ESALD - Dissertações de Mestrado
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Browsing ESALD - Dissertações de Mestrado by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Médicas::Ciências da Saúde"
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- A abordagem não farmacológica da dispneia em cuidados paliativosPublication . Macedo, Sara Marisa Simões Costa Marques; Sapeta, Ana Paula Gonçalves AntunesA elaboração deste relatório é uma parte constituinte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Cuidados Paliativos pela Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco. O presente Relatório divide-se em duas partes principais. Na primeira parte (Relatório de Prática Clínica) são descritos os objetivos e as atividades planeadas e desenvolvidas no âmbito da Prática Clínica realizada ao longo das 300 horas num Hospice sediado em Málaga, Andaluzia, Espanha. Numa segunda parte, compreende-se o Projeto de Investigação sob a forma de revisão sistemática da literatura do tema “Abordagem não farmacológica da dispneia em Cuidados Paliativos”. Em 2002, a Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu os Cuidados Paliativos como “uma abordagem que melhora a qualidade de vida dos doentes (adultos e crianças) e das suas famílias que enfrentam problemas associados a doenças que ameaçam a vida; previne e alivia o sofrimento através da identificação precoce, avaliação correta e tratamento da dor e outros problemas físicos, psicossociais ou espirituais.” Deste modo, a OMS estabeleceu que o acesso a este tipo de cuidados é reconhecido como um direito humano à saúde, conferindo um direito universal. A dispneia é um dos sintomas mais frequentes nos doentes crónicos, progressiva e incurável nos estadios mais avançados, sobretudo nas últimas semanas de vida. O tratamento deve centrar-se na eliminação e alívio deste sintoma. As estratégias não farmacológicas têm um papel fundamental no tratamento da dispneia. Estas medidas são benéficas como terapêuticas iniciais e coadjuvantes na tentativa de melhorar a qualidade de vida dos doentes. A abordagem da dispneia deve ser discutida com o doente e os cuidadores e o tratamento deve ser individualizado. Apesar destas técnicas serem promissoras, são necessários mais estudos para se comprovarem os seus benefícios.
- Adequação de cuidados a doentes em fim de vida em contexto hospitalarPublication . Gonçalves, Lúcia Isabel Garcia Machado Tomé; Pazes, Maria Catarina Estevens das; Galvão, Maria Cristina Milheiro de MiraO presente relatório conclui o ciclo de estudos conducentes ao grau de mestre em Cuidados Paliativos. O seu principal objetivo é a descrição e reflexão das atividades realizadas na última unidade curricular denominada Prática Clinica. O período de prática clínica consiste num período total de 300 horas. Neste caso especifico, dividido em 200 horas de estágio na Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos Beja+, e 100 horas no serviço da minha atual prática profissional, serviço de Medicina Interna, através da implementação de um projeto de intervenção. Após a observação e participação ativa na prestação de cuidados no contexto da Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos Beja+, surge o presente documento onde é descrito o modelo de funcionamento, missão, valores e princípios da Equipa, e também os objetivos inicialmente propostos e as atividades desenvolvidas com vista à aquisição de competências nesta área. O projeto de melhoria de cuidados implementado no serviço de Medicina Interna teve como temática a “Adequação de cuidados a doentes em fim de vida em contexto hospitalar”. A existência de um elevado número de internamentos hospitalares de doentes com necessidades paliativas e a falta de adequação de cuidados aos mesmos impulsionaram a realização deste projeto. O seu principal objetivo foi melhorar os conhecimentos dos profissionais no que respeita aos cuidados paliativos com o intuito de modificar a sua prática através de uma melhor adequação de cuidados aos doentes em fim de vida. Foi realizada formação direcionada à equipa médica e de enfermagem do serviço de Medicina Interna, tendo sido possível sensibilizar os profissionais, partilhar experiências e refletir sobre a prática diária ao cuidar de doentes em fim de vida com vista à mudança de comportamentos.
- O apoio à família do doente em fase final de vida em situação domiciliáriaPublication . Martins, Mónica Sofia Domingues; Sapeta, Ana Paula Gonçalves AntunesO presente trabalho é um relatório de prática clínica, apresentado à Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Cuidados Paliativos, realizado sob a orientação científica da Doutora Ana Paula Gonçalves Antunes Sapeta. Para a realização da Prática Clínica, optei por uma equipa de cuidados continuados integrados, que assegura aos utentes em situação de fim de vida, cuidados paliativos. Esta foi uma escolha muito refletida dado ser a realidade mais próxima da minha prática profissional, e também por ser a que mais se enquadrava com a área temática a aprofundar - o apoio à família do doente em situação de fim de vida em contexto domiciliário. Durante o estágio, planei, executei e avaliei os planos de cuidados estabelecidos e dirigidos aos utentes que acompanhei, utilizando os conhecimentos teórico-práticos adquiridos ao longo do curso cruzando-os com a adequada fundamentação teórica. Ao nível da formação, participei num momento formativo da equipa, procedendo à análise de um caso clínico e apresentando-o posteriormente como forma de dar visibilidade às ações praticadas e permitir a reflexão por parte dos profissionais de saúde sobre o tema. Elaborei um documento em suporte de papel - Guia de apoio Para a Família - Instruções úteis sobre os cuidados ao doente em fim de vida. O seu principal objetivo é ajudar e fornecer informação aos familiares sobre cuidados, sintomas, estratégias de coping, contactos, legislação, apoios da comunidade, etc. O projeto de intervenção foi inicialmente desenvolvido no serviço de urgência, de um hospital central, mas por motivos de mudança de local de trabalho, dei início a um novo projeto de intervenção/ formação numa unidade de cuidados de saúde primários. Neste projeto foram delineadas ações a curto, médio e longo prazo, com objetivo de implementar uma proposta de intervenção paliativa na unidade. Dada a escassez de tempo disponível, apenas as ações a curto prazo foram implementadas. Assim foram realizadas 4 ações de sensibilização sobre cuidados paliativos aos profissionais de saúde da instituição. Nas referidas sessões foram abordados temas como: filosofia, princípios e organização dos cuidados paliativos, estratégias de comunicação e apoio à família.
- Apoio domiciliário em cuidados paliativos pediátricos: complementar cuidados para fazer a diferençaPublication . Cancelinha, Cândida Sofia Fernandes; Sapeta, Ana Paula Gonçalves Antunes; Soares, Duarte; Gomes, BarbaraO presente relatório é realizado no âmbito do 8º Mestrado de Cuidados Paliativos da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco, como parte integrante dos requisitos necessários à obtenção do grau de mestre em Cuidados Paliativos. Associado aos conhecimentos adquiridos ao longo da aprendizagem teórica, pretende-se assim descrever de forma reflexiva e crı́tica todo o percurso desenvolvido no contexto da Prática Clı́nica e assistencial junto de uma Equipa especializada que levou à aquisição de competências indispensáveis à prática de Cuidados Paliativos. Este documento encontra-se dividido em três capítulos. O primeiro capítulo visa caracterizar o estágio de 300 horas realizado num Departamento de Cuidados Paliativos de uma Unidade Local de Saúde da Região Norte, descrevendo-se modelo de organização daquela unidade, tipologia e funcionamento, sua caracterização e análise crítica. No segundo capítulo pretende identificar-se as competências adquiridas nas áreas-chave dos Cuidados Paliativos, durante a realização deste estágio: comunicação, controlo de sintomas, apoio à família, acompanhamento em situação de últimos dias de vida, apoio no luto e trabalho em equipa. São enunciados os objetivos e a forma como foram atingidos, pormenorizando-se as atividades realizadas para a sua concretização. Além disso, é feita a análise de um caso clı́nico que despoletou a discussão em equipa e a reflexão sobre as diferentes competências a adquirir. O terceiro capítulo descreve o projeto de formação e de intervenção desenvolvido no serviço onde decorreu o estágio, intitulado “Apoio Domiciliário em Cuidados Paliativos Pediátricos: Complementar Cuidados para fazer a Diferença”, direcionado a potenciar a capacidade de resposta dos profissionais da unidade em situações de suporte em idade pediátrica, incluindo não apenas o apoio à criança em situação de doença limitante e ameaçadora de vida, como ao seu núcleo familiar. É feita a identificação da área problema, a análise de SWOT, os objetivos, e o plano pedagógico da formação e de intervenção, fundamentando-se as diferentes etapas, desde o planeamento, à realização e avaliação. Inclui, ainda, a revisão sistemática da literatura “Impacto dos Cuidados Paliativos Pediátricos domiciliários na qualidade de vida de crianças com DCC e dos seus cuidadores informais: revisão sistemática” que constituiu o primeiro estudo deste tipo conhecido, quer a nível nacional, quer internacional. Apesar da escassez de estudos, da heterogeneidade metodológica e do elevado risco de viés dos resultados, os achados sugerem que o domicílio pode ser um local apropriado de cuidados, parecendo existir impacto positivo das equipas domiciliárias de CP Pediátricos no aumento da qualidade de vida de crianças e cuidadores, assim como no controlo de sintomas, redução da sobrecarga e nos níveis de satisfação dos cuidadores. Adicionalmente, e tendo a Prática Clínica sido interrompida por força do contexto de pandemia COVID-19, é feita uma reflexão ao longo dos diferentes capítulos sobre o seu impacto na organização do serviço, forma de abordar e cuidar dos doentes e suas famílias e na necessidade de reajuste do projeto de formação e intervenção inicialmente proposto. O segundo ano do Mestrado em Cuidados Paliativos permite, desta forma, aplicar e consolidar os conhecimentos adquiridos no primeiro ano, assim como contribuir para o desenvolvimento do saber sobre os Cuidados Paliativos em Portugal.
- Articular para melhor cuidarPublication . Rodrigues, Maria da Luz Martins Pinto; Sapeta, Ana Paula Gonçalves AntunesO progressivo envelhecimento da população portuguesa e o aumento da esperança de vida, determinaram necessidades específicas nos cuidados de saúde a pessoas com doenças crónicas progressivas e incapacitantes. Esta problemática tem assumido um papel preponderante nos problemas colocados ao sistema de saúde e social, definindo-se um desafio no que respeita ao desenvolvimento das políticas de saúde, passíveis de resolver estas novas situações. Tendo em conta o descrito surgem os cuidados paliativos, que são os cuidados globais prestados aos utentes com doenças que constituem risco de vida, sem resposta à terapêutica curativa. Tem como finalidade proporcionar a máxima qualidade de vida possível, integrando o controlo de sintomas, a comunicação adequada e o apoio da família/familiares cuidadores, tendo como suporte o trabalho de equipa interdisciplinar, em que os doentes e a família são o centro da decisão no exercício do cuidar, procurando metas realistas. A enorme variedade nas necessidades de cada doente, e a sua rápida mutabilidade, implica que o mesmo doente possa e deva ser progressivamente acompanhado em diferentes tipos de serviços, conforme a fase de evolução da doença e as condições globais de suporte. A boa articulação e o funcionamento em rede das várias tipologias são por isso condições necessárias para a prestação de bons cuidados e também a forma mais equilibrada de rentabilizar os escassos recursos atualmente existentes. Implementar mudanças de atitude, sugere alguma dose de modéstia, e abertura dos profissionais e das próprias instituições, no que concerne à filosofia dos cuidados paliativos, que ainda se encontra numa fase embrionária. Tendo como premissa a necessidade de contribuir para mudar comportamentos, o presente trabalho concentra-se na elaboração de um Plano de Articulação como instrumento para atingir o objectivo de “Articular para melhor Cuidar”. Trabalhar em Cuidados Paliativos implica trabalhar em equipa, e neste sentido, defende-se a Formação como instrumento privilegiado para preparar os enfermeiros, em domínios que nalguns aspetos extravasam os cuidados de saúde. Os Cuidados Paliativos inscrevem-se numa etapa em que a reflexão ética da vida e do viver e as relações humanas assumem um papel essencial. A complexidade do tema exige Formação das equipas multidisciplinares e implica o respeito pelo princípio da continuidade de cuidados, promovendo uma efetiva articulação entre os diferentes tipos e níveis de cuidados existentes. Com base na revisão bibliográfica e nos conhecimentos adquiridos ao longo da prática clínica e do estágio, foram identificados os fundamentos teóricos que serviram como alicerce à elaboração de um Plano de Articulação e validada a importância da articulação entre equipas ECCI e as equipas Intra-hospitalares.
- Auto-imagem dos doentes em cuidados paliativosPublication . Hipólito, Ana Margarida Rei; Aparicio, Maria del CarmenO Mestrado em Cuidados Paliativos pretende instruir e desenvolver competências a Profissionais de Saúde, para o exercício autónomo de cuidados especializados prestados a pessoas com problemas de saúde crónicos e com prognóstico limitado, sem esquecer a sua família. No presente relatório reuni de forma clara e sintetizada as etapas de crescimento pessoal e profissional pelas quais passei durante a realização da Prática Clínica do curso, os objectivos inicialmente propostos e os concretizados, bem como as actividades realizadas para os alcançar. Apresento este trabalho sob uma metodologia substancialmente descritiva. Tendo como objecto de estudo em particular o tema Auto-Imagem dos doentes em Cuidados Paliativos, pretendi abordar a temática de forma a justificar as actividades realizadas, gerais e específicas, para cumprir os objectivos iniciais. Para isso, recorri a autores e artigos científicos relativos maioritariamente à área de Cuidados Paliativos e Psicologia clínica. Ao longo do trabalho apresento os objectivos delineados, as actividades desenvolvidas na Prática Clínica, bem como a descrição do local onde a desenvolvi e as dificuldades sentidas. O Objectivo primordial da Prática Clínica era a aquisição de competências nos pilares de Cuidados Paliativos: Trabalho em Equipa, Controlo de Sintomas, Apoio à Família e Comunicação.
- Avaliação de sintomas num serviço de otorrinoPublication . Alves, Dina Sofia FernandesTrabalho académico realizado no âmbito do 1.º Mestrado em Cuidados Paliativos da Escola Superior de Saúde Doutor Lopes Dias, sob orientação da Professora Doutora Paula Sapeta, e coorientação da Enfermeira Doutoranda Emília Fradique tendo como temáticas centrais a Avaliação e Monitorização de sintomas em Cuidados Paliativos e reflexão crítica sobre a Prática Clínica desenvolvida em Serviços de Cuidados Paliativos. A realização do presente trabalho visa a obtenção do grau de Mestre. Para a realização da Prática Clínica, achei que a opção mais coerente e plausível seria a de optar por uma equipa que também presta cuidados em meio Hospitalar, e que dá suporte ao serviço onde desempenho funções de enfermeira, de forma a permitir-me uma melhor assimilação, esquematização e adaptação dos seus contextos ao meu, tornando a partilha de experiências ainda mais enriquecedora e uma mais-valia para o meu desempenho profissional. Assim, desenvolvi a Prática Clínica numa Equipa Intra-hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos do Hospital onde desempenho função de enfermeira. O ensino clínico é fundamental no processo de aprendizagem do aluno, dado que permite, em conjunto com os outros Profissionais de Saúde, desenvolver conhecimentos e capacidades nas várias vertentes do saber. O Projeto de Intervenção desenvolvido durante a pratica clínica foi implementado no respetivo Local de Trabalho –serviço de Otorrinolaringologia. Só considerando a pessoa doente na sua integralidade é que será possível aliviar o sofrimento e promover o bem-estar, a qualidade de vida e a dignidade da pessoa em situação de doença terminal. Uma avaliação adequada dos sintomas é da maior importância para um bom controlo dos sintomas, permitindo manter uma boa qualidade de vida, sendo este um dos objetivos dos cuidados paliativos. Estudos revelam que a falta de uma avaliação contínua/sistemática é uma das razões para uma idealização inferior de avaliação de sintomas. (Pereira, 2010; Bergh, Kvalem, Aass et al 2011). Vários autores dão relevo ao controlo sintomático, pois o não tratamento deste provoca sofrimento e descontrolo de sintomas físicos e psicológicos. A demonstração do efetivo controlo de sintomas, assegura um nível elevado na qualidade dos cuidados prestados. É fundamental a utilização de instrumentos de avaliação de sintomas, que permitam o registo dos padrões de avaliação do controlo de sintomas paliativos, como a Edmonton Symptom Assessment Scale. O controlo de sintomas prolongam com efetividade a qualidade dos momentos por bemestar podendo até aumentar a quantidade, dar vida aos dias e não dias à vida, como refere MacDonald (2002), “Um esforo para controlar os sintomas, (…), pode não só melhorar a qualidade de vida, mas também pode melhorar a quantidade de vida”.
- Avaliação e alívio da dorPublication . Ramos, Mónica Alexandra Monteiro; Sapeta, Ana Paula Gonçalves AntunesA realização deste relatório é parte integrante para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção de grau de Mestre em Cuidados Paliativos. Descreve os objetivos e atividades planeadas no Projeto de Prática Clínica e Relatório, e desenvolvidas no âmbito da Prática Clínica. A Prática Clínica foi desenvolvida numa Equipa de Cuidados Paliativos da Comunidade Autónoma da Extremadura – Espanha, ao longo de 25 turnos. Foi também desenvolvido um Projeto de Intervenção no meu local de trabalhado subordinado ao tema “Avaliação e Alívio da Dor”. Em 2006 a International Association for the Study of Pain (IASP) define dor como uma experiência multidimensional desagradável, envolvendo não só uma componente sensorial mas também uma componente emocional, e que se associa a uma lesão tecidular concreta ou potencial, ou é descrita em função dessa lesão. Da correta avaliação da dor dependerá o sucesso do tratamento e controlo da dor, este imprescindível para a prevenção e diminuição do sofrimento. Os objetivos essenciais da Prática Clínica consistiram na aquisição de competências nas áreas fundamentais dos Cuidados Paliativos: controlo dos sintomas, comunicação adequada, apoio à família e trabalho em equipa. A integração na Equipa de Cuidados Paliativos permitiume a observação atenta e crítica da prática clínica diária. Em simultâneo realizei uma pesquisa bibliográfica, consultei obras e autores de referência nesta área, conversei e debati informalmente com outros profissionais de saúde sobre o tema dos Cuidados Paliativos. Este trabalho forneceu o enquadramento teórico e os fundamentos para uma prática de acordo com os princípios e a filosofia dos Cuidados Paliativos. Em conclusão, a realização do estágio em Cuidados Paliativos fomentou mudança em duas dimensões: dimensão humana e dimensão profissional. Na primeira, a um nível mais íntimo, na segunda permitiu a aquisição de competências técnicas e científicas na assistência ao doente e sua família em contexto de Cuidados Paliativos que de certa forma condicionará a minha prática no futuro.
- Avaliação e controlo da dispneia em cuidados paliativosPublication . Gonçalves, André Samuel Martins; Simões, Ângela Sofia LopesA realização deste Relatório é parte integrante dos pressupostos necessários à obtenção do grau de Mestre em Cuidados Paliativos pela Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Nele são descritos os objetivos e atividades planeadas em sede de Projeto de Prática Clínica e Relatório, e desenvolvidas no âmbito da Prática Clínica, realizada ao longo de 25 turnos numa equipa de Cuidados Paliativos sediada na Comunidade Autónoma da Extremadura, Espanha, e mediante a concretização de um projeto de intervenção no serviço de origem subordinado à temática da Avaliação e Controlo da Dispneia em Cuidados Paliativos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (2002), os Cuidados Paliativos visam melhorar a qualidade de vida dos doentes, e das suas famílias, que enfrentam problemas decorrentes de uma doença incurável e / ou grave e com prognóstico limitado, através da prevenção e alívio do sofrimento, com recurso à identificação precoce e tratamento rigoroso dos problemas não só físicos, como a dor, mas também dos psicossociais e espirituais. Essa intervenção assenta em quatro grandes pilares de igual importância e valorização: controlo sintomático, comunicação adequada, apoio à família e trabalho em equipa. As atividades realizadas na prática assistencial pretenderam a obtenção das competências necessárias para a atuação em cada uma dessas quatro áreas fundamentais, sem esquecer a necessária articulação e enquadramento com a equipa de acolhimento no seu contexto geográfico e assistencial. A dispneia é um dos sintomas mais desestabilizadores e frequentes em doentes com doença crónica, progressiva e incurável nos seus estádios mais avançados, com um aumento de prevalência e intensidade ao longo das últimas semanas de vida. Essa perceção é influenciada por diversos fatores inerentes a cada doente, que interagem dinamicamente entre si. A sua avaliação com recurso a uma escala quantitativa, sendo reconhecida como uma prioridade na qualidade assistencial em saúde, apenas é feita em 8,5% dos registos clínicos (Mularski et al, 2010). Foi introduzido no contexto do serviço de origem (uma Unidade de Cuidados Continuados Integrados com duas tipologias) um guia orientador na avaliação e controlo da dispneia, com incorporação da escala de Borg, e alteração das folhas de registo para a sua sistematização. Numa das unidades, foi aprovado um novo protocolo de atuação em caso de dispneia, que incorpora a filosofia dos Cuidados Paliativos. Passado um mês da implementação, os resultados mostram, para além de uma boa aceitação da importância e pertinência do projeto por parte dos profissionais da Unidade, que a avaliação quantitativa da dispneia é já uma prática emergente numa das tipologias, sendo necessária uma posterior avaliação continuada para confirmar a consolidação da sua implementação.
- Avaliação e controlo da dor no doente que não comunicaPublication . Soares, Tânia de Lurdes Ludovico; Sapeta, Ana Paula Gonçalves Antunes; Belo, Ana Paula Pires RodriguesO presente relatório tem como fim a descrição e reflexão das atividades realizadas durante a Unidade Curricular de Prática Clínica do Mestrado em Cuidados Paliativos da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias. A prática clínica teve lugar numa prestigiada Unidade de Cuidados Paliativos, reconhecida a nível internacional, cujo modelo de organização e funcionamento da equipa, bem como a caraterização do serviço, são aqui descritos. Esta experiência permitiu que presenciasse, vivenciasse, casos clínicos singulares. Tendo por base esta experiência obtida na prática clínica e recorrendo ao uso de bibliografia recomendada, foi efetuada uma reflexão crítica que aborda as quatro áreas chave dos Cuidados Paliativos: controlo dos sintomas, comunicação, apoio à família e trabalho em equipa. Foi também feito o enquadramento do tema “Avaliação e Controlo da Dor no Doente que Não Comunica” e expostos os resultados da revisão sistemática da literatura, subordinada a esta temática. O Projeto de Intervenção que decorreu na Unidade de Cuidados Continuados Integrados em que trabalho, foi implementado com o intuito de facilitar a avaliação da dor nos doentes que não têm a capacidade cognitiva para expressar a sua dor, uma vez que esta é uma das lacunas dos serviços que deve ser melhorada. Foi realizada para o efeito uma formação em serviço, onde foi abordada a temática e implementadas medidas. Os resultados deste projeto foram positivos, mas não satisfatórios. Com esse intuito procurarei dar continuação ao mesmo.