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ESALD - Dissertações de Mestrado

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  • Diretivas antecipadas de vontade: a abordagem dos profissionais de saúde
    Publication . Garcia, Ana Carlos Sarabando Bento; Sapeta, Ana Paula Gonçalves Antunes
    A autora pretendeu com a elaboração deste relatório, obter o grau de Mestre em Cuidados Paliativos, pela Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Este trabalho encontra-se dividido em duas secções. Na primeira parte a autora elencou os objetivos a que se propôs e pormenorizou o estágio clínico que realizou ao integrar uma equipa de Cuidados Paliativos por um período de 300 horas. Durante esse período observou 157 pessoas, 69 no internamento, 51 na consulta externa e 37 aquando do acompanhamento da Equipa Intra-hospitalar de Cuidados Paliativos. A autora descreveu, também, o acompanhamento de 4 familiares na consulta de Luto. Nesta secção apresentou 3 casos clínicos e submeteu-os a uma análise crítica e reflexiva. De forma sumária, expos a apresentação que realizou no âmbito das reuniões semanais de serviço sobre a Abordagem da Doença Hepática Terminal pelos Cuidados Paliativos. O projeto de intervenção e de formação estão detalhados na segunda parte do relatório e tiveram como mote a abordagem das Diretivas Antecipadas de Vontade pelos profissionais de saúde. A autora pretendeu, desta forma, melhorar a literacia sobre este tema e o seu registo aquando o acompanhamento de pessoas com condições clínicas paliativas. Ainda nesta secção, foi desenvolvido o trabalho de investigação que teve como objetivo principal responder às questões: “Qual a evidência atual da eficácia dos Cuidados Paliativos na melhoria da qualidade de vida dos doentes Doença de Parkinson e/ou distúrbios relacionados?” e “Qual a perceção dos efeitos dos Cuidados Paliativos pelas pessoas com Doença de Parkinson e/ou distúrbios relacionados e pelos seus cuidadores?”. Os autores concluíram que os Cuidados Paliativos parecem ser eficazes no acompanhamento destes doentes e dos seus cuidadores, assim como, na melhoria da qualidade de vida dos mesmos. Contudo, a evidência atual ainda é muito escassa e os resultados dos ensaios clínicos têm sido inconclusivos. O desenvolvimento de mais estudos para melhorar a compreensão e validar o efeito dos Cuidados Paliativos no acompanhamento desta população deve constituir uma preocupação futura. A perceção da escassa referenciação destes indivíduos para seguimento por equipas de Cuidados Paliativos e o conhecimento das necessidades que desenvolvem ao longo do processo de doença, constituíram as principais razões que motivaram a autora a desenvolver este tópico.
  • Relatório da Prática Clínica: Diagnóstico do doente em últimos dias ou horas de vida
    Publication . Mendes, Liliana Alves Mourita Moura; Sapeta, Ana Paula Gonçalves Antunes
    O presente relatório da prática clínica integra-se no Plano Curricular do 11º Mestrado em Cuidados Paliativos, da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, do Instituto Politécnico de Castelo Branco, e tem por objetivo a obtenção do grau de Mestre em Cuidados Paliativos. A sua elaboração permitiu a reflexão sobre os conhecimentos e competências adquiridas ao longo da aprendizagem teórica e durante a prática clínica, integrada numa equipa diferenciada de Cuidados Paliativos. Como metodologia segue a reflexão crítica da prática clínica, com base nos pilares dos cuidados paliativos: Comunicação, Controlo de Sintomas, Apoio à Família e Trabalho em Equipa, incluindo o período dos últimos dias ou horas de vida, por ser o tema central deste relatório. Em Cuidados Paliativos o enfermeiro adota uma posição sem igual, devido à sua maior disponibilidade em estar com os doentes, o que lhes proporciona serem os primeiros a reconhecer essa fase e poderem contribuir de forma significativa para a qualidade de vida do doente e da família no antes, durante e depois do momento da morte. O período dos últimos dias ou horas de vida, num contexto de uma doença irreversível e prolongada, é caraterizado por um conjunto de mudanças clínicas, fisiológicas, ou mesmo o aparecimento de novos sintomas ou agravamento dos previamente existentes, exigindo nesta fase cuidados específicos e adequados às necessidades dos utentes, direcionadas ao conforto. O Projeto de Intervenção foi desenvolvido no meu local de trabalho- Unidade de Média Duração e Reabilitação, face às dificuldades sentidas pelos profissionais de saúde, no reconhecimento de doentes em últimos dias ou horas de vida e na prestação de cuidados adequados a estes doentes, no sentido de contribuir para a melhoria de cuidados prestados em últimos dias ou horas de vida. A Formação intitulada “O Desafio de Cuidar nos Últimos Dias ou Horas de Vida”, complementa o Projeto de Intervenção em que a adesão dos enfermeiros foi excelente. O Projeto de Investigação, constituiu uma Revisão Sistemática de Literatura de métodos mistos, de acordo com a metodologia Joanne Briggs Institute, sobre o tema: “As dificuldades em diagnosticar o Doente em Últimos Dias ou Horas de Vida em Cuidados Intensivos”, com investigação escassa, fica em reflexão proceder a trabalhos de investigação no futuro. Este relatório elaborou uma proposta para atingir a melhoria ao nível dos cuidados a prestar em últimos dias ou horas de visa, de forma particular dos enfermeiros.
  • Avaliação da dor em pessoas com demência: relatório da prática clínica
    Publication . Carneiro, Alexandre Manuel Neto; Sapeta, Ana Paula Gonçalves Antunes
    Este relatório detalha a experiência de estágio no âmbito do Mestrado em Cuidados Paliativos, destacando a importância de uma abordagem holística na prestação de cuidados. A formação especializada em cuidados paliativos foi motivada pela necessidade de uma intervenção que vá além das necessidades biomédicas, abrangendo também os aspetos físicos, psicológicos, sociais e espirituais dos doentes. Os cuidados paliativos são apresentados como um direito humano essencial, promovendo a dignidade e a qualidade de vida dos doentes com doenças progressivas. O estágio foi realizado na ULS, envolvendo a equipa intra-hospitalar de suporte e internamento em cuidados paliativos. A intervenção em cuidados paliativos é baseada em quatro pilares fundamentais: controlo rigoroso dos sintomas, comunicação adequada, apoio à família e trabalho em equipa multidisciplinar. O relatório também descreve as atividades desenvolvidas durante o estágio, como a caracterização da população atendida, a estrutura e funcionamento dos serviços, e as competências adquiridas nas áreas-chave dos cuidados paliativos. A experiência de estágio permitiu a integração dos princípios e filosofia dos cuidados paliativos na prática assistencial, bem como o desenvolvimento de competências na implementação de planos de cuidados personalizados e na comunicação terapêutica com doentes e familiares. Em suma, o estágio proporcionou uma formação abrangente e prática em cuidados paliativos, destacando a importância de uma abordagem multidisciplinar e centrada no doente para garantir a qualidade de vida e a dignidade dos doentes e suas famílias.
  • A relação entre o Burnout, a fadiga por compaixão e as estratégias de prevenção e de coping nos cuidados paliativos em Portugal
    Publication . Pinto, Vânia Manuela Pereira; Sapeta, Ana Paula Gonçalves Antunes
    A realização deste relatório, no âmbito do 11º Mestrado em Cuidados Paliativos, tem como objetivo uma análise crítico-reflexiva dos conhecimentos e competências alcançadas, para reforço da excelência da prática clínica em cuidados paliativos (CP). Objetivo: Encontrar uma relação entre os níveis de burnout, fadiga por compaixão, presença de estratégias de coping e mecanismos de autocuidado entre si, assim como dos mesmos em relação à presença ou não de planos formais de prevenção de burnout contratualizados como indicador de qualidade de cuidados em equipas de CP. Metodologia: Realização de estágio de 300 horas num Serviço de Cuidados Paliativos (SCP); formação no SCP onde a aluna desempenhava a sua atividade laboral, intitulada “A relação entre o burnout, a fadiga por compaixão e as estratégias de prevenção e de coping nos Cuidados Paliativos em Portugal”; estudo primário quantitativo, descritivo-correlacional e transversal, com uma amostra de profissionais de saúde em funções em equipas cadastradas no Diretório Nacional de CP 2023 do Observatório Português de CP, que responderam a um questionário divulgado, a partir de plataforma online Google Forms. Resultados: Quanto ao estudo primário: a amostra constituída por 89 profissionais, maioritariamente mulheres (86,5%), com média de idade de 42,39±8,66 anos. Prevaleceram os residentes no norte do país, com mestrado, enfermeiros e com 8 anos de serviço. Maioritariamente, possuem formação na área, sobretudo em CP gerais. Destacaram-se as equipas comunitárias de suporte em CP, com a maioria a trabalhar exclusivamente na área, com tempo de funções em CP <5 anos, a praticar horário fixo, com 35 horas de carga horária semanal e <8 horas diárias. Prevalência de nível baixo de burnout. Média de 68,33 no Coping na morte com outros e 67,20 no Coping na morte com o próprio. O desenvolvimento de atividades de prevenção do burnout foram sobretudo as reuniões de equipa e almoços/jantares, semanalmente. Valor médio de 42,28 na Satisfação por compaixão, 30,53 no Burnout e 23,62 no stresse traumático secundário; média mais elevada nos Comportamentos de autocuidado individual. O coping influenciou o nível de burnout (p<0,05), sugerindo que o aumento do coping resulta na diminuição do burnout. A satisfação profissional/fadiga por compaixão influenciou o nível de burnout, com diferenças estatisticamente significativas, bem como a existência de correlações negativas nas interações da satisfação por compaixão com as dimensões do burnout (p<0,05); correlações positivas entre o burnout e o stresse traumático secundário e o burnout pessoal, burnout relacionado com o trabalho e o burnout relacionado com o cliente. A equipa/unidade não possuir contratualização de indicador “prevenção de burnout” resultou em scores mais elevados de burnout, com destaque para o burnout pessoal. Existência de relevância estatisticamente significativa entre a existência de um plano formal de prevenção de burnout na equipa/unidade versus burnout relacionado com o trabalho (p=0,036). Este estudo merece ser replicado com amostra mais dilatada para obtenção de um conhecimento mais efetivo do fenómeno estudado. É crucial ter-se uma equipa multidisciplinar motivada, com recursos pessoais e institucionais que permitam prosseguir com excelência os princípios fundamentais dos CP
  • Impacto da implementação da figura “elo de ligação” no número de referenciações dos doentes paliativos para contexto domiciliário
    Publication . Santos, Cristina Maria Pires dos; Cordeiro, Nuno do Carmo Antunes
    Esta dissertação procura iluminar a essência dos cuidados paliativos no alívio do sofrimento vivido pelos doentes, que enfrentam uma ampla gama de condições médicas, desde doenças crónicas até estadios terminais. No contexto português, essa necessidade torna-se ainda mais pertinente à medida que o país enfrenta um envelhecimento significativo. Conforme evidenciado pelas projeções do Instituto Nacional de Estatística, espera-se que aproximadamente 32% da população portuguesa seja idosa até o ano de 2050. Perante este cenário, torna-se crucial garantir a disponibilidade generalizada dos cuidados paliativos, especialmente para a população mais idosa, que necessita de cuidados de saúde contínuos e assistência domiciliária. A abordagem preconizada pela Organização Mundial da Saúde, que ressalta a importância de ter em conta as preferências individuais dos doentes, inclusive em relação ao local de cuidados de fim de vida, sublinha a necessidade de um planeamento minucioso nesta esfera. Além disso, é fundamental destacar a importância de um planeamento eficaz para o desenvolvimento apropriado dos cuidados paliativos. As equipas locais responsáveis desses cuidados devem estabelecer e promover relações formais entre si, visando não só a capacitação contínua das equipas, mas também a melhoria da qualidade dos cuidados oferecidos aos doentes e às suas famílias, por profissionais destacados para o efeito. É ainda pertinente salientar a relevância da referenciação adequada dos doentes como um componente essencial para o aperfeiçoamento dos cuidados de saúde e a integração harmoniosa entre os diferentes setores da assistência médica. Um sistema de referenciação eficiente é crucial para garantir que os doentes recebam os cuidados apropriados em todas as fases de sua condição de saúde, desde o diagnóstico inicial até aos cuidados prestados no ambiente domiciliário. Desta forma, esta dissertação procura não apenas evidenciar a importância dos cuidados paliativos na esfera da saúde pública portuguesa, mas também fornecer recomendações para o desenvolvimento e melhoria desses serviços, visando oferecer uma assistência mais abrangente e compassiva aos doentes que enfrentam condições de saúde desafiadoras nas diferentes fases das suas vidas.
  • Cuidados paliativos à pessoa com demência
    Publication . Reis, Ana Rita Martins dos; Sapeta, Ana Paula Gonçalves Antunes
    Segundo a Organização Mundial de Saúde, os Cuidados Paliativos têm como objetivo central o bem-estar e qualidade de vida dos doentes com doença incurável e progressiva. Medicina Geral e Familiar caracteriza-se pela prestação de cuidados centrados na pessoa, inserida no seu contexto familiar, social e cultural, e também pela prestação de cuidados longitudinais, ao longo de todo o ciclo vital. Prima pela prestação de cuidados abrangentes, nos quais se inclui o acompanhamento de doenças crónicas, e também pela abordagem holística dos problemas do doente. Assim, a prestação de cuidados de cariz paliativo é inerente às competências nucleares de um Médico de Família e fará sentido que este esteja incluído na prestação de Cuidados Paliativos aos seus doentes. É unânime na literatura que a introdução precoce dos Cuidados Paliativos tem vantagens para os doentes: melhoria da qualidade de vida, melhor controlo sintomático, menor necessidade de recorrer ao serviço de urgência, maior probabilidade de morrer em casa e de permanecer mais tempo no domicílio, mais satisfação com os cuidados. Os doentes com demência constituem um desafio particularmente difícil, não só no que concerne às questões do estabelecimento de um prognóstico, mas também ao momento ideal para introdução dos Cuidados Paliativos no seu plano de cuidados. A literatura mostra que os doentes com demência são tendencialmente mais hospitalizados e submetidos a intervenções mais invasivas, o que pode ser justificado pela inexistência de identificação de necessidades paliativas e escasso acesso a Cuidados Paliativos ou sua introdução tardia. O presente relatório é realizado no âmbito do 9º Mestrado em Cuidados Paliativos da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, do Instituto Politécnico de Castelo Branco. É parte integrante dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Mestre em Cuidados Paliativos. De forma complementar ao conhecimento teórico já adquirido, pretende-se descrever de uma forma crítica e reflexiva todo o percurso desenvolvido no âmbito do Estágio de Prática Clínica, realizado com uma equipa diferenciada, e que conduziu à aquisição de competências fundamentais para a prática de Cuidados Paliativos. Neste documento é feita a reflexão sobre a “Tipologia”, “Nível de diferenciação de cuidados” e “Modelo organizativo” da Unidade de Cuidados Paliativos onde decorreu o estágio. Pretende-se também descrever o processo de implementação e desenvolvimento do Projeto de Intervenção e Formação. Este Projeto tem como objetivo contribuir para a melhoria na identificação de necessidades paliativas nos doentes com demência nos Cuidados de Saúde Primários. Desse modo, mais doentes poderão ter acesso atempado a CP, com melhoria da sua qualidade de vida. É um Projeto de melhoria contínua que inclui um Plano de Formação dirigido aos profissionais do Centro de Saúde, sob a forma de um Curso Básico, e que inclui um ciclo de Melhoria Contínua da Qualidade na aplicação de uma escala de avaliação de necessidades paliativas, nos doentes com demência seguidos numa Unidade de Saúde Familiar, com a respetiva avaliação de indicador de desempenho.
  • Critérios de referenciação de doentes oncológicos para equipas especializadas em cuidados paliativos
    Publication . Duarte, André Miguel da Silva Perdigão; Sapeta, Ana Paula Gonçalves Antunes
    Este relatório foi realizado no âmbito da Unidade Curricular de Estágio Profissional, do Mestrado em Cuidados Paliativos da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, adotando uma metodologia descritiva, de reflexão e crítica aliada ao conhecimento científico, permitindo dar resposta aos objetivos definidos para esta unidade curricular. Num primeiro capítulo aborda-se o contexto em que se insere a prática clínica, tendo em conta o âmbito dos cuidados paliativos, tal como se procede à descrição da equipa e do local onde decorreu a mesma. No segundo capítulo abordam-se os pilares fundamentais que sustentam a intervenção multidisciplinar em cuidados paliativos (controlo de sintomas, apoio à família, comunicação adequada e trabalho em equipa), recorrendo-se também à reflexão critica sobre a prática clínica desenvolvida, em concordância com os objetivos estabelecidos. Seguidamente, no capítulo terceiro, descreve-se o projeto de intervenção/formação, que teve como principal objetivo promover o encaminhamento em tempo útil, dos doentes com doença oncológica para equipas especializadas em cuidados paliativos, junto dos profissionais de saúde (oncologistas e enfermeiros) do serviço ambulatório de oncologia, propondo-se a implementação de um protocolo neste âmbito. De forma a fundamentar e aprofundar os conhecimentos sobre os critérios de referenciação dos doentes oncológicos para equipas especializadas em cuidados paliativos, tal como sobre as barreiras que afetam o seu encaminhamento e as ferramentas utilizadas para identificar os doentes, desenvolve-se no último capítulo uma revisão de métodos mistos, sobre esta temática. Tendo em conta os critérios de encaminhamento dos doentes oncológicos a cuidados paliativos, de consenso internacional, propõe-se a adoção do modelo de cuidados paliativos oportunos como o modelo viável a implementar; que tem por base cuidados paliativos precoces, personalizados e de acordo com a identificação de necessidades; que se rege por critérios padronizados de encaminhamento.
  • Barreiras à referenciação de doentes não-oncológicos para os cuidados paliativos
    Publication . Godinho, Vanda Cristina Ng; Galvão, Maria Cristina Milheiro de Mira
    O presente relatório de estágio insere-se no âmbito do 10.º Mestrado em Cuidados Paliativos da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB). Este documento tem como finalidade a reflexão da prática clínica, a demonstração das competências adquiridas nas áreas-chave dos Cuidados Paliativos e a descrição das atividades desenvolvidas no estágio e no projeto de intervenção/plano de formação. Na prestação de cuidados de saúde, os Cuidados de Saúde Primários (CSP) têm um papel fundamental no acompanhamento da população na sua vertente biopsicossocial, desde o nascimento até à morte. Na fase da doença progressiva, crónica e incurável, a integração com os Cuidados Paliativos é fundamental para providenciar os melhores cuidados de saúde aos utentes e às suas famílias. No entanto, a realidade do país varia de região para região, sendo muitas vezes difícil o acesso a estes cuidados especializados, principalmente em situações de doença não-oncológica. A parte prática do estágio decorreu na Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos na Unidade Local de Saúde X, durante os meses de maio e junho de 2022, tendo completado 350 horas de estágio nesse período. A reflexão crítica foi sustentada através da apresentação de um caso clínico, demonstrando competências adquiridas e os objetivos cumpridos através de todo o percurso curricular. O tema apresentado como revisão sistemática teve por base estudos que descreviam as principais barreiras à referenciação dos doentes não-oncológicos para os Cuidados Paliativos, sendo um problema transversal aos profissionais de saúde, aos doentes, aos familiares, às próprias instituições de saúde, assim como à própria comunidade. Torna-se assim imperativo mudar as mentalidades e quebrar as diversas barreiras à referenciação destes utentes, de modo a que possam ter acesso aos cuidados mais diferenciados de forma mais precoce.
  • Plano antecipado de cuidados em doentes com necessidades paliativas
    Publication . Torres, Sofia Ribas Pinheiro; Sapeta, Ana Paula Gonçalves Antunes
    O presente relatório foi elaborado no âmbito do 10º Mestrado em Cuidados Paliativos (CP) da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias – Instituto Politécnico de Castelo Branco, tendo como objetivo a obtenção de grau de Mestre em Cuidados Paliativos. Este encontra-se dividido em duas partes. Na primeira parte estão descritas as atividades que foram desenvolvidas durante o Estágio/Prática clínica de 300 horas numa Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos (ECSCP), com o intuito de alcançar os objetivos gerais e específicos do estágio, bem como a aquisição das competências propostas. Durante o período de estágio foram acompanhados 30 doentes, tendo sido realizados 279 contactos dos quais 44,8 % foram Visitas Domiciliárias (VD). Na segunda parte está descrito o projeto de formação e intervenção no âmbito do Plano Antecipado de Cuidados (PAC), assim como a revisão sistemática de literatura sobre os programas de treino dos profissionais de saúde na abordagem do PAC em Cuidados Paliativos. A Equipa de Saúde Familiar encontra-se numa posição privilegiada para elaborar um PAC com os seus doentes e famílias, uma vez que existe um relacionamento de longa duração e confiança terapêutica; contudo estes profissionais identificam a falta de treino/formação como uma das barreiras para iniciar um PAC com o seu doente. Neste sentido, e após a realização de uma análise SWOT, foi desenvolvida uma formação “Decidir é o melhor remédio!” cujo objetivo pedagógico principal era o de capacitar o profissional de saúde para auxiliar o doente na realização e formalização de um Plano Antecipado de Cuidados, de forma sistematizada. Com a realização da revisão sistemática pretendeu-se avaliar qual o plano de formação/treino mais eficaz e com maior evidência científica, através da inclusão ensaios clínicos randomizados (ECR) que incidisse em planos de treino dos profissionais de saúde para abordar o PAC de doentes com doença avançada com necessidades paliativas. Parece haver um benefício na formação em PAC nomeadamente na aquisição/consolidação de competências na área da comunicação, conhecimento teórico, satisfação e confiança em abordar o PAC dos profissionais de saúde. Contudo, dada a elevada heterogeneidade dos ECR não foi possível concluir acerca da intervenção mais eficaz. No futuro sugere-se a realização de ECR que avalie as intervenções realizadas de forma objetiva e comparável. Sendo alcançado um plano de formação eficaz, seria útil a sua implementação de forma sistemática e normativa na prática clínica de todos os profissionais de saúde.
  • Acessibilidade aos cuidados paliativos: o papel dos cuidados de saúde primários
    Publication . Teixeira, Luís André Fernandes; Simões, Ângela Sofia Lopes
    A presente dissertação foi realizada no âmbito do 8º Mestrado em Cuidados Paliativos na Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco, como parte dos requisitos necessários para obter o grau de Mestre em Cuidados Paliativos (CP). Como forma de me tornar perito e competente nesta área, a realização de um estágio clínico num serviço de CP foi uma oportunidade para aprimorar as competências teóricas adquiridas, incentivada pela autorreflexão e pelo pensamento crítico. Os CP são fornecidos por unidades e equipas específicas, em diversos contextos (incluindo o domicílio), a doentes (e suas famílias) em situação de sofrimento decorrente de doença incurável ou grave, em fase avançado e/ou progressiva. O principal objetivo é promover o bem-estar e a qualidade de vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento com base na identificação precoce e tratamento rigoroso da dor e de outros problemas físicos, além de questões psicossociais e espirituais. Os dados indicam que em Portugal, os CP não são oferecidos a todos os doentes que deles necessitam, seja devido à identificação insuficiente dessas necessidades, seja por falta de recursos. Os Cuidados de Saúde Primários (CSP) e os seus profissionais têm uma presença comunitária e próxima aos doentes, e, apesar de serem disciplinas distintas, a Medicina Geral e Familiar (MGF) e os CP compartilham vários princípios comuns, colocando os médicos de família (e outros profissionais com habilidades inerentes) numa posição privilegiada no que diz respeito ao seu envolvimento na prestação de CP, aumentando assim a acessibilidade para doentes com necessidades paliativas. Foi desenvolvido um projeto de intervenção com o objetivo de aumentar o acesso dos doentes com necessidades paliativas a esses cuidados, por meio da formação de profissionais na identificação de necessidades paliativas, melhoria nos circuitos de referenciação/comunicação entre prestadores de cuidados e aumento da literatura em saúde na comunidade.