ESECB - Escola Superior de Educação
Permanent URI for this community
Browse
Browsing ESECB - Escola Superior de Educação by advisor "Batista, Marco Alexandre da Silva"
Now showing 1 - 10 of 16
Results Per Page
Sort Options
- Análise da dinâmica dos modelos de jogo de 3x3, 4x4 e 5x5 em escalões de formação no Hóquei em PatinsPublication . Almeida, João Fernando Baptista; Honório, Samuel Alexandre Almeida; Batista, Marco Alexandre da SilvaPreconiza-se que o objetivo do processo de ensino-aprendizagem e do treino é procurar a melhoria qualitativa e quantitativa do desempenho individual e coletivo. Os Jogos Desportivos Coletivos (JDC) são importantes na formação de crianças e jovens, uma vez que promovem valores fundamentais para a sua educação. As modalidades para serem consideradas JDC deverão basear-se em três conceitos: ter colegas de equipa, ter adversários e possuir um grau de incerteza. O Hóquei em patins como qualquer outro jogo desportivo coletivo é necessário ter um domínio do objeto de jogo “a bola” e para isso é necessário que os atletas não tenham uma formação deficitária nesse aspeto, pois é durante a formação, que o atleta está numa situação ótima para melhorar nesse aspeto de jogo. Foi objetivo deste estudo analisar qual o modelo de jogo reduzido que permite aos atletas durante o mesmo tempo de jogo, ter mais contacto com a bola e, consequentemente, a um número maior de interações sobre a bola. A nossa amostra de estudo foi constituída por um total de 24 jogos, de 4 equipas diferentes, de escalões de formação, divididos em: 8 jogos no modelo 3x3; 8 jogos no modelo de 4x4 e 8 jogos no modelo 5x5. Os 24 jogos estão igualmente divididos pelos escalões de Benjamins (entre 7 e 8 anos) e Escolares (entre os 9 e os 10 anos) de quatro clubes somando um total de 88 crianças participantes, nos campos de treino de cada uma das equipas. Como instrumento de recolha de dados utilizou-se o método de observação em diferido onde depois procedemos a uma análise descritiva dos dados de forma a encontrar as médias, desvio padrão e os totais de: Remates, Passes, Desarmes, Interceções, Intervenções do Guarda-Redes e Golos. Procedeu-se ainda à análise inferencial dos dados de forma a perceber qual o modelo de jogo que favorece mais estas ações técnicas. Para as comparações entre modelos de jogo e escalões foram utilizados os testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, e para as correlações utilizou-se o Teste de Spearman’s para verificar se à medida que a área de jogo disponível para o jogador aumentava, se as ações do jogador aumentavam também. Nos resultados obtidos verificámos que, após a análise dos totais de ações de jogo nos modelos avaliados, o modelo 3x3 obteve um total de 911 ações, o modelo 4x4 obteve 923 e o modelo de jogo 5x5 obteve 799 ações de jogo. Neste sentido podemos concluir que o modelo de jogo 4x4 foi o que obteve o maior número total de ações de jogo em todos os escalões analisados sugerindo que a implementação deste modelo traz benefícios aos atletas uma vez que eles conseguem através deste obter mais interações decisivas e/ou participativas no jogo.
- Comportamento de treinadores em contexto de treino – comparação ente judo regular e judo adaptadoPublication . Gaspar, Bruno Miguel Almeida Santos; Petrica, João Manuel Patrício Duarte; Batista, Marco Alexandre da SilvaNos últimos anos, a análise do ensino tem sido um assunto cada vez mais estudado e aprofundado de forma a perceber como vários comportamentos de ensino, são ou não, mais ou menos eficazes no contexto da aprendizagem dos praticantes de diversas modalidades desportivas, neste caso concreto, na modalidade de Judo. O reconhecimento da Pedagogia e método do Judo foi efetivado pela UNESCO. Efetivamente, a observação dos comportamentos do treinador, nos diversos momentos do treino, permite um estudo exaustivo da sua conduta pedagógica, sendo assim possível identificar as principais características e atributos que contribuem para a aprendizagem dos praticantes. Assim, esta investigação nasce da necessidade de caracterizar o comportamento do treinador na modalidade de Judo, tendo em conta que por existirem poucos estudos neste âmbito, a renovação de conhecimento neste tema é importante e deverá ser feita para que seja possível explicar e usar os melhores métodos/ferramentas para o ensino do Judo. Dado o enquadramento, a presente investigação, organizada de forma sequencial, propõe-se a dar uma resposta ao objetivo de verificar se os comportamentos dos treinadores são semelhantes ou distintos no decorrer do processo de treino, no contexto de Judo Regular e no de Judo Adaptado. Para o efeito, participaram no estudo 4 treinadores de diversas associações e clubes dos distritos de Aveiro, Guarda e Santarém. Ao nível dos treinos, cada um dos treinadores conduziu um treino de Judo Adaptado e um treino de Judo Regular em horários e locais distintos, perfazendo assim um somatório de 8 treinos a analisar (4 em cada contexto). Participaram na totalidade dos treinos dos dois contextos cerca de 138 atletas, dos quais 78 frequentaram os treinos do Judo Regular, e 60 os treinos do Judo Adaptado. Tendo em consideração os objetivos deste estudo, a fim de estudar a sua dimensão visível, isto é, do ponto de vista daquilo que é observável na condução do processo de ensino por parte dos treinadores, as sessões de treino foram gravadas em vídeo, para posterior observação. Priorizámos, deste modo, uma metodologia de carácter observacional de corte transversal, com natureza quantitativa e descritiva. No essencial, recorremos a dois sistemas de observação. Um primeiro, de forma sequencial, para analisar a Gestão do Tempo de Treino e um segundo, de forma multidimensional, para estudarmos os Comportamentos relativos às Principais Funções de Ensino, através do PROF./ULg. Os resultados obtidos, através da aplicação da estatística descritiva e inferencial, revelaram que não existiram diferenças significativas em nenhum dos comportamentos observados e analisados, o que nos leva a retirar como conclusão que os comportamentos dos treinadores são semelhantes independentemente do contexto. A presente investigação permitiu-nos ainda tipificar os treinadores, resultando daí que os valores observados, por comparação com os dados provenientes da principal bibliografia sobre a análise de comportamento para cada uma das categorias comportamentais dos diferentes sistemas utilizados, são muito aceitáveis relativamente às suas condutas no decorrer dos treinos, no Judo Adaptado ou no Judo Regular
- Efeito de um programa de intervenção em hipoterapia no perfil psicomotor de um Jovem com perturbação do espetro do autismo: estudo de casoPublication . Costa, Carolina Lopes da; Mesquita, Maria Helena Ferreira de Pedro; Batista, Marco Alexandre da SilvaA criança com perturbação do espetro do autismo (PEA) tem características únicas de um ser capaz de uma inteligência diferente de outras crianças, tendo dificuldades na relação com o meio que o rodeia, podendo prejudicar o desenvolvimento de competências cognitivas. A hipoterapia permite a estimulação ao nível cognitivo, físico, motor e afectivo. Através desta terapia é possível exercer uma nova forma de linguagem e de comunicação. Porém é na linguagem e na comunicação que se centram as maiores dificuldades das crianças autista originando ausência de socialização. O objectivo deste estudo centra-se na intervenção hipoterapêutica a um sujeito, com 20 anos, do género masculino com perturbação do espetro do autismo, com foco na melhoria do perfil psicomotor e dos seus fatores. O instrumento inicialmente aplicado foi a Bateria Psicomotora (BPM) para identificar o perfil psicomotor do jovem e quais os fatores psicomotores mais fracos. Posteriormente realizaram-se 12 sessões de hipoterapia, 1 sessão por semana, no período da manhã com a duração de 45 minutos, com vista a melhorar os fatores mais fracos e voltou-se aplicar a BPM. O fator mais fraco foi a Estruturação Espácio-temporal, com a cotação de 1 ponto e a Praxia Fina também com 1 ponto. O fator mais forte foi a Lateralização com a cotação de 3 pontos. Todos os outros fatores Tonicidade, Equilibração, Noção de Corpo e Praxia Global obtiveram todos a cotação de 2 pontos. No entendo a média da Equilibração foi 1,9, da Noção de Corpo e foi de 1,6 e da Praxia Global foi de 1,5 pontos. Verificaram-se algumas melhorias através das sessões de hipoterapia, no perfil psicomotor e nos fatores mais fracos que foram trabalhados. Nos fatores, tonicidade, equilibração, lateralização e noção de corpo não se verificaram melhorias nos valores médios finais da avaliação inicial para a final. A estruturação espácio temporal, a praxia global e a praxia fina foram os três fatores que evoluíram da avaliação inicial para a final. Observou-se que o jovem na avaliação inicial apresentava um perfil dispráxico (satisfatório), mas após a implementação das sessões de hipoterapia, apresentou um perfil eupráxico (normal).
- Os efeitos de um programa de atividade física nas variáveis físicas e psicológicas em mulheres com cancro da mamaPublication . Carvalho, Carina Alexandra Fragata; Serrano, João Júlio de Matos; Batista, Marco Alexandre da SilvaO presente estudo teve como objetivo investigar os efeitos de um programa de atividade física em variáveis físicas e psicológicas em mulheres com cancro da mama. A amostra foi constituída por 16 mulheres com cancro da mama, com idades compreendidas entre os 39 e os 76 anos (55,83 ± 9,33), residentes na província de Cáceres (Espanha). As participantes foram submetidas a um programa de atividade física supervisionado com sessões bissemanais, de 40 a 60 minutos, visando avaliar alterações na composição corporal e no bem-estar psicológico. No entanto, não foram encontradas diferenças significativas nas variáveis físicas, tendo apenas sido observado um tamanho de efeito pequeno no metabolismo basal, e na massa muscular esquelética, ainda que não tenha obtido significância estatística. Foram encontradas correlações positivas entre a regulação comportamental identificada e o bem-estar social, o que indica que as participantes conseguem identificar os benefícios da AF, e os mesmos beneficiam as suas interações sociais. Do mesmo modo foram encontradas correlações positivas entre o bem-estar físico, emocional e funcional. O programa de atividade física mostrou-se eficaz em aumentar a massa muscular esquelética e melhorar variáveis psicológicas, como bem-estar social, emocional e funcional, assim como aumentou a perceção de competência e autonomia das mulheres.
- Exercício físico e rendimento académico: implicações da personalidade, capacidade aeróbia e da força em alunos de 5º e 6º ano de escolaridadePublication . Ramos, Luís de Sousa Aguilar; Batista, Marco Alexandre da Silva; Honório, Samuel Alexandre AlmeidaVários estudos têm demonstrado os diversos benefícios que a prática regular de exercício físico exerce sobre a função e a saúde mental, bem como, o contributo positivo para o desenvolvimento da função cognitiva. Como potenciais benefícios psicológicos do exercício físico, tem sido referido, entre outros, que este aumenta o rendimento académico, a assertividade, a confiança, a estabilidade emocional, o funcionamento intelectual, o locus de controlo interno, a memória, a perceção, a imagem corporal positiva, o autocontrolo, a satisfação sexual, o bem-estar e a eficiência no trabalho. Por sua vez, diminui o absentismo no trabalho, o abuso de álcool, a ira/irritação, a ansiedade, a confusão, a depressão, as dores de cabeça, a hostilidade, fobias, o comportamento psicótico, a tensão, o comportamento tipo A e os erros no trabalho. O presente estudo quantitativo, descritivo, analítico e de corte transversal, teve como principal objetivo analisar o impacto do exercício físico no rendimento académico de alunos de uma escola pública. A amostra deste estudo foi constituída por um total de 107 alunos (N=107) dos quais 55 (51.4%) do género masculino e 52 (48.6%) do género feminino, com idades compreendidas entre os 10 e os 13 anos e média de idades 𝑋̅=11.19 ± 0.81, pertencentes ao sistema de ensino público português, frequentando o segundo ciclo do ensino básico de uma escola do concelho de Alcobaça. Foram selecionadas aleatoriamente turmas de quinto e de sexto anos, participando em concreto 41 crianças (38.3%) de quinto ano e 66 crianças (61.7%) de sexto ano. Como instrumento de recolha de dados utilizou-se a Escala de Autoconceito de Susan Harter validada para a população portuguesa, onde procedemos a uma análise descritiva e inferencial dos dados de forma a confrontarmos os níveis médios de autoconceito, nos domínios de competência escolar, aceitação social, competência atlética, aparência física, comportamento, autoestima global, força de preensão manual e capacidade aeróbia. Foram também registados os rendimentos escolares dos alunos em estudo. Os resultados sugerem que a prática de exercício físico pelos alunos potencia os níveis de autoconceito, autoestima, capacidade aeróbia, força de preensão manual e rendimento académico dos alunos. Ao praticarem exercício físico para além do proporcionado pelas aulas de educação física, nomeadamente modalidades individuais conjugadas com coletivas, estes jovens apresentam valores bastante positivos relativamente às variáveis descritas.
- Motivação autodeterminada e bem-estar subjetivo : estudo comparativo entre desporto adaptado e desporto regularPublication . Galvão, João Miguel Afonso; Batista, Marco Alexandre da SilvaO presente estudo teve como principal objetivo avaliar a motivação autónoma para a prática de atividade física desportiva, comparando as necessidades psicológicas básicas e o bem-estar subjetivo (satisfação com a vida e os afetos), entre praticantes de desporto adaptado e desporto regular (modalidades de andebol, basquetebol e atletismo). Participaram no estudo 310 atletas, dos quais 107 (34,5%) praticam desporto adaptado e 203 (65,5%) praticam desporto regular. Dos 107 atletas que praticam desporto adaptado, 91 (85%) pertencem ao género masculino e 16 (15%) ao género feminino. Dos praticantes de desporto regular, 130 (64%) são do género masculino e 73 (36%) do género feminino. Foi realizado um estudo quantitativo, observacional e transversal. Para recolher os dados necessários para o estudo, recorremos à utilização do questionário, composto por quatro escalas que avaliam cada uma das variáveis: Behavioral Regulation in Sport Questionnaire (BRSQ); Basic Psychological Needs in Exercise Scale (BPNES); Escala de Satisfação com a vida (SWLS); e Escala de Afetos Positivos e Negativos (PANAS). Os resultados obtidos através da análise estatística descritiva e inferencial revelaram que os atletas do desporto adaptado apresentam valores médios mais elevados de Autonomia, Competência, Relação social, Motivação autónoma, Satisfação com a vida e de Afetos positivos. Em relação aos atletas do desporto regular, estes apenas apresentam valores médios mais elevados de Amotivação e Afetos negativos. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre o desporto adaptado e o desporto regular, favoráveis ao desporto adaptado na Motivação autónoma, Autonomia e Afetos positivos. Não se verificaram diferenças para a Competência, a Relação social, a Motivação controlada, a Amotivação e a Satisfação com a vida. Podemos concluir que os atletas do desporto adaptado se sentem mais autónomos, capazes de regular as suas próprias ações e mais eficazes nas interações com o ambiente social em que estão envolvidos, ou seja, os atletas do desporto adaptado têm tendência para comportamentos por motivos mais intrínsecos, apresentando uma motivação mais autodeterminada do que os atletas do desporto regular. São também os atletas do desporto adaptado que apresentam maior Satisfação com a vida e para os Afetos positivos, com diferenças significativas nos Afetos positivos. São as necessidades psicológicas básicas que melhor explicam a variância dos níveis de Satisfação com a vida, tanto nos atletas do desporto adaptado como nos atletas do desporto regular.
- Motivação autodeterminada e bem-estar subjetivo de adultos ativos praticantes de ginásio no Concelho de Castelo BrancoPublication . Vitorino, Guida Daniela Laranjeira; Petrica, João Manuel Patrício Duarte; Batista, Marco Alexandre da SilvaNo presente trabalho avaliámos a perceção de satisfação das necessidades psicológicas básicas, a motivação e o bem-estar subjetivo de praticantes de ginásio. O presente trabalho é constituído por um compêndio de artigos, onde no primeiro estudo se efetuou uma avaliação da perceção de satisfação das necessidades psicológicas básicas, motivação e bem-estar subjetivo de praticantes de ginásio no concelho de Castelo Branco. O segundo estudo efetuou-se uma comparação entre géneros nas variáveis citadas. No terceiro estudo procurámos determinar preditores motivacionais de bem-estar subjetivo de praticantes de ginásio, tendo por base a teoria da autodeterminação. Para a execução destes estudos participaram 348 sujeitos, 174 do género masculino e 174 do género feminino com idades compreendidas entre os 18 e os 67 anos. Na avaliação da perceção das necessidades psicológicas básicas, motivação e bem-estar subjetivo de praticantes de ginásio no concelho de Castelo Branco, observámos que existe correlação moderada positiva e estatisticamente significativa entre as necessidades psicológicas básicas e a motivação autónoma, satisfação com a vida e os afetos positivos, assim como, existe correlação moderada positiva e estatisticamente significativa entre a satisfação com a vida e os afetos positivos. No segundo estudo, na comparação entre géneros, verificámos que existem diferenças estatisticamente significativas entre géneros nas variáveis autonomia, competência, motivação autónoma, satisfação com a vida e nos afetos positivos. Ao longo do estudo, verificámos que os homens obtiveram médias mais elevas em todas as variáveis, com exceção dos afetos negativos. No terceiro e último estudo verificámos a existência de correlação moderada positiva e estatisticamente significativa entre as necessidades psicológicas básicas e a satisfação com a vida, afetos positivos e o volume de horas e minutos de treino semanal. Observou-se ainda uma correlação moderada positiva e estatisticamente significativa entre a motivação autónoma e a satisfação com a vida, afetos positivos, horas e minutos de treino semanal, amotivação e afetos. Verificámos também que existe correlação moderada positiva e estatisticamente significativa entre a satisfação com a vida e os afetos positivos e as horas e minutos de treino semanal. Assim como, existe correlação moderada positiva e estatisticamente significativa entre os afetos positivos e as horas e minutos de treino semanal. A análise de regressão permitiu-nos verificar que as necessidades psicológicas básicas e a motivação, predizem bons níveis de satisfação com a vida e de afetos positivos.
- Motivação autodeterminada e satisfação com a vida de atletas de desporto adaptado na modalidade de andebolPublication . Fernandes, Marisa Filipa Henriques; Batista, Marco Alexandre da SilvaO desporto altera uma pessoa com deficiência de uma maneira muito profunda. Com isto, quer-se dizer que o desporto a uns indivíduos permite fazer escolhas e correr riscos iniciais e para outros, aumentar a autoconfiança com a aquisição gradual de habilidades. Ainda proporciona aos indivíduos com deficiência que estes desenvolvam as suas habilidades sociais, que adquiram responsabilidade e independência, que assumam papéis de liderança e ainda, que façam amizades fora do contexto familiar ou institucional. Posto isto, podemos afirmar que é evidente que a prática desportiva implica inúmeros benefícios para a saúde, sendo considerada uma componente fundamental para a melhoria da qualidade de vida e bem-estar. Neste sentido, este estudo teve como principal objetivo avaliar o nível de motivação autónoma para a prática de atividade física, confrontando a satisfação das necessidades psicológicas básicas, a satisfação com a vida e os afetos positivos e negativos, entre atletas praticantes de desporto adaptado e desporto regular, especificamente na modalidade de andebol. Para tal, participaram neste estudo 127 atletas, de ambos os géneros, sendo 55 praticantes de desporto adaptado e 72 de desporto regular. No desporto adaptado 50 dos atletas (90,9%) são do género masculino e 5 atletas (9,1%) são do género feminino, com uma média de idades de 38,6 anos, variando entre os 20 e os 63 anos. Para o desporto regular, 55 atletas (76,4%) são do género masculino e 17 atletas (23,6%) do género feminino, com uma média de idades de 23,25 anos, compreendidas entre os 18 aos 56 anos. Como instrumento de recolha de dados, foi utilizado um questionário, composto por quatro escalas que avaliam cada uma das variáveis: Behavioral Regulation in Sport Questionnaire (BRSQ), Basic Psychological Needs Exercise Scale (BPNES), Escala de Satisfação com a Vida (SWLS) e Escala de Afetos Positivos e Negativos (PANAS). Os resultados obtidos através da aplicação da estatística descritiva e inferencial revelaram que os atletas do desporto adaptado apresentam valores médios mais elevados de autonomia, competência, motivação controlada, satisfação com a vida e de afetos positivos. Em relação aos atletas do desporto regular, estes apenas apresentam valores médios mais elevados de relação social, amotivação e afetos negativos. Relativamente às diferenças estatísticas entre o desporto adaptado e o desporto regular, foram encontradas diferenças favoráveis ao desporto adaptado a autonomia, os afetos positivos e afetos negativos. Porém não foram observadas estas diferenças para a competência, a relação social, a motivação controlada, a motivação autónoma, a amotivação e a satisfação com a vida. Nas comparações realizadas entre géneros, apenas se verificaram diferenças estatísticas para o género masculino nos afetos negativos.
- Motivação autodeterminada e satisfação com a vida de atletas de desportos coletivos – estudo comparativo entre desporto adaptado e desporto regularPublication . Lercas, Afonso Jorge Vicente; Batista, Marco Alexandre da SilvaA prática desportiva proporciona benefícios não só físicos, mas também psicológicos e sociais. Atualmente sabemos que a motivação pode ser potenciadora no desempenho desportivo, e variáveis como as necessidades psicológicas básicas são de grande importância. No caso do Desporto Adaptado esta temática é ainda muito escassa e nesse sentido vamos no presente estudo avaliar e comparar a Motivação Autodeterminada, as Necessidades Psicológicas Básicas, a Satisfação com a Vida e os Afetos, entre os atletas do Desporto Adaptado e do Desporto Regular, nas modalidades de Andebol e Basquetebol. Participaram nesta investigação 183 atletas (N=183) de quatro modalidades diferentes, dos quais 80 são atletas de desporto adaptado e os restantes 103 são atletas de desporto regular. Dos 183 atletas participantes, 155 (84.7%) são do género masculino e 28 (15.3%) são do género feminino, as idades dos atletas de desporto adaptado estão compreendidas entre os 16 e os 69 anos (𝑥̅=38; DP=11.47) e de Desporto Regular entre os 14 e os 56 anos (𝑥̅= 21; DP=7.32). Utilizámos quatro questionários que avaliam as variáveis que pretendemos, são eles: Behavioral Regulation in Sport Questionnaire (BRSQ), Basic Psychological Needs Exercise Scale (BPNES), Escala de Satisfação com a Vida (SWLS) e Escala de Afetos Positivos e Negativos (PANAS). Os resultados que obtivemos a partir da análise descritiva e inferencial, mostram valores médios superiores nos atletas de Desporto Adaptado comparativamente ao Desporto Regular nas variáveis da motivação autónoma, motivação controlada, necessidades psicológicas básicas e afetos positivos, em oposição, no Desporto Regular, nas variáveis da amotivação, satisfação com a vida e afetos negativos. Os nossos resultados foram abonatórios de que a prática desportiva tem efeito positivo significativo sobre a satisfação com a vida em atletas do desporto regular, que têm mais horas de prática semanal do que os atletas de desporto adaptado. Corroborámos os pressupostos da Teoria da Audeterminação, com a correlação positiva significativa obtida no desporto adaptado, entre a motivação autónoma e as constituintes das necessidades psicológicas básicas, bem como a satisfação com a vida e os afetos positivos. Observámos que as necessidades psicológicas básicas e os afetos positivos se mostraram bonspreditores da satisfação com a vida em atletas do desporto adaptado. Ao nível da magnitude do efeito da prática de desporto adaptado, o número de anos de prática mostrou um efeito reduzido a moderado nas variáveis em análise.
- Motivação autodeterminada, satisfação com a vida e integração social de atletas de desporto adaptado na modalidade de atletismoPublication . Ferreira, Denise Alexandra Monteiro; Batista, Marco Alexandre da SilvaO Desporto como fator social numa sociedade que procura ser cada vez mais justa e igualitária configura-se num importante catalisador para a promoção da igualdade e inclusão social dos indivíduos. Na sua vertente adaptada, contribui para melhorias significativas na funcionalidade, autonomia social e na qualidade de vida de indivíduos portadores de deficiência. Nesse sentido, o presente estudo teve como principal objetivo avaliar a Motivação Autodeterminada para a prática de desporto, confrontando as Necessidades Psicológicas Básicas, a Satisfação com a Vida e os Afetos produzidos entre atletas de desporto adaptado e desporto regular na modalidade de atletismo, avaliando ainda a Integração Social de atletas portadores de deficiência através do desporto adaptado na modalidade de atletismo. Participaram no estudo 127 atletas (N=127), sendo que 100 são praticantes de atletismo regular e os restantes 27 de atletismo adaptado. No atletismo regular, 51% (N=51) são do género feminino e 49% (N=49) do género masculino, com idades compreendidas entre os 15 e os 48 anos (M= 19,38; DP= 6,70 anos). No Atletismo Adaptado, 37% (N=10) são do género feminino e 63% (N=17) do género masculino, com idades compreendidas entre os 16 e os 50 anos (M= 34,48; DP= 10,25 anos). Como instrumentos de recolha de dados foi utilizado um questionário, composto por 4 escalas que avaliam cada uma das variáveis: Behavioral Regulation in Sport Questionnaire (BRSQ), Basic Psychological Needs Exercise Scale (BPNES), Escala de Satisfação com a Vida (SWLS) e Escala de Afetos Positivos e Negativos (PANAS), e uma entrevista semiestruturada. Os resultados obtidos através da aplicação da estatística descritiva e inferencial revelaram que os atletas da modalidade de atletismo adaptado apresentaram valores médios superiores de motivação autónoma, satisfação com a vida e de afetos positivos, comparativamente aos atletas do atletismo regular que por sua vez, apresentaram valores médios mais elevados de motivação controlada, de amotivação e de afetos negativos. Quando analisadas as entrevistas aplicadas apenas a atletas do atletismo adaptado, verificámos que a integração no desporto adaptado por parte destes atletas fez com que tivessem ganho maior autonomia e maior autoconfiança, ajudando-os a reconhecer melhor os seus potenciais, as suas limitações e os seus valores, o que por sua vez lhes facilitou a integração na sociedade, levando-os a participar de forma mais ativa e autodeterminada na mesma.