ESALD - Relatórios técnico/científicos
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Recent Submissions
- Relatório sobre a avaliação do acesso ao ensino superior: diagnóstico e questões para debatePublication . Guerreiro, João; Costa, Afonso; Ferreira, Antonieta Lima; Maia, Carlos; Baptista, João Oliveira; Queiroz, João; Teixeira, João Sobrinho; Silva, José Amado da; Alarcão, Madalena; Barrias, Pedro; Teixeira, PedroUma maior criação de riqueza, o incremento da qualidade de vida e o aumento do rendimento disponível são resultados de sociedades caracterizadas por um elevado nível de qualificação dos seus recursos humanos. Portugal apresenta ainda um enorme défice na qualificação dos seus cidadãos, quando comparamos o nosso país com os países da OCDE. Esta situação agrava-se se essa comparação abranger a população com formação superior. Apenas 20% da população com idades entre 15 e 64 anos tem formação superior, o que contrasta com valores sempre acima dos 30% da quase generalidade dos países da União Europeia. Poder-se-ão identificar as razões, muitas delas históricas, que conduziram a esta situação. A esse quadro deverá acrescentar-se o fluxo de cidadãos detentores de um grau do ensino superior que, nos últimos anos, procuraram desenvolver as respetivas capacidades profissionais no exterior do país.
- Preferência do local de cuidados dos doentes em fim de vida: revisão sistemática da literaturaPublication . Henriques, Joana Raquel Barata; Martins, Lina Sofia Mendes Oliveira; Sapeta, PaulaPROBLEMÁTICA: Com o aumento da população e comummente com o aumento de doenças crónicas, leva a um crescimento de doentes que necessitam de cuidados paliativos. A intervenção em cuidados paliativos visa o alívio do sofrimento e melhorar a qualidade de vida do doente e sua família, respeitando as suas preferências e desejos. Os profissionais de saúde necessitam de formação em Cuidados Paliativos, respeitando as expetativas dos doentes e permitir que a pessoa seja cuidada no seu local preferido de cuidados e não recorrer consecutivamente a urgências e internamentos de agudos. OBJETIVOS: Demonstrar a importância da identificação da preferência do local de cuidados dos doentes em fim-de-vida, compreender a importância do planeamento de cuidados e Diretivas antecipadas de vontade (DAV), relacionar a escolha do local de cuidados com o local de morte, identificar os fatores que influenciam e condicionam a escolha do local de cuidados dos doentes em fim-de-vida e por fim, perceber a organização e qualidade dos serviços. DESENHO: Revisão sistemática da literatura que inclui estudos de natureza qualitativa. METODOLOGIA: Foram incluídos oito estudos, publicados entre 1 de Janeiro de 2016 e 31 de Agosto 2016, pesquisados em bases de dados de referência e com acesso ao texto integral. RESULTADOS: Este estudo demonstra a importância das preferências dos doentes e serem registadas, a importância das Diretivas Antecipadas de Vontade, bem como o planeamento do cuidado de forma antecipada. É fundamental ter em conta os fatores que influenciam e condicionam a escolha do local de cuidados. CONCLUSÃO: Deve dar-se importância às preferências do local de cuidado dos doentes em fim-de-vida. Os doentes em fim-de-vida na sua globalidade preferem ser cuidados e morrerem em casa. As equipas multidisciplinares desenvolvem um papel preponderante no cuidado aos doentes em fim-de-vida. Quando os cuidados prestados são de alta qualidade, permite ao doente ser cuidado e morrer no seu local preferido.
- Equipa de emergência médica intra-hospitalar: processo de decisão de não reanimarPublication . Ramos, Vânia Alexandra Rodrigues; Sapeta, PaulaO presente artigo tem como objetivo caracterizar o processo de tomada de decisão de não reanimar nas Equipas de Emergência Médica Intrahospitalares, elegendo como ponto nuclear de pesquisa o papel do enfermeiro, do doente e/ou família neste processo, bem como as diretivas antecipadas de vontade, que benefícios/ implicações na tomada de decisão. Para a realização deste estudo de investigação recorreu-se à revisão sistemática da literatura, com o horizonte temporal de janeiro de 2005 a novembro de 2015. Para a seleção dos artigos foram definidos critérios de inclusão e exclusão bem como, descritores de pesquisa, utilizando o método PICOD. Pesquisando a partir de bases de dados de texto integral e de referência, foram incluídos 9 artigos dos quais 2 de natureza qualitativa e 7 de natureza quantitativa. Com este trabalho ficou explicita a necessidade de definir normas de orientação, para que os profissionais de saúde tenham clara noção do referencial de atuação ética e legal em doentes terminais, implementando boas práticas no que se refere à suspensão ou abstenção de tratamentos desproporcionados. As decisões antecipadas de vontade (a seu comunicação deve ser semelhante ao consentimento informado) e o envolvimento dos enfermeiros nessas decisões devem ser incluídos. Só desta forma a Decisão de Não Reanimar (DNR) é considerada uma prática digna, enquadrada na visão da ortotanásia.
- Competências do psicólogo em cuidados paliativosPublication . Martinho, Ana Raquel Sapeta; Pilha, Liliana Sofia Gervásio; Sapeta, PaulaOs cuidados paliativos pretendem ajudar os doentes terminais a viver tão activamente quanto possível até à sua morte, através de uma abordagem multidisciplinar, incluindo as componentes física, psicológica, social, espiritual, etc., sendo o grande objectivo promover a qualidade de vida e aliviar o sofrimento. Este objectivo estende-se à actuação do psicólogo, porém a intervenção psicológica neste contexto não está claramente definido. Assim, o objectivo deste estudo é averiguar as competências do psicólogo, em cuidados paliativos, na intervenção tanto com o doente, como com a família. Para responder à questão de partida, realizou-se uma revisão sistemática da literatura, com um horizonte temporal entre 2005 e 2014. Como forma de seleccionar a informação importante foram definidos critérios de inclusão e exclusão assim como, descritores de pesquisa, complementando-se com o método PICOD, para a selecção dos artigos. Como resultados apuraram-se os seguintes: na intervenção psicológica com os doentes e os familiares (gestão de sintomas; questões espirituais, de significado e sentido da vida; psicopatologias; no processo de luto/de perda; ajuste de expectativas; resolução de problemas/preocupações); claudicação familiar. Concluiu-se então que existe benefício na existência de, pelo menos um psicólogo, na equipa de cuidados paliativos, as intervenções deverão seguir maioritariamente uma abordagem cognitivo- comportamentais e a necessidade de um investimento na formação dos psicólogos em cuidados paliativos.
- Necessidades em cuidados paliativos do doente pós-AVCPublication . Serra, Ricardo Daniel; Sapeta, PaulaPROBLEMÁTICA: Segundo a OMS os cuidados paliativos não se destinam apenas a doentes oncológicos sem hipótese de cura e devem ser integrados numa fase inicial da trajectória da doença. Os doentes pós-AVC são um dos grupos que pode beneficiar de cuidados paliativos. No entanto existe pouca literatura e investigação sobre as necessidades em cuidados paliativos de doentes pós-AVC. OBJECTIVO: Identificar as necessidades dos doentes pós-AVC em cuidados paliativos. DESENHO: Estudo qualitativo, revisão sistemática da literatura, metassíntese. MÉTODOS: Após pesquisa em bases de dados e repositórios científicos foram seleccionados 12 estudos que abordavam a temática em estudo. RESULTADOS: Os profissionais de saúde têm dúvidas sobre quais os doentes pós-AVC que podem beneficiar de cuidados paliativos e quando referenciar. Deve ser usado um instrumento de avaliação de necessidades para se identificar doentes pós-AVC com necessidades em cuidados paliativos. As necessidades destes doentes passam por controlo sintomático; comunicação e informação; decisões de fim de vida e atender às necessidades dos cuidadores. Os sintomas com maior prevalência são a dor e dispneia. Decisões de fim de vida relacionadas com a alimentação e hidratação são as que causa maior ansiedade na família e conflito com os profissionais. CONCLUSÃO: Uma forma de identificar doentes pós-AVC com necessidades em cuidados paliativos pode passar, talvez, por aferir impacto do AVC na vida do doente e posteriormente avaliar as necessidades em cuidados paliativos com um instrumento próprio para o efeito. As necessidades identificadas não são exclusivas de cuidados paliativos, mas quando presentes os doentes podem beneficiar da intervenção da equipa de cuidados paliativos.
- Cuidar a família: realização de conferências familiares: revisão sistemática da literaturaPublication . Bartolomeu, Sandra Martins; Sapeta, PaulaPROBLEMÁTICA: A comunicação e o apoio à família são considerados pilares fundamentais para a prestação de Cuidados Paliativos de excelência. Uma das ferramentas apontada como facilitadora da comunicação e apoio à família são as Conferências Familiares. Contudo, existe pouca evidência empírica que suporte quais as vantagens e benefícios da realização de Conferências Familiares em Cuidados Paliativos. OBJECTIVOS: Demonstrar a importância do apoio da equipa de saúde à família de doentes com doença prolongada, incurável e progressiva; Identificar os objectivos das Conferências Familiares em Cuidados Paliativos; Reconhecer as vantagens e os benefícios das Conferências Familiares em Cuidados Paliativos. DESENHO: Revisão Sistemática da Literatura. METODOLOGIA: Foram incluídos seis estudos primários, publicados entre 2009 e 2013, pesquisados em bases de dados de referência e com acesso ao texto integral. RESULTADOS: Este estudo demonstra a importância do apoio à família pela equipa de saúde. Clarifica os objectivos da realização de Conferências Familiares em Cuidados Paliativos e revela vantagens e benefícios da sua concretização para os utentes, familiares e profissionais de saúde. CONCLUSÃO: A família inclui-se no cuidado integral ao doente em Cuidados Paliativos. As Conferências Familiares são úteis. Focam o cuidado no doente e orientado para a família, possuindo um impacto multidimensional, reduzindo o sofrimento e promovendo a qualidade de vida do binómio utente-família.
- O gestor de caso: aplicabilidade do conceitoPublication . Martins, Maria do Céu Antunes; Fernandes, Pedro Francisco da ConceiçãoOs cuidados de saúde primários têm ocupado um lugar de destaque no actual sistema de saúde português. As políticas de saúde orientaram-se para a criação de equipas multidisciplinares responsáveis por um grupo de utentes específico. Daí surgiu a necessidade de implementar estratégias organizacionais dentro dessas equipas que as torne eficientes e eficazes. Nestas circunstâncias, é essencial a existência de um gestor de cuidados nas equipas de saúde, cabendo-lhe a responsabilidade de articular o processo de cuidados. Este texto pretende problematizar o conceito de Gestor de Caso e a sua relação com a prática de enfermagem. No decorrer do mesmo, expõe-se a realidade vigente no Centro de Respostas Integradas – Equipa de Tratamento (CRI – ET) de Castelo Branco, até há pouco tempo designado por Centro de Atendimento a Toxicodependentes.
- Fim de vida no serviço de urgência: dificuldades e intervenções dos enfermeiros na prestação de cuidadosPublication . Martins, Mónica Sofia Domingues; Agnés, Patrícia; Sapeta, PaulaProblemática: O recurso aos serviços de urgência por parte dos doentes em final de vida é frequente sobretudo quando existem sintomas descontrolados. A abordagem paliativa necessária nesta fase colide com o contexto “urgência” e limita a intervenção do enfermeiro. Objetivo: Nesta revisão da literatura pretendemos identificar as dificuldades dos enfermeiros na prestação de cuidados aos doentes em fim de vida no serviço de urgência assim como caracterizar a natureza dos cuidados prestados neste contexto. Desenho: Revisão sistemática da literatura. Métodos: Foram incluídos 10 artigos de investigação entre os quais 2 revisões da literatura no período temporal de 2007-2012. Resultados: Na maioria dos artigos encontrados é dado ênfase aos obstaclos e dificuldades enfrentados pelos enfermeiros existindo pouca referencia a prestação de cuidados ao doente em fim de vida no serviço de urgência. As dificuldades são inúmeras desde da falta de formação em cuidados paliativos á própria filosofia destes serviços. Conclusões: As principais dificuldades citadas pelos enfermeiros prendem-se com o modelo organizacional e arquitetónico dos serviços de urgência que não favorecem a comunicação nem a relação de ajuda. Os enfermeiros preocupam-se não só em propocionar conforto através de controlo de sintomas, como também em dar apoio aos familiares do paciente em fim de vida.
- Vantagens e desvantagens da terapêutica e hidratação subcutâneaPublication . Lopes, Ana Paula Bento; Esteves, Rita Mónica Barata; Sapeta, PaulaPROBLEMÁTICA: O envelhecimento populacional tendencialmente crescendo, associado ao aumento de doenças crónicas de evolução prolongada levam ao aumento significativo do número de internamentos de doentes terminais em hospitais de agudos. Este facto exige formação adequada dos profissionais de saúde para cuidar de doentes em que o intuito curativo deixa de ser a exigência. OBJETIVOS: Este estudo pretende identificar as vantagens e desvantagens da terapêutica e hidratação subcutânea em cuidados paliativos bem como, mais especificamente, descrevê-las reportando-as para o contexto de controlo sintomático em emergências, nos últimos dias e horas de vida e em cuidados domiciliários, cruzando com os objetivos principais e secundários deste estudo. DESENHO: Revisão sistemática da literatura que inclui estudos de natureza qualitativa, quantitativa e mista. METODOLOGIA: Para a sua realização foram incluídos 23 estudos empíricos, 17 de fonte primária e 6 revisões sistemáticas da literatura, publicados no horizonte temporal entre janeiro de 2007 e junho de 2012, pesquisados a partir de bases de dados de texto integral e de referência. RESULTADOS: Este estudo evidenciou não só a existência de vantagens e desvantagens da via subcutânea, como também a presença de fatores promotores, de dificuldades e entraves com que se deparam o doente, o cuidador, o profissional e as organizações de saúde. CONCLUSÃO: A via subcutânea é um recurso importante em cuidados paliativos. As suas imensas vantagens superam as suas possíveis desvantagens, sendo pouco frequentes, facilmente ultrapassáveis e previsíveis. As barreiras ao seu uso precipitam as suas desvantagens ofuscando muitas vezes as suas vantagens. Os ganhos em saúde com o recurso a esta via, são notórios.
- Estado de agonia: obstáculos ao seu diagnóstico clinicoPublication . Carloto, Carla Alexandra das Neves; Sapeta, PaulaPROBLEMÁTICA: O papel dos cuidados paliativos enquanto acompanhamento do doente e família é muito vasto, surgindo ao longo de todo o processo de doença incurável, desde o seu diagnóstico, aos últimos dias de vida do doente e para além da morte. Os doentes na fase de últimas horas ou dias de vida são indivíduos que necessitam de cuidados especializados. No entanto, existem muitas barreiras que impedem os profissionais de saúde em diagnosticá-lo. Barreiras inerentes ao próprio doente, relacionadas com a equipa e muitas vezes a própria família também funciona como impedimento ao diagnóstico clinico da agonia. OBJECTIVO: Com esta revisão sistemática da literatura pretende-se identificar os fatores que funcionam como obstáculos aos profissionais de saúde, á identificação dos doentes na fase agónica. DESENHO: Estudo qualitativo, revisão sistemática da literatura, metasíntese MÉTODOS: Foram incluídos 10 estudos de natureza qualitativa: 4 artigos de fonte primária, 2 teses de mestrado, 3 artigo de revisão sistemática da literatura e 1 estudo de caso, publicados no horizonte temporal de 2002 a 2012. RESULTADOS: Existem vários fatores que funcionam como impedimento aos profissionais de saúde á identificação do estado de agonia. Foram identificados, após a pesquisa, 3 categorias: Obstáculos entre a equipa e o doente, nomeadamente relacionado com as trajetórias das patologias, e ainda relacionado com os doentes cardíacos; obstáculos entre a equipa e a família, neste inclui-se as barreiras espirituais e culturais e também questões relacionadas com a comunicação; obstáculos no contexto interdisciplinar, relacionados principalmente com a falta de formação profissional. CONCLUSÃO: Apesar da imensidão de estudos no âmbito da medicina paliativa, verificou-se que relacionados com os obstáculos ao diagnóstico do estado de agonia são ainda muito poucos, destacando-se um ou dois autores mais presentes na pesquisa. No entanto, ficou evidente que o principal fator que funciona como impedimento ao diagnóstico clinico do estado de agonia, referido por vários autores, é sem dúvida a falta de formação, essencialmente na identificação dos sinais e sintomas característicos desta fase, e relacionado com competências básicas de comunicação com o doente e família.