional de Oitocentos, as suas origens, motivações e constrangimentos; semântico, pela pesquisa do sentido intrínseco do termo ‘identidade’, e sociológico, por via da categorização e polaridade trazidas à liça pelo conceito de ‘feminino’.
Description
Tese de Doutoramento apresentada ao Departamento de Filología Moderna, Facultad de Filología, Universidad de Salamanca
Keywords
Ana de Castro Osório Ana Plácido Maria Amália Vaz de Carvalho Identidade Escrita feminina
